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Agitação no pântano

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Estádio Nacional, 18 de Maio de 1996

 

Moussa Marega, com um gesto veemente, fez agitar o pântano. Atingiu o limite da paciência, encheu o saco e disse "basta". As imagens que o mostram a abandonar o Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, estão a dar justamente a volta ao mundo. Num grito de revolta contra o racismo. E contra a violência no futebol, que começa por ser violência verbal antes de resvalar para a violência física.

Que sirva de exemplo para muitos outros - tenham a cor de pele que tiverem. Inclusive para aqueles que, em certos estádios e em certos pavilhões, imitam o som do very light que matou um adepto de futebol numa bancada do Estádio Nacional, com o filho menor - então com nove anos - a presenciar tão macabra cena, em plena final da Taça de Portugal.

Jamais esqueceremos a data: 18 de Maio de 1996. Chamava-se Rui Mendes, esse malogrado adepto de futebol. Que era também adepto do Sporting.

 

Vergonhosamente, a tal final continuou a disputar-se como se nada fosse, sem que o jogo fosse interrompido.

Vergonhosamente, o som desse very light continua a ser replicado por irmãos de emblema do assassino. O que é outra forma de continuar a matar Rui Mendes, quase um quarto de século depois.

Sem que ninguém rasgue as vestes. Sem que nenhuma alma sensível solte um brado de indignação.

10 comentários

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    Pedro Correia 18.02.2020

    Mas você condena ou não? Fiquei sem perceber.
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    Anónimo 18.02.2020

    Sempre condenei, condeno e condenarei sempre.
    Mas muitos, só agora se mostraram.

    D
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    Pedro Correia 18.02.2020

    Não. Ainda não foi desta que você se "mostrou".
    Continua tão anónimo como antes.

    Deve ser da tribo do Ventura.
    Compreendo que se sinta envergonhado.
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    Anónimo 18.02.2020

    É verdade que muitos acordaram só agora. Um deles, "tratava" o jovem Renato Sanches por trancinhas e sempre "gozou" com o sua idade.
    E, mais, nunca vi aqui, ninguém, a criticar os actos racistas para com o Nelson Semedo, Renato Sanches e outros.
    Pronto, mais vale acordaram tarde do que nunca acordarem.

    David
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    Pedro Correia 18.02.2020

    Tu e o Ventura, teu parceiro de tribo, ficaram atordoados com o caso Marega e nem conseguem alinhar duas ideias seguidas.
    Não custa nada perceber porquê.
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    Anónimo 18.02.2020

    Abomino o Ventura.
    Quanto a não conseguir alinhar duas ideias seguidas percebo bem a sua tentativa de "disfarce" pois a carapuça de nunca ter olhado para outros casos de racismo (referi alguns, factuais, no meu comentário anterior em que, diz, não consegui alinhar duas ideias seguidas) racismo serve-lhe bem.

    David
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    Pedro Correia 18.02.2020

    Como é que abominas o Ventura se repetes tudo quanto esse cartilheiro diz?
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 18.02.2020

    Se a sua cabecinha pensadora o leva a dizer isso, então o inenarrável Ventura anda a copiar o que escrevo. Só pode, pois não ouço, não leio, nem vejo esse populista.
    Mas não posso fazer mais nada perante a sua cabecinha pensadora.
    Olhe, continue com o carapuço enfiado.

    David
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    Pedro Correia 18.02.2020

    Você não frequenta as AG do seu clube, onde ele tem comparecido? Não votou no LFV? Sabe quem foi o grande promotor do movimento de apoio à recandidatura do seu presidente? Aquele mesmo que você diz ignorar.
    https://www.publico.pt/2016/07/22/desporto/noticia/luis-filipe-vieira-candidatase-ao-quinto-mandato-1739127

    Sabe como é que este sujeito se apresentou aos portugueses?
    Como representante do Benfica em debates televisivos. E sabe em que canal de televisão? Na Benfica TV.
    Não é segredo, aliás, que esse sujeito participava em reuniões de cartilheiros coordenadas pela direcção de comunicação do SLB.
    E que o vice-presidente do SLB Varandas Fernandes integrou a comissão de honra do dito cujo quando este se candidatou à presidência da Câmara de Loures.

    Como dizia o outro, isto anda tudo ligado.
    Só as toupeiras, coitadas, não conseguem ver. Por serem cegas.
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