A trampa “estalinista” de ontem…
… que voltou a escrever mais uma página negra no nosso clube, não vencerá!
Os tristes acontecimentos que ontem ocorreram, lembraram-me o amor que esta imensa massa adepta, independentemente da inabilidade e incompetência da Direcção e dos grupos terroristas - travestidos de claques - que querem aprisionar o Sporting, continua a ter por este clube.
Shostakovich, Concerto para Piano n.º 2, Segundo Andamento
«Em 1957 o colosso da música russa, Dmitri Shostakovich, compôs o seu segundo concerto para piano para comemorar o aniversário do filho. Talvez por causa da pessoa para que foi escrito, revelou-se uma pausa no seu habitual estilo sardónico, abespinhado e opressivo (ouça a sua quinta e maior sinfonia para um exemplo inequívoco do que acabei de dizer). Ao contrário de quase todos os seus contemporâneos, Shostakovich permaneceu toda a sua vida na Rússia, apesar da agitação e da loucura estalinista que forçaram a saída de Prokofiev, Rachmaninov e outros. Shostakivich ficou e lutou através da música, utilizando ocasionalmente as suas composições para retratar paródias musicais de um país depauperado.
Era voluntarioso, político, destemido e revolucionário, tendo proferido as belíssimas palavras: «Um artista criativo trabalha na sua próxima composição porque não está satisfeito com a anterior.»
Este lento andamento, com reminiscências do Concerto do Imperador de Beethoven, surge como uma das mais românticas e belas composições, principalmente se pensarmos nos horrores que estavam a acontecer à sua volta quando a compôs.»
In. RHODES, James - Instrumental. 1ª ed. [S.l.] : Alfaguara, 2017. p. 119