O Pedro Oliveira traz aqui ao lado a justa homenagem ao Famalicão, campeão nacional no escalão sub19.
O Sporting terminou no 3.º lugar, Famalicão 28, FC Porto 27, Sporting 25, Benfica 23.
Na penúltima jornada da competição o Sporting derrotou em Alcochete o Famalicão por 3-1.
O Sporting alinhou com:
Guilherme Pires; Leonardo Barroso, Pedro Silva, Lucas Taibo e Rodrigo Dias; Alexandre Brito, Manuel Mendonça, Guilherme Santos; Pedro Sanca, Gabriel Tavares e Isnaba Mané.
Ora nesta competição podiam actuar jogadores nascidos em 2004 ou depois.
E qual é a melhor equipa de sub19 que o Sporting pode apresentar actualmente?
Diego Callai; Gonçalo Esteves, João Muniz, Lucas Taibo e Travassos; Essugo e Mateus Fernandes; Fatawu, Chermiti, Rodrigo Ribeiro e Afonso Moreira.
E ainda ficavam muitos no banco de suplentes como Samuel Justo, Marco Cruz, David Monteiro, etc... que jogam pela B ou pelos sub23 e davam para fazer outra equipa.
Quantos em comum? Um, Lucas Taibo, internacional por Espanha, 1,92m, nascido em 2006. Um craque em potência.
Ou seja, o Famalicão foi campeão nacional de sub19 em confronto com a terceira equipa do Sporting dessa categoria etária. Tão simples como isso. Quanto ao Benfica, a mesma coisa: o FC Porto não tem sub23, como o Famalicão não tem equipa B, pelo que a situação é diferente.
Ora isto nada tem que ver com o que acontecia há uns anos. Por isso, olhar para as classificações dos escalões sem ter em conta esta nova política focada no jogador adoptada por Sporting e Benfica não faz sentido nenhum.
Formação rima com campeão, parece que melhor formação do mundo, afinal não é a do Sch-eixal.
Famalicão 5 - Benfica 1.
Adenda: O comentário abaixo apareceu no meu "e-mail" para ser aprovado ou rejeitado. Foi rejeitado sem a minha intervenção, não sei se a "culpa" é da plataforma ou de algum administrador com poderes.
Como não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a décima vez, peço, publicamente, para não o fazerem.
Prefiro ser eu a fazer a gestão do que escrevo e a publicar ou não as respostas.
A época terminou e quando alguém não estiver satisfeito com algo, o meu "e-mail" está disponível para todos para os administradores da plataforma e do "blog" e para todos os leitores em geral.
Tenho muita honra em escrever neste "blog" mas quando sair saio como entrei, cabeça levantada, a pensar no jogo seguinte e a custo zero.
Gonçalo Inácio acabou de marcar o nosso primeiro, Pedro Gonçalves e Nuno Santos festejam
Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa
Caiu o pano no campeonato nacional de futebol. Com o Sporting no 4.º lugar - atrás de Benfica, FC Porto e Braga. Mau desempenho global da nossa equipa, embora o descalabro tenha ocorrido na primeira volta. A segunda foi muito superior: só dois empates nos últimos 15 jogos. Se tivesse sido sempre assim, estaríamos a lutar pelo título até à derradeira jornada, ontem cumprida.
Valeu a pena lutar até ao fim? Sim, valeu. Para sairmos da prova de cabeça erguida. E para começarmos já agora a testar a próxima época, novamente sob o comando de Rúben Amorim. Mas com novos elementos no plantel. Porque se avizinham saídas difíceis de colmatar. Ugarte, antes de qualquer outro. Talvez também Gonçalo Inácio. Edwards também poderá estar prestes a abandonar Alvalade. Sem esquecer que temos vários jogadores que já não vão para novos, como Adán, Neto e o capitão Coates.
Rúben começou a fazer experiências neste 34.º e último desafio do campeonato, anteontem, em Vizela. Manteve Israel na baliza mesmo já com o veterano guarda-redes espanhol disponível, instalou Dário no onze titular. Nenhum entusiasmou, valha a verdade.
As limitações da nossa manobra defensiva - sentindo-se aqui já a ausência de Ugarte - ficaram transparentes logo ao minuto 6', quando Osmajic galgou terreno em poucos segundos e disparou em cheio contra as nossa redes. Gonçalo Inácio e Dário ficaram desposicionados lá na frente, Coates foi incapaz de acompanhar a passada do veloz montenegrino.
