A cadeia de comando é sagrada
Aquando do radical desatino do anterior presidente o dr. Varandas apareceu como candidato, acto muito saudável e elogiável. Mas armou-se de um discurso oco, patético para não dizer pateta. Qual "O Homem Que Queria Ser Rei", de Kypling, Varandas hasteou-se herói do Afeganistão, tique auto-engrandecedor que não despega, veja-se uma recente entrevista onde regressa às memórias de ter percorrido (bíblicos) "caminhos de pedras" sobre "o fogo do inimigo". Nessa fragilidade de referências (algo bacoca, já agora) Varandas anunciou que, em seu entender, "A cadeia de comando é sagrada". E presume-se que será assim que o nosso Podalírio entende o exercício do "comando" de uma associação desportiva, dado o tom com que se anunciava para o futuro.
A cadeia de comando é sagrada? É capaz de ser. E então é óbvio quem é o responsável por este triste estado de coisas. Humildade (sinónimo de "cautela", como bem se sabe) e caldos de galinha é o que se pode receitar ao Presidente Podalírio. Deixe-se lá de invenções. Deixe-se de mimetizar o vizinho do lado. Contrate um treinador que saiba da poda - que é coisa que não falta em Portugal. Vamos lá ver se ainda dá para chegar ao habitual 3º lugar (ainda dá, falta muito e o Braga está mal).
E a ver se o recruta presidente chega a primeiro cabo. Que ainda lhe falta muito para furriel.