Bola na mão, obviamente
Dois dos três árbitros com lugar cativo no Tribunal d' O Jogo são categóricos: o penálti assinalado ontem contra o Sporting, por alegada mão na bola de Tobias Figueiredo, foi afinal bola na mão, como de resto aqui oportunamente assinalei. Nem poderia ser de outra forma, pois Pintassilgo quando rematou estava a menos de dois metros de Tobias e este não poderia, como é evidente, decepar as próprias mãos. Por uma vez dou razão a Jorge Jesus: se os árbitros continuarem a incentivar esta modalidade de tiro ao braço em busca de penáltis, qualquer dia «os treinadores têm de passar a contratar jogadores manetas».
Diz Jorge Coroado: «Tobias procurou tirar o braço esquerdo, não controlou nem ficou com a bola controlada. Foi uma situação de bola na mão e não o contrário, após remate de Pintassilgo.»
Diz José Leirós: «Tobias deveria proteger-se dos erros e colocar os braços atrás das costas, mas o certo é que não movimentou o braço esquerdo nem tentou jogar a bola deliberadamente, num remate feito muito em cima por Pintassilgo. Grande penalidade mal assinalada.»
Do trio habitual, só Pedro Henriques destoa. Vendo o que os restantes não viram: «Tobias tinha o braço esquerdo fora do plano do corpo, ganhando volumetria. Dessa forma, interceptou deliberadamente a trajectória da bola.»
Vou ali saber o que significa a frase «tinha o braço esquerdo fora do plano do corpo, ganhando volumetria» e volto já.