A vida contínua
No 5.º ano, devia eu ter uns dez anos, um dos temas do ano lectivo na disciplina de Português era o jornalismo.
Os elementos básicos da notícia e da reportagem, o que destacar, como fazer, o que sublinhar.
A minha professora de Português (numa escola pública, já agora, desculpem lá o mash up dos temas), cujo nome agora se me olvida, entendeu que a melhor forma de percebermos o que estava ali em causa era nós próprios prepararmos uma peça jornalística, que apresentaríamos à turma.
Abordou-se os lixos que não eram recolhidos, o animal de estimação que era o melhor do mundo, entrevistou-se o pai, a mãe e o dono da mercearia.
Mas este que vos escreve, imbuído de espírito Sportinguista e fresquinho de ler num dos jornais que havia lá por casa que o Vasques, um dos Cinco Violinos, exercia funções na Loja Verde no antigo Estádio de Alvalade, decidiu que era esse o seu trabalho.
Convenci a minha mãe a acompanhar-me, liguei a confirmar que podia ser e lá fomos, rumo a Alvalade, para que um puto entrevistasse um dos maiores nomes de sempre do Sporting.
Não faço hoje a mais pequena ideia das perguntas e muito menos das respostas que as acompanharam, não guardei sequer um pedaço de papel que me servisse de prova deste momento triunfal, mas a memória segue comigo.
Sabem o que é que rima com memória?
Glória.
E sabem o que é que eu queria para este fim de semana.
Jackpot.
Agora vão lá pensar no que queriam para as vossas vidas desportivas e o que podem fazer para contribuir para alcançar esses objectivos.
Se este Domingo não der, outro Domingo haverá.