A corda que não partiu
Se os 3 pontos souberam a mel o jogo soube a fel. E por maior que seja a festa há questões a pôr:
O que tem a ver a ausência de um central com a total incapacidade de João Mário, Palhinha, Gonçalves e Nuno Santos trocarem mais de dois passes sem falharem ou perderem a bola? Porque quase nunca ganhámos a segunda bola nos ressaltos defensivos? Paulinho deixou de ter má relação com o golo para passar a ter má relação com o jogo, gostava de ver as estatísticas dele, acho que foi zero em tudo: recepções, remates, passes, desarmes. Quantas bolas longas o TT conseguiu segurar? Os remates de meia distância têm de ir todos para o bancada?
Já fizemos melhor, muito melhor e precisamente agora é que é preciso mais.
Entre o minuto 17 e o 18, o verme do apito fez vista grossa a uma entrada de Fransergio sobre Palhinha igualzinha à que lhe deu a expulsão na partida com o SLB; logo a seguir viu uma falta para segundo amarelo num encosto do ingénuo Gonçalo Inácio. Quem tivesse dúvidas ao que vinha ficou sem elas. No fim, de pura raiva, espargiu amarelos sobre o banco do Sporting. Ainda deve estar lá na Pedreira às escuras a mostrar cartões a tudo que lhe aparecer à frente.
Por fim, uma equipa que não fosse tão medíocre como o Braga teria vencido sem dificuldade este Sporting. E o desabar deste embuste foi o que deu mais graça a uma vitória arrancada a ferros.