No voleibol, Sporting 3 - Leixões 0; Castêlo da Maia 0 - Sporting 3
No voleibol feminino, Sporting 0 - PV Efanor 3
No futsal, FC Hit -2 Sporting 2; MFC Ayat 1 - Sporting 6; Olmissum 2 - Sporting 6
No basquetebol, CD Póvoa 80 - Sporting 104
Foram 14 jogos, 8V, 3E, 3D, treinadores e jogadores continuam a corresponder, as épocas estão mais ou menos avançadas conforme a modalidade. Em várias, as fases finais são determinantes.
O único clube nacional que compete com o Sporting em todas estas modalidades/escalões é o Benfica. O FCPorto compete em 6 das 10, o Sp. Braga em 5.
Algumas notas:
1. Está a sair de Alcochete uma fornada de jovens de excelente qualidade. A nossa equipa C, que de sub23 não tem nada, pois é praticamente um misto dos melhores juniores e juvenis, goleou o Benfica, destacando-se os avançados Luís Gomes (19) e Geovany Quenda (16). Na B, praticamente os sub21, destacaram-se os ainda juniores Lucas Taibo (17) e Mauro Couto (17), além de Miguel Menino (20).
2. Na deslocação à Roménia do andebol morremos na praia depois de andarmos sempre na frente do marcador, por decisões erradas dado o critério largo da arbitragem. Por hábito ou cansaço foram à procura da falta, o que foi fatal. Tudo em aberto para a conquista do 1.º lugar do grupo.
3. No voleibol masculino a equipa quase reconstruida de raiz continua a carburar. No feminino parece que as estrangeiras contratadas, distribuidora à parte, estão a demorar a engrenar, e a lesão da capitã Daniela Loureiro não tem ajudado.
4. No futsal, com um plantel muito renovado a partir da formação, fizemos a nossa obrigação e seguimos rumo ao título europeu.
5. No hóquei, o factor casa nos duelos entre os três grandes continuou a ser determinante.
6. No basquetebol, mais uma vez com uma equipa quase reconstruida de raiz, e neste caso com uma sucessão de lesões a complicar o trabalho do treinador, cumpriu-se a obrigação.
Foi um fim de semana particularmente gostoso para quem no Sporting segue as principais modalidades de pavilhão, com vitórias esmagadoras frente a adversários poderosos mas que pouco puderam fazer para contrariar a superioridade das nossas equipas.
Começo pelas senhoras do voleibol que foram a Matosinhos derrotar por 3-0, com parciais de 9 e 10 pontos de diferença, o muito complicado Leixões com o qual tinham acabado de perder (e bem) a Supertaça. E sem dispor da líbero e capitã de equipa, Daniela Loureiro. Foi uma exibição brutal da equipa brilhantemente liderada por Rui Costa, com as habituais Alice Timm, Thais Bruzza, Jady Gerotto, Vanessa Paquete e Carolina Garcez e as contratações Ozge Kinasts (campeã turca muito experiente que vem duma paragem de carreira por maternidade) e Moara Santos.
Depois sigo para os senhores do futsal, que foram ao pavilhão da Luz, com um estranho e mal explicado piso, pôr o presidente local nervoso e a roer as unhas, e desforrar-se da muito mal perdida Supertaça. Foi uma vitória clara por 4-1, com uma equipa em reconstrução depois da saída (por diferentes motivos) de de três ou quatro jogadores consagrados, e que cada vez mais assenta na formação. Mais uma equipa brilhantemente liderada por Nuno Dias, talvez o melhor treinador de futsal do mundo.
Depois temos o andebol. Mais um brilhante treinador, Ricardo Costa, que transformou - com a grande ajuda dos seus dois filhos - a manta de retalhos que herdou num rolo compressor. Mais uma vitória por números "pornográficos": 46-23 ao FC Gaia. Uma equipa que merece ser feliz não apenas a nível nacional, mas também internacional.