Gonçalo redimiu-se pouco depois. Aproveitando da melhor maneira um lance estudado, num canto marcado de forma irrepreensível por Pedro Gonçalves. Elevou-se acima da defesa e meteu--a no sítio certo. Mostrando a Paulinho como se faz.
Fomos para o intervalo assim, com empate a um. O segundo tempo foi todo nosso: carregámos sem descanso contra o reduto do Vizela. Com mais critério e maior poder de fogo quando Amorim decidiu trocar Dário por Edwards. O inglês desequilibra sempre, mesmo quando está em maré baixa de inspiração - o que nem foi o caso.
E lá surgiu o golo da vitória. Aos 85', em lance iniciado com um magistral passe de ruptura de Coates para Pedro Gonçalves romper linhas com a bola dominada e a despejar na área. Visava Chermiti, mas o ex-Sporting Ivanildo antecipou-se e encarregou-se ele próprio de marcar, num autogolo de impecável execução técnica.
Mostrando - também ele - a Paulinho como se faz.
Breve análise dos jogadores:
Israel - Podia ter feito melhor no golo sofrido. Foi traído pela hesitação.
Gonçalo Inácio - O canhoto voltou a ser central pela direita. Esperou até ao último jogo para se estrear a marcar no campeonato. Cortes decisivos aos 50' e 57'.
Coates - As pernas já pesam: faltou-lhe velocidade para bater Osmajic. Foi ele a iniciar, numa eficaz recuperação, o lance que nos daria a vitória já quase ao cair do pano.
Matheus Reis - Como central à esquerda, articulou bem com Nuno Santos. Ofereceu golo a Paulinho aos 10': lance desperdiçado.
Esgaio - Falhou nos cruzamentos, sem conseguir fazer a diferença. Condicionado cedo por um amarelo (23'). Perdeu duelos com Kiko Bondoso. Saiu aos 80'.
Dário - Rúben deu-lhe nova oportunidade, mas o jovem médio não correspondeu. Falhou ligação com o ataque, não foi o médio de marcação que ali se impunha. Saiu aos 56'.
Morita - Distinguiu-se no capítulo das recuperações, mais evidente ao recuar para a posição 6, já com Dário fora de campo. Sete, ao todo.
Nuno Santos - Desequilibrou no nosso corredor esquerdo. Ofereceu golo a Paulinho aos 72': lance desperdiçado.
Trincão - Abusou do individualismo e do lance adornado, incapaz de fazer a diferença no chamado futebol sem bola. Ofereceu golo a Paulinho aos 73': lance desperdiçado. Saiu aos 80'.
Pedro Gonçalves - Melhor em campo. Está nos nossos dois golos: assiste de canto e é dele o passe que Ivanildo intercepta para autogolo. Incansável, inconformado.
Paulinho - Falhou emendas (10' e 72'). Desperdiçou passe de Pedro Gonçalves (30'). Chegou atrasado (43'). Cabeceou muito mal (77'). Protesta muito, não marca desde 1 de Abril.
Edwards - Assim que entrou, aos 56', notou-se a diferença: equipa mais dinâmica com ele em campo, pondo a defesa adversária em sentido. Sacou canto mal tocou na bola, arrancou faltas.
Chermiti - Substituiu Trincão aos 80'. Muito móvel na grande área, procurou ser útil. A bola que Ivanildo cortou em autogolo ia parar aos pés dele, no segundo poste.
Bellerín - Rendeu Esgaio aos 80'. Teve tempo para um par de incursões ofensivas revelando boa técnica, com duelos ganhos.
Francisco Melo: «Se há coisa em que a nova presidência do Sporting tem representado uma lufada de ar fresco, é no discurso. Bruno de Carvalho, ultimamente, a propósito do assédio aos leõezinhos da Academia, tem dito o óbvio, o que todo o adepto pensa, mas que, estranhamente, nunca foi afirmado de forma tão categórica e peremptória pelos anteriores presidentes do Sporting no exercício das suas funções.»
Francisco Mota Ferreira: «Como o próprio refere, BdC chegou a este mundo há dois meses e está a ser confrontado com realidades que muitos de nós apenas sonhamos ou desconfiamos. Sem ironias de qualquer espécie, se a sua intenção for sincera, BdC poderá representar a diferença e dar ao futebol e ao nosso Clube a "higienização" que se precisa. O meu maior receio é que, à semelhança de muitos que quiseram fazer essa mesma diferença, acabe por ser "engolido" pela "máquina" e seja recordado por ser mais do mesmo. Com a agravante que, na situação que o Sporting está, um erro (ou uma sucessão de erros) poderá acabar de vez com o nosso Clube.»
