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És a nossa Fé!

Armas e viscondes assinalados: A bela noite a que os adeptos já tinham direito

Sporting 4 - PSV Eindhoven 0

Liga Europa - Fase de Grupos 5.ª Jornada

28 de Novembro de 2019

 

Luís Maximiano (4,0)

Ouviu o apito final deitado no relvado, com a bola nas mãos, na sequência de mais uma ocasião em que chegou primeiro do que os avançados do eliminado PSV Eindhoven. O modo como olhou para a bola diz tudo o que há para dizer acerca de exibição que teve um único defeito: a pérola da formação leonina a quem chamam “Max” merecia que tivesse sido aquela a sua estreia a titular pela equipa principal em vez de qualquer um dos dois jogos de má memória em que não conseguiu impedir derrotas do Sporting. Não foi o caso desta vez, como pôde testemunhar o renegado Bruma, a quem roubou um golo que poderia relançar o jogo para a equipa holandesa na primeira parte. Depois do intervalo voltou a mostrar ao que vinha numa defesa de recurso a um remate em posição frontal, tal como demonstrou ter velocidade suficiente para se lançar ao solo e agarrar bolas deixadas passar pelas fífias de colegas menos talentosos. Espera-se que esta noite tenha sido o início de uma lenda que faça esquecer de vez o actual titular do Wolverhampton.

 

Rosier (3,0)

Há qualquer coisa na sua abordagem defensiva que não convence, mas não deixa de ser verdade que se esforçou muito para não dar bronca, o que se traduziu numa quantidade de cortes bastante assinalável. No ataque foi aproveitando ao longo do jogo o baixar de braços do adversário para ganhar a linha e servir colegas que poderia ter feito um resultado final ainda mais impressionante.

 

Tiago Ilori (3,0)

Nem as falhas flagrantes que vieram recordar os sportinguistas de que Eric Dier faria ali mais falta do que os “Jesualdo boys” Ilori e Bruma tiveram consequências gravosas, o que demonstra a tranquilidade da melhor noite do Sporting nesta triste época. Muito bem escoltado por Maximiano e Mathieu, o já não assim tão jovem defesa central resolveu quase tudo quase bem, ainda que se tenha arriscado a ver um cartão de outra cor numa entrada a pés juntos mesmo no final da partida.

 

Mathieu (4,0)

A execução do 3-0, desde a sábia movimentação para o canto largo marcado por Bruno Fernandes até ao remate em esforço, de baixo para cima, como mandam as regras do futebol-espectáculo, é o melhor cartão de visita do adiamento da reforma do francês para meados da próxima década. Não contente, mostrou-se intratável para com os infelizes adversários que foram aparecendo no seu raio de acção, acumulando cortes a travar qualquer veleidade do PSV. Saiu uns minutos antes do fim para descansar as pernas e também para ouvir uma merecida ovação.

 

Acuña (4,0)

Os mais distraídos terão pensado que Diego Armando Maradona aparecera no relvado de Alvalade quando Acuña apanhou a bola na linha do meio-campo e passeou-a, à revelia de quem procurava desarmá-lo, até ser derrubado na grande área adversária. Haveria algo de justiça cósmica se lhe tivessem permitido marcar a grande penalidade que selou o resultado, tal como seria agradável que o recém-entrado Jesé Rodríguez tivesse aproveitado melhor um excelente cruzamento do argentino. Seja como for, do primeiro ao último minuto Acuña provou, a defender e a atacar, que é imprescindível num Sporting com ambição de fazer melhor.

 

Idrissa Doumbia (3,0)

Esteve mais certo do que é habitual, sobretudo no transporte de bola, marcando pontos numa competição interna algo esvaziada pelo estatuto de eterno lesionado de Battaglia e pela extrema juventude de Rodrigo Fernandes. Espera-se que esteja preparado para ser uma das chaves da conquista de três pontos na deslocação ao estádio do Gil Vicente.

 

Wendel (3,0)

Regressou à equipa, cumprido o castigo, e não precisou de muito tempo para deixar claro que é melhor do que Eduardo e Miguel Luís a carburar o meio-campo. Mesmo sem deslumbrar, a sua competência contribuiu para a bela noite a que os adeptos já tinham direito. Veja-se o passe perfeito para o que teria sido o 5-0 se Vietto tivesse a pontaria mais afinada.