Numa modalidade que acompanho menos, o hóquei em patins, fomos a Braga ganhar ao HC Braga por 3-1. Um treinador argentino, Alejandro Domínguez, "low-profile" que tem sabido conviver com uma equipa que já ganhou muita coisa e precisa demonstrar que tem capacidade de voltar a ganhar.
Enfim, o basquetebol. Um treinador, Pedro Nuno Monteiro, também ele "low-profile" e competente. Com uma equipa muito renovada em termos de norte-americanos, esmagou, para a Taça Hugo dos Santos, o Portimonense por 101-67.
Foi mesmo via verde nas modalidades (faltou apenas o voleibol masculino, que não jogou). Não é preciso termos um presidente-adepto sempre presente e aos pulos para que isso aconteça, basta haver liderança e competência a todos os níveis, que cada um saiba o que se espera dele como jogador e como pessoa, e que as equipas sintam que há sócios, adeptos e miudagem da formação sempre do lado deles, sempre a apoiá-los, sem exigências da treta nem comportamentos irresponsáveis e prejudiciais ao desempenho das equipas nos pavilhões.
Quem não sabe quem é Raffaele Storti (Rafael Estorti, para os puristas da língua) procure.
Quem não assistiu ao jogo de "rugby" (râguebi, para os puristas [experimentem pronunciar como está escrito, "ra-gue-bi) entre a Geórgia e Portugal, procure ver.
Excelente espectáculo televisivo, parabéns à RTP 2.
Um jogo emocionante com os primeiros pontos de Portugal num campeonato do mundo, alicerçado num resultado sem batota.
Podíamos ter perdido, podíamos ter vencido, um jogo fantástico de parte a parte, jogadores que são um misto de Cash Flo e de John Cena mas que não fazem cenas fingidas, correm, lutam, sofrem, sangram e no final abraçam-se e sorriem.
Os últimos três minutos valem por todo o jogo a nível de emoção mas re-recomendo se poderem vejam todo o jogo.
Em quatro épocas, eis o palmarés de Varandas (e Miguel Afonso) nas principais modalidades, ditas de pavilhão.
Vinte e oito títulos conquistados só a este nível, sem contabilizar os seis ganhos no futebol:
Basquetebol 1 título campeão nacional (2021) 3 Taças de Portugal (2020, 2021, 2022) 2 Supertaças (2021, 2022) 2 Taças Hugo dos Santos (2022, 2023)
Futsal 2 Ligas dos Campeões (2019, 2021) 3 títulos de Campeão Nacional (2021, 2022, 2023) 3 Taças de Portugal (2019, 2020, 2022) 1 Supertaça (2022) 2 Taças da Liga (2021, 2022)
Hóquei em patins 2 Ligas dos Campeões (2019, 2021) 2 Taças Continentais (2019, 2021) 1 título campeão nacional (2021)
Voleibol 1 Taça de Portugal (2021) 1 Taça de Portugal feminina (2023)
Andebol 2 Taças de Portugal (2022, 2023)
Nestas épocas, o Sporting foi ainda vice-campeão nacional de basquetebol (2023), hóquei em patins (2023), voleibol (2019, 2022) e andebol (2019, 2021, 2022, 2023).
E não esqueçamos que um ano inteiro dos cinco de mandato de Varandas ficou sem títulos (o de 2020, no geral) devido ao cancelamento das competições de pavilhão.
Sporting conquistou campeonato de futsal, o mais recente título do desporto português
Imagem: Luís Forra / Lusa
Vamos lá então falar de modalidades. Neste período de balanço.
É o momento para passarmos em revista os palmarés dos clubes no último quarto de século nas cinco principais modalidades masculinas de pavilhão. São estas, por ordem alfabética: andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol.
Com uma característica: só dois emblemas - Sporting e Benfica - figuram entre os vencedores em todas elas nestes 25 anos.
Termino - como fiz aqui - repartindo estes títulos pelos presidentes do Sporting das épocas em que foram conquistados.
