A importância de falar claro
Frederico Varandas falou claro e foi direito ao essencial, reagindo às inadmissíveis agressões - verbais e físicas - de que foi alvo a comitiva leonina no túnel do estádio do Bessa e no pavilhão do FC Porto.
Eis um breve apanhado de notícias divulgadas, há poucas horas, na imprensa desportiva em linha - todas citando o presidente do Sporting em discurso directo:
«No episódio do Bessa, tivemos um elemento do Conselho Diretivo agredido, por trás, com murros na nuca, e há 48 horas tivemos uma agressão miserável a uma senhora, esmurrada na face. Em ambos os casos existe a particularidade de serem precisos vários cobardes para o fazerem.»
«São episódios que repudiamos e que queremos que não se repitam. Foram casos cobardes e, para os fazer, é preciso uma matilha de cobardes. O que aconteceu não pode ser esquecido, ignorado e tolerado. Gente desta tem de ser banida dos recintos desportivos. As federações, as Ligas, os Conselhos de Disciplina, a Secretaria de Estado… não podem fingir que isto não aconteceu.»
«O Estado tem de legislar e é corresponsável por criar condições para que isto não se volte a repetir. A gravidade do que aconteceu exige uma resposta ao mais alto nível institucional e vamos pedir, com urgência, uma audiência ao Governo, uma reunião com todos os presidentes das associações e ligas que o Sporting disputa e propondo a criação de um conselho estratégico para a segurança no desporto.»
Já agora, impõe-se a pergunta: em Outubro de 2018, o Governo anunciou a criação de uma Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, presidida desde o início de Novembro por um oficial da PSP.
O que terá feito até agora o referido organismo? Tanto quanto me apercebi, não fez rigorosamente nada.