A nossa rainha e o rei deles
Para além do futebol, gosto muito de xadrez.
Gosto de planear as jogadas, gosto de antecipar o pensamento do outro. Os bons jogadores de xadrez não pensam na jogada seguinte, estão a pensar vários movimentos à frente, isso só é possível devido à existência de regras que são iguais para os dois jogadores.
O futebol português não tem regras, é como se a nossa rainha só pudesse andar uma casa de cada vez, como o rei. Já o rei deles (do Porto e do Benfica) é como as meninas más, vai para todo o lado, movimenta-se em todas as direcções, não há longe nem distância, como a gaivota.
Este fim-de-semana mostrou-nos (se dúvidas houvesse) que as equipas de arbitragem já estão bem entrosadas e que têm a lição bem estudada.
A altura para dar um murro na mesa é agora, depois de uma vitória, não é virmos choramingar após mais uma derrota como a da época passada com o Benfica, às mãos de Fábio Veríssimo (o das cartões, a semana passada) que nos custou o terceiro lugar.