A porta da rua - e é do lado de fora
Texto de João Gil
Jordão, um Príncipe do Sporting
Com a participação baixíssima que houve na AG não admira que os militantes anti-actuais dirigentes do clube tivessem feito vingar algumas das suas posições. Num contexto mais largo e de maior representatividade contam pouco ou nada.
A lista de nomes foi aprovada. Apesar da minoria de participantes, houve uma maioria que aprovou a ideia e a mesma passou.
Apesar de tudo houve alguma separação de assuntos que não tinham por que ser misturados. Sendo o actual estádio convertido exclusivamente ao futebol, é uma boa lista de nomes. (...) Custa-me perceber, entretanto e como já li, como é que há sócios que votariam contra a lista de nomes aprovada, pela presença do nome de Jordão, um dos maiores futebolistas portugueses de todos os tempos, sportinguista desde menino, desde sempre e para sempre.
Só mesmo a ignorância sobre a personalidade, o passado, a história pessoal de Jordão justificam uma posição negativa relativamente à inclusão do seu nome numa das portas do nosso estádio.
Se Eusébio foi o King, Jordão foi um verdadeiro Príncipe do futebol português e do Sporting. Enfim.
Tenho pena que hoje o estádio José Alvalade só tenha portas para o futebol e já não tenha portas da maratona por não haver pista de atletismo, ou de ciclismo, onde pudéssemos honrar da mesma maneira um Carlos Lopes ou um Joaquim Agostinho.
No Sporting não faltam nomes para honrar, faltam portas para tantos atletas (m/f) grandes e merecedores da admiração dos Sportinguistas.
Para os alarves que insultam dirigentes e consócios em AG e que ainda tentam impedir a normal vivência democrática do clube é que só há uma porta onde merecem estar. A porta da rua - e é do lado de fora.
Texto do leitor João Gil, publicado originalmente aqui.