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Apostar nos jovens é missão dos clubes

 
Selecção portuguesa de sub-17 festejando o título de campeã da Europa (2003)

 

Instalou-se a ideia - errada - de que não existem jovens valores no futebol português. Há até um segmento da opinião desportiva, que tem por expoente máximo uma figura com presença perpétua nos ecrãs de televisão, a repetir vezes sem conta este estribilho. A mesma figura, com ecos imediatos nos fóruns de opinião, sublinha até à náusea que os segmentos jovens têm vindo a ser descurados ao nível das selecções. Para dar a entender que "antigamente é que era bom".

São ideias que colam com facilidade às teses dominantes nas conversas de barbeiro e de café. O problema é que não colam com a realidade. Um país que descura a formação e os valores jovens no seu futebol não consegue - como Portugal conseguiu em 2011 - ser vice-campeão mundial de sub-20 (com derrota na final, 2-3, frente ao poderoso Brasil). Nem consegue - como Portugal conseguiu este ano - ser vice-campeão europeu de sub-19 (com derrota na final, 0-1, frente à poderosa Alemanha). Como já tinha sido campeão europeu de sub-17 em 2003 (com vitória na final, 2-1, frente à poderosa Espanha). Numa selecção onde jogavam Miguel Veloso, Paulo Machado e João Moutinho.

Fique portanto bem claro: a renovação de valores tem vindo a processar-se com regularidade no futebol português, incluindo nos segmentos mais jovens. Os clubes - pequenos, médios e grandes - vão cumprindo a sua missão fundamental no capítulo da formação. Falta apenas - e este é um papel insubstituível também dos clubes, não dos responsáveis federativos - potenciar os jovens valores nas equipas. Como aconteceu com o Sporting em relação a Cédric, titular da selecção que se sagrou vice-campeã mundial na Colômbia, há três anos, e titular desde o ano passado no principal onze leonino.

Se houver uma política deliberada de aproveitamento de jovens talentos nos principais clubes portugueses, à semelhança do que o Sporting já faz, isso terá reflexos a curto prazo na nossa selecção A. Como aconteceu nas décadas de 80 e 90 com Fernando Chalana, Paulo Futre, Vítor Baía, João Vieira Pinto, Luís Figo, Rui Costa, Fernando Couto, Paulo Sousa e tantos outros que viriam a brilhar em relvados internacionais: todos jogaram nos escalões principais das equipas que os formaram.

É nesta direcção que o dedo deve ser apontado. E não dizer ou escrever vacuidades do género: "A Federação Portuguesa de Futebol deve substituir-se aos clubes no acompanhamento dos jovens talentos desde as camadas juvenis até aos 24 anos." A menos que se fale apenas para não ficar calado.

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