João Paulo Palha: «Segundo A Bola de hoje, o agente do jogador terá dito que Cardozo estava de cabeça quente, teria feito o mesmo com a mãe dele. Este agente é um achado. Há já muito tempo que não me deparava com uma atenuante tão bem engendrada e de tão bom gosto. Do melhor.»
José da Xã: «Leonardo Jardim, treinador por quem nutro alguma desconfiança, tem a hipótese única de fazer um bom trabalho com óbvios reflexos num futuro a médio prazo. Fazer melhor que este ano não será difícil, mas os adeptos esperam (e desejam) sempre mais.»
Tiago Loureiro: «É obrigatório ler a entrevista do Presidente Bruno de Carvalho ao Record de hoje, na qual, sem medo, mete o dedo em várias feridas: o comportamento dos agentes com o Sporting e sua influência sobre os jogadores, os salários e as despesas principescas praticadas no clube mesmo num cenário de caos financeiro, as dificuldades desportivas que se aproximam, os podres do futebol português e a vontade de fazer diferente, por muito que isso custe. Uma entrevista corajosa e frontal, em que se percebe que, gostando-se ou não, tendo as consequências que tiver, o feitio Bruno de Carvalho é claro: antes quebrar que torcer.»
«Temos de comprar um avançado alternativo a Paulinho, ponto. Chermiti ainda é um jogador em crescimento e imaturo e TT se voltar ao Sporting só é alternativa contra blocos subidos no terreno que deixem muito espaço nas costas. Em 2020-21 foi útil, mas hoje toda a gente joga com bloco baixo contra o Sporting, nomeadamente em Alvalade.»
Adelino Cunha: «Enquanto o Sporting se afundava à conta de Godinho Lopes, os caríssimos benfiquistas vangloriavam-se das três frentes do Benfica. Não percebo porquê, mas desde ontem que deixei de ouvir falar das três frentes do Benfica. Na verdade, o Benfica mantém-se em três frentes: frente ao Colombo, frente à Segunda Circular e frente às bombas da gasolina. São três frentes, não são?»
Francisco Melo: «A equipa de juniores de andebol do Sporting conquistou, este domingo, o seu quarto campeonato de juniores consecutivo. Uma proeza fantástica das nossas camadas jovens e que merece amplo destaque. É caso para, adaptando as célebres palavras de Jesualdo Ferreira, nos perguntarmos por que é que o Sporting, que é uma potência no andebol jovem, não tem conseguido expressar esse domínio a nível sénior.»
O outro, o futebol de tribunais, de foras-de-jogo, de bloqueios, interessa-me menos.
Duarte Gomes explica tudo, muito bem explicadinho, no final dia, o campeão será aquele que conseguir roubar mais, o que conseguir aguentar-se na bicicleta (excelente capa d' A Bola, hoje) qual dos Armstrongs vencerá?
Da terminarmos o campeonato a vencer. Em Vizela, campo difícil. Frente a um adversário motivado e muito incentivado pelo seu público.
Da reviravolta. Recuperámos de um resultado desfavorável (golo sofrido logo aos 6'), empatando aos 20', e consumámos o triunfo aos 85'. Triunfo por 2-1. Tudo está bem quando acaba bem.
De Pedro Gonçalves. Nada se decidia já neste jogo, que para nós se destinou apenas a cumprir calendário. Mas o nosso n.º 28 suou a camisola, inconformado. Quis sempre mais, quis sempre melhor. Perante uma reduzida mais vibrante falange de adeptos leoninos. Querer é poder: foi dele o passe para o golo inicial, na marcação de um canto, e é ele quem conduz toda a jogada que culmina no segundo. Somou 11 assistências na Liga. Melhor em campo.
Da estreia de Gonçalo Inácio a marcar no campeonato. Mesmo no último jogo: foi dele o cabeceamento bem calibrado de que resultou o golo inicial. Fecha a temporada com quatro bolas metidas no fundo das redes - mas para a Liga 2022/2023 foi só este. Ainda a tempo.