São dados concretos, factuais. Para evitar o "acho que", o "se calhar", o "parece que" ou o "mais ou menos" tão característicos das discussões à portuguesa.
ANDEBOL
FC Porto 15 campeonatos (1999, 2002, 2003, 2004, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2019, 2021, 2022, 2023)
O Sporting terminou da melhor forma a época desportiva das modalidades colectivas principais com a terceira vitória no dérbi do futsal e a correspondente festa no pavilhão da Luz. Muitos parabéns a Nuno Dias, ao capitão João Matos, a todos os brilhantes jogadores e ao "presidente" das modalidades, o Miguel Afonso.
Foi uma época marcada pelo investimento muito forte do nosso rival, que gasta cerca de três vezes mais do que nós para um nível semelhante de ecletismo, o que significou equipas recheadas de craques estrangeiros contra as quais é muito difícil competir. No futsal ganhámos não só pela superior competência do Nuno Dias, mas muito pela estabilidade e experiência desta equipa e o seu espírito de equipa fantástico potenciado pelo peso da formação. É mesmo um exemplo interno de ADN Sporting, do caminho que com muito esforço, dedicação e devoção conduz à glória.
Como foi a temporada no que às principais modalidades de pavilhão diz respeito? O maior indicador é a posição final nos campeonatos respectivos. Se atribuirmos 5 pontos ao 1.º lugar, 3 ao 2.º lugar, 1 aos lugares restantes e 0 à não participação, temos o seguinte:
2022/2023
Sporting
Benfica
Porto
Braga
Futsal
5
3
0
1
Andebol
3
1
5
0
Basquetebol
3
5
1
0
HóqueiPatins
3
5
1
0
Voleibol M
1
5
0
0
Voleibol F
3
1
5
0
18
20
12
1
No ano passado foi assim :
2021/2022
Sporting
Benfica
Porto
Braga
Futsal
5
3
0
1
Andebol
3
1
5
0
Basquetebol
1
5
3
0
HóqueiPatins
1
3
5
0
Voleibol M
3
5
0
0
Voleibol F
1
0
5
0
14
17
18
1
Ou seja, o Braga manteve, o Benfica melhorou mas o Sporting também, quem perdeu foi o Porto.
E como tem sido a evolução do Sporting nos últimos anos pelo mesmo critério (excluindo o ano da covid)?
Sporting
2017
2018
2019
2021
2022
2023
Futsal
5
5
3
5
5
5
Andebol
5
5
3
3
3
3
Basquetebol
0
0
0
5
3
3
HóqueiPatins
1
5
1
5
3
3
Voleibol M
0
5
3
1
3
1
Voleibol F
0
0
0
1
1
3
Total
11
20
10
20
18
18
Ficam aqui os dados para discussão. Comentários idiotas de trolls, comentários com nicks roubados da tasca seguem directamente para o lixo.
PS: Por algum motivo o último quadro não apareceu todo, pelo que corrigi a situação acrescentando também o ano de 2017.
Estamos em todas as decisões nas modalidades. Nos campeonatos de basquetebol, futsal e hóquei em patins. E já marcámos presença na final da Taça de Portugal de andebol após o nosso triunfo de ontem frente ao FC Porto.
Decorrem as fases finais dos campeonatos das modalidades de pavilhão mais importantes, em formato clássico de 2 voltas no andebol, em play-off nas outras, e neste fim de semana assistimos a grandes exibições e vitórias concludentes.
Basquetebol - Na sexta no João Rocha, Sporting 94 - FCPorto 66 (3-0 no play-off, apurado p/ final com o Benfica)
Futsal - No sábado em Porto Salvo, Leões PS 1 - Sporting 3 (1-0 no play-off)
Andebol - No sábado no João Rocha, Sporting 36 - Benfica 31 (Seguimos no 2.º lugar da Liga, a 1 do FC Porto)
Hóquei - No domingo no João Rocha, Sporting 8 - O. Barcelos 4 (3-0 no play-off, apurado p/ final com Benfica ou FC Porto)
Sexta e sábado estive lá, no João Rocha, para assistir a dois "amassos" aos rivais que não tiveram hipóteses em nenhum dos casos.
