A crise já não é só no futebol
Texto do leitor Luís Barros
Infelizmente o drama do Sporting não se limita à equipa principal de futebol, nem o Sporting é apenas a sua equipa principal de futebol.
Este início de ano 2020 tem sido, no mínimo, catastrófico.
Os sub-23 nos últimos dez jogos contaram com seis derrotas, um empate e apenas três vitórias. Se é este o futuro que se está a preparar para putativamente substituir a equipa principal, então o futuro será ainda mais negro do que se está a prever e creio que se prepara mais uma geração perdida de promissores futebolistas, que no meio de tanta desgraça até acabam por ser os menos culpados.
Ainda nas camadas jovens, os sub-17 encontram-se a disputar a fase de manutenção, após - de forma inexplicável - terem ficado fora do grupo de apuramento para campeões nacionais. Mais uma geração de qualidade a penar nos caminhos tortuosos da formação leonina. A salvação do convento é feita nos sub-15, que se mantêm no primeiro lugar na competição.
No futsal sénior, fomos mais uma vez derrotados numa final com o Benfica, não conseguindo manter a vantagem no jogo.
O hóquei, neste início de ano, em quatro jogos divide o mal entre duas vitórias e duas derrotas. Para campeão europeu em título, pede-se mais.
O voleibol, esta época, não consegue ganhar ao seu adversário directo, tendo sido derrotado de forma bem expressiva no último jogo, ficando agora mais distante do primeiro lugar.
O basquetebol, depois de alguns jogos bem conseguidos, foi eliminado na Taça da Liga, num jogo em que esteve francamente mal na segunda parte, não conseguindo manter a superioridade que tinha mostrado até então. O treinador já demonstrou o seu desagrado por a estrutura não estar a dar o apoio necessário e colmatar falhas surgidas desde o inicio da época.
Concluindo esta minha "radiografia" sobre o início deste ano desportivo, nas principais modalidades salva-se o andebol, que se mantém em primeiro.
Não tenho dúvidas de que a competitividade e imposição perante os adversários é um reflexo da fraca prestação da presidência do Clube, atenuada nas modalidades por contar com um dirigente com conhecimentos e carisma que conseguiu escolher gente competente para dirigir as respectivas equipas, que melhor ou pior ainda vão honrando o nome Sporting Clube de Portugal.
Texto do nosso leitor Luís Barros, publicado originalmente aqui.