Pedro Gonçalves festeja marcação de golo na Luz (15 de Janeiro de 2023)
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2023/2024, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a segunda de quatro partes.
8 de Outubro (Santa Clara, 1 - Sporting, 2): ADÁN
«É difícil explicar o que se passa com este Sporting. Vários jogadores entram em campo apáticos, sem chama, sem energia, sem vibração. Como se sofressem de cansaço crónico. Alguns arrastam-se em campo implorando banco ou bancada. Mas o treinador insiste em não lhes fazer a vontade, talvez consciente de que o plantel é curto e que os eventuais substitutos se encontram ainda em pior forma.»
22 de Outubro (Sporting, 3 - Casa Pia, 1): NUNO SANTOS
«Fomos para o intervalo a perder, escutavam-se sonoros assobios aos jogadores na famigerada Curva Sul, parecia iminente um novo cenário de pesadelo, digno de voltar a pôr tudo em causa neste clube tão bipolar. Mas a pausa fez bem ao Sporting. Também ao treinador, que tomou as decisões que mais se impunham.»
29 de Outubro (Arouca, 1 - Sporting, 0): ADÁN
«O experimentalismo do técnico, destinado a poupar meia equipa para o desafio de amanhã em Alvalade contra o Eintracht, fracassou. Não apenas derrubando as nossas últimas hipóteses de ainda sonhar com o título de campeão, ao somarmos a quarta derrota em onze jogos da Liga 2022/2023, mas também desmoralizando a equipa, que só pode sentir-se frustrada com mais este fracasso.»
5 de Novembro (Sporting, 3 - V. Guimarães, 0 ): EDWARDS
«A equipa mostrou-se veloz e acutilante, com Matheus Reis a desenhar sucessivos passes de ruptura e Arthur muito dinâmico nas transições, confirmando que tem valor para ser titular. Porro desequilibrava à direita, Morita apoiava o ataque avançando vários metros para além de Ugarte. Pequenas alterações no sistema do treinador que deram fruto.»
13 de Novembro (Famalicão, 1 - Sporting, 2): TRINCÃO
«O mais importante foi conseguido: três pontos. Com Trincão a sobressair num desafio em que Pedro Gonçalves, Morita e Gonçalo Inácio mereceram nota positiva. Ao contrário de Paulinho, que parece ter perdido de vez a veia goleadora.»
29 de Dezembro (Sporting, 3 - Paços de Ferreira, 0): NUNO SANTOS
«Acabou por saber a pouco. Com 3-0 ao intervalo, e o triunfo a começar a ser construído logo aos 3', num golo de cabeça de Porro correspondendo a primoroso passe de Nuno Santos, adivinhava-se goleada em Alvalade. Acabou por não acontecer. No segundo tempo tirámos o pé do acelerador e passámos a gerir o resultado.»
8 de Janeiro (Marítimo, 1 - Sporting, 0): GONÇALO INÁCIO
«Tinha tudo para dar certo. Mas deu errado. Desde o primeiro minuto. A equipa da casa, que ocupa o penúltimo lugar do campeonato e só tinha registado uma vitória (fora) até esta 15.ª ronda da Liga, encostou o Sporting às cordas, impossibilitou-nos de sair com a bola controlada, condicionou a táctica de Rúben Amorim e derrotou-nos com um golo de penálti.»
15 de Janeiro (Benfica, 2 - Sporting, 2): UGARTE
«Faltou sobretudo maior consistência no sector defensivo, que tem feito a diferença para melhor noutras partidas. Coates desta vez não funcionou como pêndulo na definição das linhas do fora-de-jogo. Gonçalo Inácio falhou a marcação no primeiro golo, Matheus Reis teve uma abordagem deficiente no segundo.»
20 de Janeiro (Sporting, 2 - Vizela, 1): PORRO
«Valeu-nos um penálti. Mais um, pelo segundo jogo consecutivo. Obtido já nessa fase do desespero, em que o mandamento táctico parecia ser "tudo lá na frente e seja o que Deus quiser". As orações foram escutadas: a grande penalidade caiu do céu ao minuto 90'+5. Mas concretizada de modo impecável, num pontapé bem terreno. Não por um avançado, mas por um defesa.»
(Continua amanhã)