No basquetebol uma equipa com muita raça e capacidade de luta e que conta com 2 americanos de classe extra, Travante e LovettJR, não deu hipóteses e terminou com 28 (!) pontos de vantagem.
No andebol, mesmo com um Kiko Costa em dia negro, mas com o guarda-redes habitualmente suplente Kristensen em grande nível, chegou depressa a 3-0 e depois nunca deixou o Benfica ter vantagem no marcador. Foi o jogo de despedida do Ruesga depois de sete anos ao serviço do clube, Francisco Tavares está também de saída, mas estão reforços na calha para uma equipa extraordinariamente competitiva, que se mais não conseguiu esta época foi porque o plantel é mesmo curto.
Recordemos que no voleibol masculino ficámos pelas meias-finais derrotados pelo Fonte do Bastardo e no feminino fomos derrotados na final pelo AJM/FCPorto.
Continuamos assim na linha da frente das modalidades em Portugal, a par com o Benfica, único clube que compete nas seis modalidades referidas. Mesmo gastando bem menos que o rival e por isso tendo menos estrangeiros de referência nos plantéis.
Vale mesmo a pena ir ao João Rocha assistir aos play-offs das modalidades preferidas de cada um. Para mim são o andebol e o basquetebol.
É típico do Sporting: faz-se um elogio a X e logo surge alguém a dizer mal de Y. Isto vale para pessoas em geral, para jogadores e treinadores em particular, para dirigentes muito em especial, e também para modalidades - do futebol ao atletismo, passando por todas as outras.
Uma vitória no futebol contra uma equipa que impôs um empate ao FC Porto e venceu o Braga, onze jogos consecutivos sem perder, estamos nos quartos da Liga Europa, progredimos como nunca na Liga Jovem, lideramos as competições em andebol e futsal, etc, etc.
Mas há-de haver sempre um "mas", um "porém", um "não obstante".
Não existe um Sportinguista que não tenha um imenso gozo com as vitórias contra o rival do outro lado da 2.ª circular. Ontem tivemos direito a dose dupla no pavilhão João Rocha.
No voleibol feminino vencemos o Vilacondense e ficámos apurados para a Final Four da modalidade em vez do Benfica, que mesmo vencendo nos Açores com o Clube K ficou de fora. Vamos defrontar o sempre difícil Leixões que vencemos em casa mas que nos derrotou fora.
Como também no voleibol masculino ficámos apurados para a Final Four, indo defrontar nesse caso os açorianos do Fonte do Bastardo, somos o único clube que conseguiu o duplo apuramento.
No basquetebol, e apesar duma arbitragem a inclinar o campo para o outro lado, com um dos árbitros a esquecer a cor do equipamento que tinha vestido, conseguimos reverter um resultado desfavorável a poucos minutos do fim e vencemos por 86-82. Com esta vitória bem difícil num jogo tremendo de emoção seguimos no primeiro lugar na fase final do campeonato.
No caminho para o pavilhão encontrei o nosso pivot norueguês do andebol que também ia ver o dérbi do basquetebol, o Vag, um tipo muito simpático, inteligente e focado, à semelhança do guarda-redes argentino Leonel Maciel, que falou duma equipa de jovens de imenso talento na luta pelo título nacional e pela vitória nas outras competições. O scouting do andebol está mesmo a acertar: é com estrangeiros deste calibre a complementar os miúdos portugueses que podemos aspirar a grandes feitos. Dizem que para o ano vamos ter de volta o Portela e o Frade, vamos ver se se confirma.
Há cerca de um mês falava aqui dos confrontos com os rivais nas diferentes modalidades e das diferenças de orçamentos, importa agora actualizar os números apresentados.
