Bem-vindo, Rui Borges
Aqui defendi a solução João Pereira. Era a escolha da Direcção, a mesma que tantas alegrias nos deu e, acredito, dará. Por horror à instabilidade resisti à mudança que desde cedo me soou imposta e à lei de chicote. Fui por isso crítico dos profetas da desgraça, que desde a primeira a hora assinaram a certidão de óbito do ex-treinador.
Na televisão, nas rádios, em podcasts, páginas de jornais, todos se repetiam numa vertigem de sentença de morte alimentada numa verdade absoluta contra à qual, confesso, me insurgi. Exasperado com os tempos em que vivemos nos quais deixou de haver espera, benefício da dúvida. Pergunto-me até que ponto este caldo cultural, distribuído e vivido ao ritmo de picareta (e picaretas falantes é o que há mais para aí), pergunto-me até que ponto isto contribuiu para o insucesso.
Mas, sim, a ineficiência, ineficácia e errância da ex-equipa técnica imperavam. Só os tolos não reconhecem a necessidade de acertar o passo. E mudar.
Partimos para nova etapa. Constato mas não sublinho as diferenças de sistema e modelo de jogo que o nosso novo timoneiro preconiza face ao que a equipa adoptou no reinado Amorim e na fulminante passagem de JP, nem valorizo hoje o que isso poderá implicar na recuperação da equipa ganhadora. Agora só me interessa a fé no emblema.
Domingo 29, às 20h30, lá estarei no templo leonino rumo à liderança do campeonato. Camisola listada verde e branca vestida, cachecol no ar, o mundo sabe que entoado, vibrado e esperançado, lado a lado com milhares no estádio e milhões mundo fora, darei os primeiros passos de uma nova caminhada à conquista do bi-campeonato.