As juras de Varandas
Num inquérito encomendado, com perguntas à medida das respostas - um módico de deontologia impede chamar a isto "entrevista" apesar de impressa em papel de jornal - o Presidente do Sporting toca três pontos que convém registar.
O primeiro é que "assume" e "dá a cara" pela desairosa época do Sporting. Claro que acto contínuo evoca as mil e uma dificuldades do cargo, justificação que faz ricochete pois é como quem diz que não teve cabeça ou capacidade para acorrer a tudo. Mas isto do "assumir" sem daí tirar consequências decorre de uma ética um bocado torpe, embora esteja na moda. Seria como se perguntando o juiz ao réu se se declara incoente ou culpado e tendo este dito "culpado" o merítissimo o mandasse em paz pois basta que tenha "assumido" para ficar ilibado.
O segundo e terceiro pontos interessantes é que Varandas se atravessa inequivocamente - repito: inequivocamente - por Rúben Amorim e pela continuação no plantel da época 20/21 dos jovens Quaresma, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Joelson e Tiago Tomás. Registe-se e guarde-se para memória futura; cá estaremos para avaliar a credibilidade e idoneidade de quem assim jura.