Os resultados mais recentes das nossas equipas com os rivais são os seguintes:
Futebol Masculino: Sporting 1 - Porto 2
Sub23: Benfica 3 - Sporting 2
Sub19: Benfica 1 - Sporting 2
Sub17: Sporting 4 - Porto 2
Sub15: Ainda não se realizaram na Fase Final
Futebol Feminino: Sporting 2 - Benfica 4
Basquetebol: Sporting 97 - Porto 84
Futsal: Sporting 6 - Benfica 4
Hóquei: Sporting 5 - Benfica 1
Andebol: Benfica 27 - Sporting 27
Voleibol: Sporting 2 - Benfica 3
Voleibol Feminino: Benfica 0 - Sporting 3 (19/02)
Então, nos últimos 11 dérbis/clássicos das modalidades/escalões mais importantes o Sporting ganhou 6.
Isto com o apoio das bancadas por parte de sócios e adeptos a deixar muito a desejar pelos motivos que conhecemos.
Para todos os feministas que frequentam este blogue, os de anteontem e os de sempre, preocupados com a igualdade de género no Sporting, pois ficam a saber que o Sporting ganhou mais uma vez ao Porto em voleibol feminino.
Com um grande treinador, Rui Costa, e verdadeiras leoas em campo, como a Daniela e a Bruzza, temos equipa para disputar o titulo.
Enquanto aguardamos pelo clássico de Domingo no futebol masculino podemos dar uma vista de olhos nas classificações dos 3 grandes nos campeonatos das principais modalidades.
Como sabem, o FCPorto apenas compete em algumas e mesmo assim num caso através duma parceria do tipo da W52, aquela do doping.
Então temos:
Futebol Feminino: 1º Benfica, 3º Sporting, N/T FCPorto
Futsal: 1º Sporting, 3º Benfica, N/T FCPorto
Andebol: 1º Sporting, 2º FCPorto, 3º Benfica
Basquetebol: 1º Benfica, 2º Sporting, 3º FCPorto
Hóquei em Patins: 1º Benfica, 2º Sporting, 3º FCPorto
Se atribuirmos 3, 2, 1, 0 pontos conforme o melhor, o 2º melhor, o 3º melhor, e o que não tem a modalidade, chegamos ao seguinte ranking:
1º Sporting e Benfica - 16
3º FCPorto - 7
Obviamente que os campeonatos ainda estão a decorrer, não estão aqui os resultados das competições europeias e das taças, mas os números não mentem.
Por muito que custe a engolir a alguns que falam em desinvestimento e desinteresse da Direcção mas que quotas deixaram de pagar e frequentar os pavilhões nem pensar, continuamos numa luta taco a taco nas principais modalidades com um rival que gasta bem mais do que nós.
Depois duma vitória esmagadora nas últimas eleições, com uma oposição que só dá a cara nas derrotas, preferindo passar o tempo a catequizar os catequizados, o actual presidente entendeu arrumar a casa, resolver o assunto das VMOCs e reforçar a aposta na formação de forma transversal no clube e na SAD.
Podia ter feito como o do Benfica, apostar no all-in e regar com milhões de euros tudo o que lá existe, se calhar porque descobriu uma jazida de gás natural por debaixo do relvado da Luz. Enquanto o Benfica pode apresentar plantéis bem mais caros do que o Sporting em todas as modalidades mais importantes, o Porto aposta apenas em metade e no voleibol feminino através duma parceria com uma associação local.
Assim, quem conheça minimamente os plantéis do futebol profissional, do feminino e das seis modalidades de pavilhão mais importantes (futsal, andebol, basquetebol, hóquei, voleibol masculino e feminino) vê em todos desequilíbrios e falta de recursos, apenas colmatados pela estabilidade relativa de algumas equipas e pela qualidade das lideranças técnicas.
