A questão do capitão
Agora que as coisas estão "encarreiradas", que a equipa está a crescer a olhos vistos e que este post já não será olhado como uma tentativa de desestabilização, parece-me ser altura de equacionar a questão do capitão da equipa.
É sabido que Rui Patrício é um aglutinador de sensibilidades e parece ter conseguido, fruto de muitos outros factores é certo, mas também do seu carisma e da sua maneira de ser, blindar a equipa e transformá-la num grupo coeso, unido. O trabalho de Rui Patrício como capitão, está, por isso, aprovado com distinção!
Mas depois há outros factores. As incidências dum jogo são talvez o mais importante fora do "aconchego" do balneário.
Eu nunca fui adepto do Guarda Redes capitão; nunca num Clube como o Sporting, que bastas vezes é alvo de arbitragens "do arco da velha" e é descaradamente roubado! perdão, é vítima de enganos involuntários de alguns senhores árbitros...
Ora em situações destas, é difícil ao GR capitão fazer-se ouvir junto do árbitro, conforme estipulado nas regras do jogo. Imagine-se haver uma situação que requer a presença do capitão e o Rui ter que "lá" ir, ao meio campo adversário e por absurdo a jogada prossegue e o capitão fica pelo caminho e o adversário marca?
E, convenhamos, o Rui é um "bonzão"! reveja-se a forma como abordou o árbitro em Gelsenkirschen, quase a pedir desculpa por reclamar (não é crítica, é constatação e não é defeito, é virtude!).
É certo que a figura e a missão de um capitão é muito mais do que "refilar" com o árbitro, mas acompanhem o meu raciocínio, por favor: se fosse capitão, o Nani teria tantos amarelos? a minha resposta é NÃO!
E seria não, apenas pelo motivo de que o próprio teria eventualmente mais cuidado quando se dirigisse aos árbitros (ainda que os cartões que já tem sejam de todo desproporcionados) e estes teriam que o "engolir" nas justas reclamações! aos capitães dá-se, por força da Lei de jogo, mais um pouco de tolerância.
Referi Nani porque após a adaptação necessária e a estabilização como grande jogador que é (o melhor do plantel e do campeonato, de longe), se dúvidas houvesse elas ficaram dissipadas no Domingo, depois do desnorte da entrada para a segunda parte. Nani puxou dos "galões" e reuniu as tropas. E o que é certo é que a sua influência é cada vez maior na equipa.
Parece-me uma promoção pacífica; sem colocar em causa a posição de Patrício, Nani tem todas as condições para assumir o lugar! e nem tem anti-corpos, antes pelo contrário: é da formação, jogou na equipa principal, é Leão!
Desculpem a divagação, admito até que me mandem dar uma volta, mas a equipa está tão bem, que qualquer dia deixa de haver assunto. E é nas alturas de bonança que se devem falar destas minudências.