De Edwards. Estará em vias de abandonar o Sporting para regressar à Premier League? Talvez, algo indiciado pelo facto de ter começado no banco - facto insólito nas opções do treinador. A verdade é que quando entrou, aos 58', logo agitou o jogo, causando desequilíbrios graças à sua excelente técnica. O colectivo leonino beneficiou muito com ele em campo. Se sair, teremos saudades dele.
Do autogolo. De Ivanildo Fernandes, aos 85', quando trocou os pés numa bola bombeada por Pedro Gonçalves para Chermiti, ali bem perto. O antigo jogador da formação leonina, que chegou a participar em vários jogos da nossa equipa B, cumpriu enfim um sonho antigo: marcar pela equipa principal do Sporting. Foi o quinto autogolo de que beneficiámos neste campeonato - e o oitavo em toda a temporada. Nenhuma equipa em Portugal se pode gabar do mesmo.
De termos cumprido 14 jogos seguidos sem perder. Balanço positivo da nossa segunda volta: 13 vitórias, três empates, apenas uma derrota, com 38 golos marcados e só 13 sofridos. Se tivéssemos feito o mesmo na frustrante primeira volta, chegaríamos ao fim do campeonato com 84 pontos. Merece reflexão.
Da nossa folha limpa perante o Vizela. Já os defrontámos em dez partidas - sempre a vencer. Um caso inequívoco de maioria absoluta.
De Osmajic. O avançado montenegrino do Vizela, emprestado pelo Cádiz, marcou um grande golo em contra-ataque, beneficiando de uma perda de bola nossa a meio-campo, da falta de velocidade de Coates e da indecisão de Israel, que nem fez a mancha nem cobriu o primeiro poste. Fecha a temporada com oito golos apontados. Fazia-nos falta ter um artilheiro assim.
Não gostei
De Dário. Rúben Amorim apostou nele como titular, mas o jovem da nossa formação esteve muito longe de corresponder à confiança que o treinador nele depositou. Trapalhão, desposicionado, sem conseguir articular-se com os companheiros, não aproveitou esta oportunidade. Tem responsabilidade na perda de bola que conduziu ao golo do Vizela. Saiu aos 56', dando a sensação de que devia ter ficado no balneário logo ao intervalo.
De Paulinho. Chega ao fim do campeonato com cinco golos marcados, cifra medíocre para quem joga na posição dele e foi a contratação mais cara de sempre do Sporting. Ontem, mais do mesmo: falhou emendas, chegou tarde aos lances, cabeceou na direcção errada. Seria mais útil à equipa se aplicasse em golos metade da energia que vai desperdiçando em protestos inúteis durante os jogos.
De ver Ugarte no banco. Sinal inequívoco de que o internacional uruguaio, digno sucessor de Palhinha, está em vias de deixar o Sporting, supostamente a caminho do futebol inglês. Sentiu-se já a falta dele como tampão no nosso meio-campo, mesmo contra uma equipa como o Vizela, que não pressionou muito. É uma lacuna que se abre no onze titular leonino. Não será Dário a preenchê-la.
Da indisciplina. Começa a ser raro haver um jogo do Sporting sem forte sururu no terreno, com actos que não dignificam o futebol nem o nosso emblema. Ontem, mesmo já não havendo objectivos a cumprir excepto a obrigação de vencer, vários jogadores envolveram-se em picardias e gestos antidesportivos totalmente desnecessários. Pedro Gonçalves e Coates deviam ter visto cartões amarelos.
De ver vários nossos ex-jogadores com a camisola do Vizela. Bruno Wilson, Ivanildo, Tomás Silva: todos formados em Alcochete. O segundo teve a bondade de retribuir com o autogolo que nos valeu três pontos.
Do horário do jogo. Este Vizela-Sporting, parte do qual disputado debaixo de chuva, começou só às 21.15. Não admira que houvesse apenas 3309 espectadores nas bancadas. Inaceitável, termos jogado uma temporada inteira quase sempre a horas impróprias. Como se fôssemos um clube de vão de escada.
Jogo de fim de temporada, sem nada de relevante para disputar, vi alguma da primeira parte no João Rocha porque hoje mesmo ganhar ao FC Porto e chegar à final do campeonato de basquetebol era o mais importante, a segunda parte já em casa, um jogo muito mal jogado, nada agradável de ver.
Dum lado e doutro alguns jogadores estão de saída, uns não entraram, outros saíram mais cedo, o árbitro é o novo ladrão-proveta do Porto, com esta idade já pede meças ao Soares Dias, estava tudo montado para um fim de temporada amargo, mas um autogolo infeliz dum miúdo de Alcochete deu justiça ao resultado.