Note-se que a capacidade de encontrar na formação atletas titulares varia muito modalidade a modalidade. No voleibol, por exemplo, a força da formação está no Norte e particularmente na zona da Espinho, tem tudo a ver com tradição local e escolas ou centros de desporto escolar.
Os resultados mais recentes das nossas equipas com os rivais foram os seguintes:
Futebol Masculino: Benfica 2 - Sporting 2
Sub23: Benfica 3 - Sporting 2
Sub17: Sporting 4 - Porto 2
Futebol Feminino: Benfica 5 - Sporting 0
Basquetebol: Sporting 97 - Porto 84
Futsal: Sporting 6 - Benfica 4
Hóquei: Porto 4 - Sporting 6
Andebol: Benfica 27 - Sporting 27
Voleibol: Sporting 2 - Benfica 3
Voleibol Feminino: AJM Porto 0 - Sporting 3
Não sou especialista em futebol feminino. O Sporting dominou a modalidade quando existia apenas o Braga, hoje o Benfica tem uma equipa caríssima para a realidade nacional que disputa a Champions e não dá hipóteses. Ainda agora li que vem uma alemã reforçar a equipa. Já no Sporting saíram várias internacionais no final da época passada para campeonatos onde pagam mais. Depois existe o aspecto físico, a dificuldade de formar jogadoras altas e fortes para poder correr e competir com as mais velhas.
Concluindo, se é verdade que faltam recursos para conquistarmos mais títulos, também é que temos um desempenho global que nada envergonha o Sporting, antes pelo contrário.
Claro que isso passa o lado de quem sabe por ouvir dizer, não põe os pés no estádio nem no pavilhão e apenas quer saber das derrotas para ter motivo para o bota-abaixo militante.
Para quem lá vai e quer o Sporting sempre a vencer, sabe a pouco. Queria mais e melhor.
Esta tarde em Telheiras estava no carro à espera da minha mulher quando se aproxima um casal para entrar no carro estacionado precisamente ao lado do meu. O problema é que o cavalheiro era… taludão.
Sentado dentro do carro, percebi a dificuldade do jovem em entrar. Acabei por me meter com ele:
- Quem o manda a si ser crescido?
Riu-se simpaticamente.
- Quanto mede?
- Dois metros e um.
- Não me diga que é jogador de basquetebol?
- Sou, sim.
- Em que clube?
- Sporting!
Palavra mágica! Saltei imediatamente para fora do carro e perguntei-lhe o nome.
- Sou o…!
Fiquei deliciado e consciente de que tinha ganho o dia! Pedi desculpa à senhora que o acompanhava por ter de o reter e ficámos uns minutos à conversa.
Depois percebi que era tempo de o libertar. Despedimo-nos calorosamente e lá foi à sua vida.
Nada melhor para um sportinguista que um encontro imediato fantástico com dois metros e um centímetros de simpatia, educação e boa disposição chamado… João Fernandes!
«A pandemia não ajudou - até agora - a termos grande presença no pavilhão, como era habitual antes desta existir. Vai ter que ser feito um grande trabalho a nível de marketing e da informação para os adeptos voltarem regularmente. Nos grandes confrontos o público comparece. Hoje no andebol estava uma boa casa e os adeptos ajudaram muito a equipa a ganhar o jogo. O que também não ajuda nada é o calendário dos jogos. Um dia voleibol, noutro basquetebol, noutro dia andebol, etc. Assim só morando em frente ao pavilhão João Rocha...»
Se o "candidato da bancada" parece que perdeu o pio, ainda deve estar a tentar perceber que o carnaval já passou, e que o verdadeiro Bruno lá anda, por enquanto, feliz da vida no "shoue businesse" e a fazer contas às notas de banco que vai recebendo, a bancada do João Rocha continua ainda muito vazia para a qualidade das equipas do Sporting que ali evoluem. Mas há um pequeno grupo que sempre ali está na zona central em frente às câmaras e no "Apoio às modalidades", dizem-me que conta também com o ex-motorista do Bruno. Esses sim, são os "adeptos de bancada" que o Sporting muito precisava de multiplicar.
