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És a nossa Fé!

A influência individual no colectivo

Não gosto de individualizar no futebol, gosto, sim, de analisar o jogo colectivo. De preferência quando esse colectivo é muito mais que a soma das individualidades. O que equivale a dizer que as individualidades contribuem positivamente para a melhoria colectiva, que os comportamentos das individualidades beneficiam o e do colectivo. Neste sentido, defenderei sempre os jogadores que mais e melhor contribuam para o colectivo e que por consequência o tornem mais forte, aproximando-o da vitória.

 

Jogadores como William, Nani, Montero e Martins serão sempre defendidos na minha forma de analisar o jogo, não só porque são os melhores jogadores do plantel, mas principalmente porque são aqueles cujas acções e comportamentos individuais mais aproximam a equipa do sucesso. Todos os processos da equipa melhoram com eles em campo.

 

Pelo que se ouviu e leu no início da época, parece que nem William é consensual no universo leonino, tais foram as loas de lentidão e displicência que lhe rogaram. Nani, idem, a julgar pelos constantes assobios ouvidos em Alvalade, principalmente quando temporiza para procurar a melhor opção para a equipa, quando a maioria dos adeptos preferiria uma correria para a linha e um cruzamento em que nem era preciso olhar para a área ou passar a bola para alguém que no momento seguinte ficaria numa situação difícil.

 

Montero e Martins não reúnem de todo consenso, aliás, no limite, reúnem no sentido de que não servem para o Sporting. Os argumentos são, normalmente, subjectivos e/ou perceptivos, por vezes até estatísticos (como se isso, por si só, dissesse alguma coisa) do que fundamentados naquilo que é o jogo jogado e a forma como as acções deles contribuem para aproximar a equipa do sucesso. Na realidade, jogadores com as características deles são mal interpretados pelo comum adepto, principalmente por estes últimos terem pouco conhecimento do jogo e da forma como um colectivo deve abordar os principais momentos do jogo de forma a estar mais próximo de ganhar.

 

Já o escrevi várias vezes neste espaço: a probabilidade de ganhar é tanto maior quanto melhor forem o conhecimento e os princípios de jogo. Consequentemente, a equipa terá melhor conhecimento e princípios de jogo quanto melhor for o seu treinador (é aqui que se ele tem maior influência na equipa) e quando mais os seus intérpretes os conseguirem aplicar em prol do colectivo.

 

É isto que tenho vindo a defender e tenho a consciência que não é propriamente o mais unânime. Até há quem apelide opiniões como a minha de “freitas-lobismo”. Seja lá isso o que for. Mas se o objectivo for adjectivar por comparação, devo dizer que é um perfeito disparate, porque Freitas Lobo é um fã de jogadores como Adrien, Slimani ou Paulo Oliveira. Nunca o será de jogadores como Martins, Montero ou Tobias, porque não percebe o que eles dão ao jogo. No fundo, o Freitas Lobo é apenas um comum adepto, mas mais bem-falante e com muitas horas de Football Manager, o que lhe permite conhecer o nome de mais jogadores que a maioria.

 

Não se trata de comparar Montero com Slimani, Martins com Adrien, Tobias com Oliveira individualmente. Até porque todos eles têm características individuais e colectivas importantes para estarem no plantel. Trata-se, isso sim, de comparar a qualidade do colectivo quando alguns destes jogadores estão em campo e quando não estão. A forma como as acções individuais contribuem para a melhoria do colectivo, ou como, no limite, fazem com que a equipa esteja mais perto da vitória é que determina os melhores jogadores. Messi é o melhor do mundo não só pelas fantásticas qualidades técnicas e físicas individuais, mas porque percebe como nenhum outro todos os momentos do jogo e coloca toda a sua qualidade ao serviço do colectivo. Com as acções dele a equipa estará sempre mais perto da vitória.

 

O futebol que admiro e que defendo para o Sporting não é o de Jardim nem o da maioria desta época (com excepção do início), baseado numa forma de construção de jogo demasiado lateralizada e cheia de cruzamentos sem nexo para a área (muito a darem golo, é certo), com princípios defensivos de fraca qualidade e com muito dificuldade nos momentos de transição, defensiva e ofensiva. Mesmo assim, cada vez que Marco Silva aposta nos melhores jogadores, o Sporting, como colectivo, aproxima-se mais daquilo que defendo. Não porque os princípios se alterem, mas porque os intérpretes contribuem mais para o colectivo.

 

P.s. Miguel Leal é um excelente treinador e a Liga portuguesa ficaria muito mais interessante com equipas orientadas como este Moreirense. Deve estar no Top 5 das equipas com melhores princípios de jogo do campeonato.

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