Se fôssemos avaliar o plantel pelo jogo de hoje em Vizela era caso para vender/emprestar/rescindir com todos menos o Gonçalo Inácio, que marcou o primeiro golo, por alguma coisa o Klopp o tem no radar, mas obviamente que não é esse o caso.
O Sporting completa assim uma segunda volta apenas com 1D e 3E, o último empate contra o Benfica já sabemos como foi, foram 42 pontos ganhos, que se tivessem equivalente na primeira volta nos levaria aos 84 pontos. Assim...
Assim chegámos ao fim da Liga num 4.º lugar que tem de deixar todos os Sportinguistas frustados, mas temos todos de tentar perceber as razões e não embarcar em narrativas da catástrofe completamente desfasadas da realidade.
Vamos ter tempo agora para fazermos um balanço, o mercado ditará as suas leis e depois veremos com que plantel ficaremos para defrontar a nova época.
1. Dois grandes ausentes no balanço da época que já está a ser feito: LF Vieira e Rui Pedro Brás. O primeiro, caído em desgraça, acabou por ver cair a sua estratégia de arrebatar o poder a Rui Costa porque o Seixal (onde teimou e investiu a sério) meteu cá fora os Gonçalos Ramos, os Antónios Silva e depois este miúdo, o João Neves, que ajudaram (e muito) a esta caminhada do Benfica. Irónico, hein...
Engraçado como até a imprensa adepta do SLB esqueceu que foi Vieira quem decidiu (a dada altura) apostar na academia que já deu ao Benfica excelentes jogadores e muito dinheiro.
O outro, que não abriu a boca (e bem durante toda a época), despachou contratações falhadas e fechou outras (como Enzo ou Auresnes) que se revelaram preciosas.
2. A enorme, grande, gigante importância de começar bem a época, como aconteceu connosco quando fomos campeões e agora com o SLB. A verdade é que equipa que tenha 6 ou mais pontos de vantagem na recta final dificilmente perde a Liga.
3. A "formação" depende das fornadas. Nem todos os atletas formados nos clubes têm pedal para a alta competição. Vide Sporting ou Porto. A alguns até falta de formação: Chermiti tem tudo menos técnica de remate. Como é que é possível um avançado não saber finalizar?
4. Há qualquer coisa na preparação física no Benfica que os coloca num patamar acima de Porto e sobretudo Sporting.
5. Não foi uma Liga com um grande craque, aquele jogador que dava gozo ver, independentemente da equipa em que jogava.
6. Os clubes além dos 3 grandes + 1 (o Braga) são fracos e tendem a ficar piores. Perder pontos com esses clubes é suicídio.
7. É justo que tenhamos ficado em quarto e foi por falta de liderança, embora não tivéssemos plantel para fazer melhor do que terceiro.
8. Na Liga portuguesa, é indispensável pensar a Liga TAMBÉM depois de conhecido o sorteio. Ou seja, se houver jogos muito complicados a princípio seguidos, talvez valha a pena contratar mais caro e com mais risco. Perder esses jogos é perder a época.
Tudo começou numa Junta de Freguesia de um concelho às portas de Lisboa.
Aproveitando uma abertura na Lei, um relapso membro da Assembleia de Freguesia, pede escusa do seu emprego para exercer funções de fisioterapeuta num clube da margem do Sado.
Pela mão do seu irmão, dirigente de um clube da segunda circular em Lisboa, é convidado para chefe do departamento clínico, cargo que segundo os especialistas exerce com competência.
Após uma desgraçada e triste investida de alguns energúmenos a mando sabe-se lá de quem, ao centro de treinos, o clube entrou em parafuso e sem saber ler nem escrever, o relapso nessa altura ex-membro da AF, acabou em presidente desse clube, sendo eleito de forma sui generis, com menos eleitores, mas mais votos que o seu adversário mais directo. Um sistema eleitoral também ele sui generis e que urge alterar, mas não é disso que hoje aqui se quer falar.
E começaram as ligações perigosas.
Manda a Lei e o bom senso, que neste particular deveria ter ainda mais força que a própria Lei, que a mulher de César não seja apenas séria mas que, mais importante, também pareça séria.
