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És a nossa Fé!

Balanço da década

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Chegamos agora ao fim de mais uma década desportiva e, no capítulo do futebol, o balanço não podia ser mais desolador:

Campeonatos: zero.

Taças de Portugal: duas (2015 e 2019)

Supertaças: uma (2015)

Taças da Liga: duas (2018 e 2019)

 

Entre 2011 e 2020, portanto, apenas cinco troféus - nenhum deles o mais cobiçado - em 40 possíveis.

Só um por cada oito. 

 

Nesta triste década tivemos cinco presidentes, um dos quais interino: José Eduardo Bettencourt, Godinho Lopes, Bruno de Carvalho, Torres Pereira e Frederico Varandas.

No mesmo período, passaram pela equipa principal do Sporting nada menos do que 16 treinadores: Paulo Sérgio, José Couceiro, Domingos Paciência, Ricardo Sá Pinto, Oceano Cruz, Franky Vercauteren, Jesualdo Ferreira, Leonardo Jardim, Marco Silva, Jorge Jesus, José Peseiro, Tiago Fernandes, Marcel Keizer, Leonel Pontes, Silas e Rúben Amorim.

Destes, apenas três inscreveram os nomes na galeria de vencedores: Marco Silva (uma Taça de Portugal numa só época em Alvalade), Jorge Jesus (uma Supertaça e uma Taça da Liga em três épocas) e Marcel Keizer (uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga em dez meses). Todos foram despedidos após a conquista do último troféu - único, no caso de Marco Silva.

 

2

Campeonatos nacionais de futebol conquistados pelo Sporting por décadas, a partir dos anos 40:

1941/1950: cinco
1951/1960: cinco
1961/1970: três
1971/1980: dois
1981/1990: um
1991/2000: um
2001/2010: um
2011/2020: nenhum

Esta foi, portanto, a primeira década em que não conseguimos festejar sequer um título de campeões nacionais.

 

3

Enquanto não assimilarmos estes factos e estes números, extraindo deles as devidas conclusões, nada de significativo mudará no Sporting. Excepto para pior.

4 comentários

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    Pedro Correia 27.07.2020

    Creio ter demonstrado que o problema do Sporting não tem a ver com o presidente X ou o treinador Y. É um problema grave, estrutural, que vem de há muito e que nos levou pela primeira vez na história do Sporting a passar uma década inteira sem vencer um só título de campeão nacional.

    Nesta década perdemos:
    - 10 campeonatos;
    - 8 Taças de Portugal;
    - 9 supertaças;
    - 8 taças da Liga.

    Concluir disto que "a culpa é do Varandas" é, uma vez mais, confundir a árvore com a floresta.
    O maior responsável até foi Bruno de Carvalho pois liderou o Sporting durante metade da década. E só conseguiu vencer três títulos/troféus em 20 possíveis. Varandas, em menos de duas épocas, venceu os dois restantes.
  • Sem imagem de perfil

    Rautha 27.07.2020

    Aquilo que demonstra, e bem, é um facto incontornável: a imensa incapacidade, em uma década, de fazer do Sporting Clube de Portugal uma máquina "oleada" e vitoriosa (no futebol).
    Não quis, de todo, com o meu comentário, atirar todas as culpas para a actual direcção, apenas evidenciar um dos eternos problemas conjunturais: a falha constante de todas as direcções em ter e aplicar um plano estruturado e cumprir as promessas eleitorais.
    Embora continue a pensar que a culpa não é apenas das direcções desta década.
    Esta constante falha em tornar o Sporting profissional, ganhador, sustentável tem como culpados outros factores, muitos externos, e não apenas a competência (ou falta dela).

    Temos dois eucaliptos em Portugal, que através de esquemas, compadrios, empréstimos, tráfico de influências e afins, secam todos os outros clubes.
    Através desta cultura do eucalipto, revezam-se nas participações na Liga dos Campeões, nas receitas da UEFA, nas vendas de jogadores.
    Têm mais poderio financeiro, mais alcance mediático, melhores condições de atractividade, tanto de jogadores como de investimento externo.
    Para lutar contra isto, não nos podemos dar ao luxo de esbanjar orçamentos em Feddals e Porros, ou suplentes de suplentes de Atléticos ou reformados da liga espanhola.

    Acima de tudo, era importante que começássemos a eleger estruturas directivas com cabeça, tronco e membros, e não apenas votar no "menos mau de todos". E isto, julgo que andamos a fazer há quase vinte anos. Com óbvias repercussões a todos os níveis.

  • Imagem de perfil

    Pedro Correia 27.07.2020

    Esta sua reflexão merece destaque. Assim farei.
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