Amanhã à noite no Dragão
Depois duma derrota em casa marca Soares Dias - qualquer dia tem um Dragão de Ouro à sua espera - voltamos amanhã ao Dragão para tentar chegar à final do Jamor, se calhar agora com os superdragões a fazer de apanha-bolas ao jeito que foi descrito pelo Diogo Dalot e que representa bem a forma batoteira de estar no desporto do clube na era do Pinto da Costa.
O último dérbi, não tanto pelo resultado mas muito mais pela exibição, pôs à evidência a bipolaridade de muitos Sportinguistas, aqueles que já saltavam nas bancadas aos 8 minutos de jogo eram os mesmos que assobiavam e diziam do pior no final, e pelo que fui lendo e ouvindo, enquanto os benfiquistas ficaram com uma sensação agridoce, dizem que ganharam mas não a jogar à Benfica, alguns sportinguistas já acham que o Sporting só sabe jogar para trás e para os lados, Amorim tem muito que aprender e levou um banho táctico do Veríssimo. Como se para baixar linhas para proteger a óbvia falta de pernas dos dois excelentes veteranos defesas centrais, defender com 10 e contar com um super-Darwin lá na frente fosse preciso um Guardiola ou um Klopp.
O futebol do Sporting de Amorim é o mesmo desde que chegou. Foi com ele que ganhámos muita coisa em muito pouco tempo, e é com ele que ganharemos ainda mais. Construção deste trás, controlo do jogo, circulação da bola a toda a largura do campo, variações de flanco, ataque à profundidade. A questão é o momento de forma dos jogadores, e alguns parecem de facto esgotados pela exigência da campanha e pelas pancadas que vão sofrendo, com árbitros que inclinam o campo a nosso desfavor e com clubes que contra nós fazem o jogo da vida deles e contra os rivais baixam as calças.
Pedro Gonçalves é o caso mais flagrante desse esgotamento. Nada lhe sai bem, desde os dribles até aos remates, simplesmente não parece o mesmo jogador que ainda há poucos meses deu cabo do Dortmund.
Paulinho, a mesma coisa. Aquele jogador que não parava em campo e se constituia como um pivot ofensivo de qualidade agora parece um pinheiro plantado na área, incapaz de fugir às marcações e a falhar as poucas bolas a que consegue chegar.
Dum trio que parecia há tempos que ia dar cartas, sobra apenas Sarabia, jogador muito mais de momentos do que de rendimento contínuo. E por aqui passa muito do problema do Sporting neste momento, com Slimani em baixo pelo Ramadão e pela eliminação da Argélia do mundial, e Edwards um jogador de engate, depende da lua.
Que onze então apresentar no Dragão?
Bom, guarda-redes não há questão, é o Adán.
Na defesa/alas, Porro-Inácio-Coates-Matheus Reis-Nuno Santos ou Porro-Neto-Coates-Inácio-Matheus Reis? Aqui a grande questão é a cobertura / articulação do defesa com o ala do mesmo lado. Porro-Inácio combinam muito bem, Matheus Reis-Nuno Santos também no momento ofensivo, Porro-Neto mal, quer a defender quer a atacar, Inácio-Matheus Reis assim assim.
No meio campo, Ugarte tem que jogar, ponto. Quem fica ao lado, Palhinha ou Matheus Nunes? Porque não Palhinha com Matheus Nunes mais avançado do lado esquerdo?
No ataque, Paulinho volta a ser o pivot ofensivo ou joga Sarabia como fez em Tondela e como faz na sua selecção? E quem o acompanha?
No jogo de Alvalade o Sporting alinhou com um onze com Nuno Santos no seu melhor lugar:
Adán; Neto, Coates e Inácio; Porro, Ugarte, Matheus Nunes e Matheus Reis; Sarabia, Paulinho e Nuno Santos.
Se calhar amanhã vamos ter a repetição desse onze.
Concluindo,
Amanhã o Sporting entra em campo no Dragão para conquistar o acesso à final da Taça no Jamor.
Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?
#JogoAJogo
SL