Assim, o irmão do nóvel presidente entretanto reeleito para um segundo mandato com uma vantagem abissal sobre o candidato "da oposição", o irmão dizia eu, ao que consta é advogado e consultor na empresa que avaliza e avança dinheiro sobre o contrato da NOS para os direitos de transmissão. É ilegal? Não! É sério? Será, eventualmente, não faço ideia. Era necessário? Definitivamente não, há um evidente conflito de interesses.
Entretanto o ex-"autarca" tornou-se proprietário de clínicas do ramo da fisiologia e fisioterapia e coisas assim, ligadas à recuperação física, sendo acusado de fornecer serviços ao clube e SAD, nessa mesma área. O próprio garante, através do seu órgão oficial, o jornal Record, que não há qualquer ligação entre as suas clínicas e o clube. No entanto é sabido que profissionais das suas clínicas prestam serviço ao clube a que preside. É ilegal? Não! É sério? Será, eventualmente, mas definitivamente não era necessário. Do ponto de vista do conflito de interesses há matéria para um Mundo de especulação, desde logo um que ressalta à vista e que é este: Será que o facto de estes técnicos estarem ao mesmo tempo no clube funciona como complemento salarial ao que auferem nas clínicas de Varandas? Será que o facto de serem funcionários das clínicas lhes dá vantagem no acesso aos cargos que exercem no clube/SAD?
E o que dizer dos terrenos onde estava o antigo estádio? Alguém explica porque é que tendo o clube direito de preferência na reversão da venda, deixou escapar um negócio de milhões? Terá sido porque também aqui havia conflito de interesses, i.e. administradores das empresas em causa sendo em simultâneo dirigentes do clube?
Há uma nuvem muito escura que escusadamente paira sobre a zona e que poderia ser afastada com a maior das facilidades, bastava que a mulher de César parecesse ser séria, admitindo sem qualquer rebuço que o é e afastar a suspeita clara de conflito de interesses. Seria de bom tom.
E pronto, vai terminar para nós o campeonato 2022/2023. Com o Vizela-Sporting, que se joga mais logo, a partir das 21.15.
Na primeira volta, derrotámos tangencialmente a equipa minhota por 2-1, num jogo medíocre, com pouco mais de meia casa em Alvalade, graças a um penálti convertido aos 90'+5 por Pedro Porro, na última vez que marcou de verde e branco.
Na época passada fomos lá vencer 2-0, com golos de Pedro Gonçalves e Daniel Bragança.
Desta vez como será? Aguardo os vossos prognósticos.
Filipe Moura: «Do plantel do Sporting faz parte Miguel Lopes, que há poucos meses atrás era jogador... do FC Porto. Será que Pinto da Costa alguma vez terá dito a Miguel Lopes que ele "não tem categoria" para jogar no FC Porto? Esta questão deveria ser esclarecida. Se nunca tiver dito isto ao Miguel, conclui-se que o presidente não é um homem digno de confiança, nem para com os jogadores do seu clube. Se eu fosse a eles, ficaria mesmo preocupado.»
José da Xã: «Tendo em conta que sou do Sporting, só desejo a vitória do meu clube. Quantos às vitórias e derrotas dos outros, tanto se me dá…»
Tiago Cabral: «Acabou a época. Se para nós foi terrível, houve quem não tenha querido ficar atrás. Os empurrões de Cardozo ao seu treinador no final do jogo de hoje dão-nos uma ideia do que se passa no balneário dos de carnide. (...) Muito antes do campeonato terminar já os de carnide reservavam o Marquês de Pombal. Era o passo natural dado pelos adeptos, seguindo o exemplo dos seus dirigentes. Só que por norma a arrogância tolda a visão e o discernimento. Em pouco tempo, aquilo que era dado como adquirido, uma época de sonho, foi-se tornando jogo após jogo num impensável pesadelo. O seu treinador caído de joelhos será a imagem deste benfica.»
Tiago Loureiro: «A vitória de hoje e o bom campeonato que o Vitória de Guimarães conseguiu fazer, culminando uma época que se previa de sofrimento, prova algo que poderá servir de alento para o futuro do Sporting: a austeridade não tem de significar mediocridade. Força Sporting. E parabéns ao Vitória de Guimarães.»
Zélia Parreira: «A semana à Peseiro acaba de ser promovida a quinzena à Jasus.»
Eu: «O Vitória de Guimarães acaba de conquistar a Taça de Portugal, pela primeira vez, com um concludente triunfo contra o Benfica de Jorge Jesus, que termina a época sem ganhar nada. Manda o mais elementar desportivismo que saibamos dar os parabéns à equipa vencedora. Aqui ficam, da minha parte, com imenso gosto.»