Não vale a pena colocar na Direcção do Sporting, nesta ou noutra qualquer, a responsabilidade pelas bancadas estarem assim tão despidas de público. Depende de todos nós, uns dias uns, outros dias outros, uns numas modalidades, outros noutras, que as bancadas do João Rocha mereçam as equipas que no conjunto lideram o panorama desportivo português em termos de modalidades de pavilhão.
Se hoje irei eu lá estar a apoiar o andebol do Sporting na passagem à fase seguinte da competição europeia face aos franceses do Nimes, ontem pude ver pela TV a equipa de voleibol feminino assegurar a passagem à Final Four da Taça de Portugal, ganhando por 3-1 ao Clube K dos Açores.
Curiosamente ontem a bancada das claques estava reduzida a dois elementos, um deles pacatamente sentado, o outro a fazer a festa, era de longe o adepto mais vibrante do pavilhão. O pacatamente sentado pareceu-me ser o Shakir Smith, mas o folião vestido da cabeça aos pés com um "pijamão" verde e branco só podia ser mesmo... o Travante Williams. O nosso grande craque do basquetebol.
A minha esposa ficou curiosa sobre quem era esse Travante, pesquisou na Internet e chamou-me a atenção para uma história que desconhecia e que aqui partilho, a carta na íntegra que Travante Williams endereçou a Kobe Bryant aos 13 anos, publicada pelo próprio no Instagram aquando da trágica morte deste:
"Caro Mr. Bryant:
Olá, o meu nome é Travante Williams, tenho 13 anos e vivo em Anchorage, Alaska. Eu tenho dois irmãos mais velhos e um monte de primos. Adoro jogar basquetebol e outras atividades. Neste momento jogo pelos Mountaineers, somos campeões sem derrotas da nossa cidade. Comecei a jogar quando estava na quarta classe. Os meus dois irmãos são parte da razão pela qual eu jogo. Fui expulso de equipas, só tenho o tempo de jogo obrigatório, mas eu jogo na mesma porque eu sei que já passei por mais.
Nem todos os jovens passam por aquilo que eu passo. As drogas correm nas veias da minha família tal como o sangue. O meu pai é traficante de droga desde os 19 anos; ele tem 40 agora. O meu pai tem entrado e saído da minha família; as drogas e a cadeia têm-no mantido longe. Neste momento ele está a cumprir 27 anos em Herlong, Califórnia por conspiração. A minha mãe também é igual, dentro e fora das nossas vidas. Então os meus irmãos deixaram o basquetebol e começaram a seguir as pegadas do meu pai. Assim como o meu pai, ambos os meus irmãos foram postos na cadeia. Então fiquei só eu, por mim mesmo, e por isso tive de me mudar para a minha avó. Mesmo assim não deixei que isso me parasse porque acredito que vai melhorar.
Espero tirar o melhor proveito da minha vida. Tento não deixar que o meu passado leve o melhor de mim, mas às vezes leva. Eu sei que o meu pai tentou dar-me tudo o que queria, mas o "jogo" levou a melhor sobre ele. Planeio tornar-me o melhor que conseguir, planeio tornar-me o que Deus tiver planeado para mim, e planeio tornar-me um homem de sucesso.
Não quero ser aquele tipo normal, Só quero ser uma estrela, Mas não no céu."
Além das belas equipas que temos, como esta do voleibol feminino que é um prazer ver jogar, este Travante Williams hoje, Frankis Carol ontem, outros antes, são exemplos de grandes craques das modalidades de pavilhão que vão passando pelo Sporting e que é mesmo um crime, para quem possa obviamente, não fazer por desfrutar a cores e ao vivo no belo pavilhão João Rocha.
PS: Na foto de costas a brasileira Bruzza e a peruana Regalado. Jogam que se fartam...
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