A selecção só para alguns...
Mais de 30 jogos e dois títulos conquistados, foram insuficientes para convencer o inginheiro Nandinho cinzentão a convocar João Mário. Bastaram porém meia-dúzia de jogos com diferente camisola, para regressar à selecção nacional.
Pedro Gonçalves que não sendo propriamente um ponta-de-lança, foi o melhor marcador da época passada, lá acabou convocado para o Euro 2020, mas não foi utilizado, apesar da incapacidade da selecção em marcar golos, à excepção de um jogador.
Tendo tomado conhecimento que o médio do Sporting C.P., Matheus Nunes, acabou de adquirir nacionalidade portuguesa, o seleccionador português ignorou a oportunidade e perdeu-a para o futuro, porque o seu congénere brasileiro, que muito provavelmente não ignora a nova condição de dupla-nacionalidade, apressou-se a convocar o jovem médio para a selecção brasileira, que nunca é uma equipa de segundo plano, bem pelo contrário.
Percebe-se a hesitação do inginheiro, o patrão de quem recebe ordens, um tal a quem chamam super-agente, tem andado ocupado com uma transferência mediática à escala planetária e sem ordens superiores, o burocrata amanuense não arrisca, limita-se à sua previsível mediocridade habitual.
Claro que haverá quem vá interpretar estas linhas como ressabiamento ou clubite exacerbada, mas os factos são o que são. A chamada de Gonçalo Inácio é quase uma obrigação, afinal substitui na convocatória José Fonte, em fim de carreira e não abundam centrais portugueses disponíveis.
Deixei de me interessar pelos jogos da selecção, que normalmente nem vejo, condição que manterei enquanto a FPF mantiver o inginheiro no cargo...