«Se Ugarte sair, não me parece que precisemos de dois médios. Ficamos com Morita, Tanlongo, Bragança, Essugo e mais um médio a contratar. Ainda temos Abreu e Mateus Fernandes na B. Sotiris deve ser emprestado. Para a lateral direita gosto muito do Tiago Santos, que foi nosso jogador, e agora explodiu no Estoril (...). Na baliza subia o Diego Callai sem medo, pode ser o presente e o futuro. O Patrício, com 18 anos, não era tão bom.»
Uma senhora que nasceu em 1939 e nunca se agarrou à coitadinhice de ser mulher e negra, foi à luta e venceu.
Venceu utilizando duas armas poderosas, a voz e as pernas. Pernas todos temos, dir-me-ão, sim, umas têm a técnica de Trincão, outras ficam agarradas ao chão (António Silva).
A vida como tu cantaste, tão bem, pode resumir-se a isto, Tina:
"Quando um rapaz conhece uma rapariga".
(e é preciso sorte, Tina, muita sorte, com os rapazes e com as raparigas que se atravessam na nossa vida)
Deixa-te disso Amorim, isso é conversa "para boi dormir". Quando quiseres vais para a Premier League e se não vais mesmo neste mercado de Verão é porque de parvo não tens nada e queres escolher muito bem quando e para onde.
Percebe que quem te quer ver fora do Sporting ou é adepto dos rivais que ficaram muito chateados com o título nacional e preferem que no Sporting esteja um JJ qualquer que ladre muito e morda pouco, ou é um ressabiado interno que ache que a melhor forma de dar cabo do Varandas como presidente é dar cabo de ti enquanto treinador.
Se o Varandas ganhou as eleições para presidente com 85% dos votos, se calhar tu ganharias as eleições para treinador por 95%, dado que quase todos os Sportinguistas estão contigo. Recordam o que já ganhaste, reconhecem a tua capacidade enquanto treinador, o teu esforço e dedicação ao trabalho, a tua educação enquanto treinador nas antípodas do arruaceiro batoteiro do norte, a tua inteligência, o teu carinho pelos putos de Alcochete, o teu compromisso para com o projecto do Sporting. Não se conhece um teu ex-jogador que tenha dito mal de ti por muito pouco que tenha jogado, e estão aí os elogios do Tabata a confirmar.
Por isso és aplaudido em Alvalade e fora dele pelos sócios e adeptos quando entras no relvado e te diriges ao banco.
Claro que isto não quer dizer que sejas perfeito e não precises de melhorar, de aperfeiçoar métodos de trabalho, de perceber o que correu mesmo mal esta temporada. A principal motivação para isso é a tua profunda e visível desilusão sobre o desfecho da mesma. Pena que não tenhas ao lado alguém mais velho que te ajude a ver determinadas coisas, como teve Paulo Bento.
Todos os grandes clubes portugueses são clubes vendedores. Benfica, Porto e Sporting ficarão sem alguns dos melhores jogadores este Verão (e no Sporting não existem jogadores a sair a custo zero, como existem nos rivais), o que importa é encontrar a melhor mistura entre o talento existente e aquele que pode ser contratado de acordo com o modelo de jogo pretendido. Israel, Diomande, Tanlongo, Fatawu, Chermiti, mesmo Sotiris e Marsà, são jovens de grande potencial que acabaram de chegar ao plantel principal e muito poderão melhorar na próxima temporada.
O que tens a fazer é enfrentar essas saídas e montar um plantel com a profundidade correcta para os objectivos da época, equilibrado nas posições e nas características físicas dos jogadores, e um modelo de jogo contundente contra adversários de menor valia. Sem a Champions para disputar, podes esquecer por uns tempos o futebol do Guardiola.
E fazer o óbvio: pensar jogo a jogo, deixar para amanhã o que é de amanhã (ou seja, deixar o plantel da B com a B, não misturar oportunidades com renovações de contratos) e inventar o menos possível.
Os mesmos que agora clamam contra a «evidente falta de qualidade» do plantel leonino são aqueles que há poucos meses gritavam contra Fernando Santos por não convocar elementos do Sporting para o Mundial do Catar.
Faz sentido? Claro que não. Mas eles lá vão gritando, agora como antes. O que importa é gritar, a propósito seja lá do quê.
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