 

Bruno Fernandes (4,5)

Dois golos e duas assistências valeram-lhe a distinção de melhor jogador da Liga Europa nesta semana, somando-se à inclusão na lista dos 50 melhores futebolistas nas competições da UEFA na temporada passada. Num jogo muito próximo da perfeição, o capitão começou por testar a atenção ao guarda-redes com um remate de longa distância, preparando-o para o que estaria para vir. Assim foi, poucos minutos depois de fazer a assistência para o golo inaugural de Luiz Phellype com a ponta da chuteira, quando recebeu a bola de Wendel, avançou pelo meio-campo e puxou o pé que a Europa já conhece para trás, com a bola a tocar no poste antes de se alojar nas redes. Não satisfeito com o resultado, e com o papel de maestro de uma orquestra muito bem afinada, fez a segunda assistência com o melhor pontapé de canto dos últimos tempos, e na segunda parte dedicou-se a controlar as operações. Isto, claro está, sem deixar de tentar remates de longe e de fazer o resultado final com uma cobrança de pénalti plena de classe. Garantido o apuramento para a fase seguinte da Liga Europa, e com “folga” na deslocação à Áustria devido ao cartão amarelo que viu na primeira parte, nada há temer tirando a tenebrosa hipótese de ter feito o último jogo europeu de leão ao peito, numa transferência destinada a compensar a sucessão de incompetências da actual gerência e da brilhante comissão de gestão cujo paladino Sousa Cintra fez custar mais três milhões ao Sporting devido ao despedimento ilegal do treinador Sinisa Mihajlovic.

 

Bolasie (3,0)

Merece mais a nota pela presença e arrancadas que puseram em alerta a defesa contrária do que por qualquer efeito prático da sua prestação. Na retina ficou a tentativa atabalhoada de marcar com um pontapé acrobático de costas para a baliza e a conquista do canto que valeu o 3-0. Aqui que ninguém nos ouve, foi poucochinho. Mas tudo está bem quando acaba bem.

 

Vietto (3,0)

Também não foi o “verdadeiro artista” a que começou a habituar os adeptos, perdendo a hipótese de deixar marcar ao falhar um remate em arco em posição frontal. Perdeu uma boa oportunidade de provar à Europa que voltou para conquistar o mundo.

 

Luiz Phellype (3,5)

A subtileza no desvio da bola e a assertividade na conquista de posição para o cabeceamento que inaugurou o marcador antes dos dez minutos lançou uma promessa de noite memorável que não foi totalmente cumprida. O avançado brasileiro pode queixar-se de falta de ajuda dos laterais e dos extremos, mas a verdade é que demonstrou os limites que o cerceiam no controlo de bola deficiente que o impediu de seguir isolado para a baliza num lance na segunda parte.

 

Jesé Rodríguez (2,0)

Entrou para o lugar de Luiz Phellype e tentou demonstrar a tese de Frederico Varandas que lhe atribui qualidades de avançado-centro móvel. Por azar dos Távoras chegou atrasado a um excelente cruzamento de Acuña e concentrou-se em impor respeito aos adversários.

 

Neto (2,5)

Tirando uma antecipação escusada a Luís Maximiano, cumpriu sem dificuldades a missão de manter a baliza do Sporting inviolada nos minutos em que tomou o lugar de Mathieu.

 

Rafael Camacho (1,5)

Poucos minutos pouco aproveitados. Contribuiu apenas para o chavão “três da formação” em campo.

 

Silas (4,0)

Desta vez conseguiu que a equipa não desse meia hora de avanço ao adversário, montando uma equipa dominadora e que não permitiu quase nada ao PSV Eindhoven. Sendo certo que beneficiou do estado de graça dos melhores do plantel (Bruno Fernandes, Acuña e Mathieu), teve uma noite que deverá ser recordada e repetida, de preferência com Wendel a cimentar-se no meio-campo e com outras opções nos extremos. Será que Gonzalo Plata ou até os adolescentes Joelson Fernandes e Bruno Tavares não conseguem fazer melhor do que os “incumbentes”?

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