A ver o Europeu (6)
A REVOLTA DE SCHMEICHEL
Na linha do que ontem escrevei aqui, contestando a inconcebível decisão da UEFA de retomar o Dinamarca-Finlândia mesmo depois de Eriksen ter sofrido uma síncope em campo, o nosso bem conhecido Peter Schmeichel - campeão pelo Sporting em 2000 - também não poupou palavras. Com a autoridade acrescida que lhe assiste, enquanto campeão europeu em 1992 como guarda-redes titular da selecção do seu país.
«Foi uma decisão ridícula da UEFA. Eles deveriam ter assumido uma opção diferente e revelado alguma compaixão, ao contrário do que fizeram», criticou Schmeichel. Revolta que bem percebo, palavras que justificam todo o meu aplauso.
«Os jogadores quebraram, vários estavam emocionalmente destroçados, foi uma experiência traumática», confessou entretanto o seleccionador dinamarquês, Kasper Hjulmand. Um cenário bem compreensível. Aquele jogo (que terminou com a vitória da Finlândia por 1-0) nunca devia ter sido concluído ontem, escassas duas horas após Eriksen ter sofrido a paragem cardíaca que esteve prestes a roubar-lhe a vida com o mundo inteiro a ver.