Um campeão
Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo, acaba de mencionar o nosso Sporting na conferência de imprensa de apresentação como jogador da Juventus, em Turim, perante mais de duzentos jornalistas.
Nosso. Dele também.
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Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo, acaba de mencionar o nosso Sporting na conferência de imprensa de apresentação como jogador da Juventus, em Turim, perante mais de duzentos jornalistas.
Nosso. Dele também.
A terceira transferência mais cara de sempre do futebol mundial.
O Sporting, beneficiário do mecanismo de solidariedade da FIFA, lucra com esta ida do pentabola de ouro para Turim: 2,5 milhões de euros adicionais.
Já com esta verba contabilizada, a venda de Cristiano Ronaldo, em 2003, para o Manchester United rendeu até hoje um total de 22,2 milhões de euros aos cofres leoninos.
São 21H05. Sob a luz dos projectores do antigo Delle Alpi, Cristiano Ronaldo, procurando corresponder a um passe atrasado de Carvajal, roda sobre si mesmo e, de costas para a baliza, inicia o vôo. O seu tronco está agora paralelo ao plano da relva, a uma altura aí de 1,70 m. Os jogadores à sua volta sustêm a respiração. A "máquina" começa a dar aos pedáis: primeiro o esquerdo para dar propulsão, logo o direito que vai de encontro ao esférico quasi perdido. Nunca uma bola foi tão redonda como aquela saída do pé direito de Ronaldo, cinquenta centímetros acima da cabeça de um já aí desesperado DiSiglio, também ele a subir e a procurar o Céu. Buffon, espectador privilegiado do lance, não se mexe, como que hipnotizado pela grandeza do gesto. A bola, obediente, entra inapelávelmente junto ao poste da sua baliza. Das bancadas do estádio irrompe um aplauso generalizado. Adeptos da Juventus e do Real, outrora rivais, levantam-se e batem palmas. Há um sorriso nas sua bocas. Estão agora unidos pelo mesmo sentimento: tocado por Deus, Cristiano (o nome será coincidência?) acaba de protagonizar um momento único, um sortilégio, uma recordação eterna na memória de todos. O resultado já pouco interessa. Mais do que a vitória do seu clube, todos em uníssono celebram o triunfo do futebol.
Em noite de Halloween, Rui Patrício viu-se rodeado das habituais caras conhecidas na linha defensiva. Assim, para esse efeito, Ristovski surgiu mascarado de Piccini, André Pinto vestiu o disfarce de Mathieu e Jonathan...bem, Jonathan foi "Jonathan ao Cuadrado", tantas foram as vezes em que se teve de deparar com o extremo colombiano, o qual foi ala e, mais tarde, lateral direito na equipa da Juventus. Nada de anormal, pois à mesma hora, em Manchester, Svilar vestiu a carapaça de Mitroglou, marcando pelo segundo jogo consecutivo naquilo que foi a antecipação do Dia de Finados lá para as bandas da Luz. É caso para dizer que em noite de bruxas, nem (S)vilar das Perdizes os safou. E nem se pode referir, tendo tão boa imprensa, que Svilar tenha as costas largas...
Como curiosidade, o Sporting marcou o seu golo no quarto de hora em que tocou mais vezes na bola (15-30 minutos, 176 toques) e sofreu o tento da Juve nos últimos 15 minutos, período em que teve menos bola (apenas 78 toques). Globalmente, a equipa tocou 450 vezes na bola durante a primeira parte e 275 vezes, na segunda parte (61,1% do registo do primeiro tempo). Assim se conclui que, mesmo em noite de Halloween, não houve actividade paranormal, apenas consequências que decorreram das estatísticas.
Destaque global para Gelson Martins que esteve em todos os lances de perigo da equipa leonina. Aos 19 minutos, brincou com os apoios de Chiellini, torcendo-lhe a espinal medula de tal forma que já terá consulta marcada num quiroprático, no regresso a Turim. Do lance resultaria o golo do Sporting, após defesa incompleta (e para a frente) de Buffon, o qual perdeu o duelo de "Monstros" com o nosso São Patrício, o exorcista do "mal" transalpino. Na segunda parte, o ala arrancou por entre Alex Sandro e Barzagli e, mesmo carregado pelo brasileiro, percorreu 50 metros e conseguiu chegar à área para depois acabar a decidir pessimamente, não rematando à baliza do desamparado guarda-redes "bianconeri". Ainda participaria na jogada concluida com remate ao lado de Bruno César e naquela em que Bas Dost teria marcado se não tivesse cortado as unhas dos pés durante o fim-de-semana. Em suma, Gelson foi um constante pesadelo para a defesa italiana, tranformando o estádio de Alvalade numa casa assombrada para os "piemontesi".
Outro jogador em evidência foi Battaglia. Começou (primeiro quarto de hora) com uns modestos 6,4% de participação na posse de bola leonina, mas já terminaria a primeira parte com uns imponentes 12,4%, concluindo o encontro com uns notáveis - para um trinco, sendo que ainda foi box-to-box e lateral direito - 13,1%. Também acima da média estiveram Patrício, Ristovski (confirmação das boas indicações deixadas na Taça da Liga) e Acuña, o Muro de Alvalade. Bas Dost, em jogo de grande disponibilidade, conseguiu ganhar importantes bolas nos ares e Bruno César voltou a marcar um golo na Champions. Uma nota final para Bruno Fernandes: as coisas podem até não lhe sair bem, mas é indiscutível que tem um extra de qualidade face a qualquer outro jogador do plantel do Sporting, como se tornou bem evidente no lance que marcaria o último suspiro de ataque leonino.
Junto apresento quadro da posse de bola leonina e comparação com os números de Battaglia, a quem pela função específica em campo muitos destes toques correspondem a desarmes efectivos. Eis a tabela:
Gostei muito da atitude da nossa equipa durante esta difícil partida em Alvalade contra a Juventus. Mesmo desfalcado de quatro titulares, o onze leonino apresentou-se bem organizado, equilibrado, dinâmico e solidário, com grande maturidade competitiva e um meio-campo povoado com eficácia e consistência. Sem complexos frente ao adversário, vice-campeão europeu e hexacampeão de Itália.
Gostei da exibição irrepreensível de Gelson Martins, que construiu o nosso golo e se destacou em dois grandes lances individuais, aos 46' e 60', além de ter policiado sem falhas as incursões de Alex Sandro na sua ala. De Rui Patrício, que evitou um golo com uma defesa superlativa aos 69'. De Ristovski, que brilhou nesta estreia como titular da lateral direita do Sporting anulando Mandzukic e Douglas Costa. De Battaglia, que foi uma muralha. E do "chuta-chuta" Bruno César, autor do golo aos 20' - com o pé direito!
Gostei pouco que tivéssemos recebido uma das melhores equipas do futebol mundial - recheada de estrelas como Buffon, Barzagli, Cuadrado, Chiellini, Khedira, Higuaín e Dybala - sem o nosso melhor onze, desfalcado de Matthieu, Piccini, Fábio Coentrão e William Carvalho. Do mal o menos: talvez os dois últimos ainda recuperem a tempo de disputar a 11.ª jornada do campeonato, no próximo domingo, frente ao Braga.
Não gostei de sofrer o golo do empate após cerca de uma hora em vantagem no resultado, quando a equipa já acusava muito desgaste físico nesta grande noite europeia do Sporting que esteve a um passo de tornar-se histórica. Nem de termos falhado o segundo golo, à nossa mercê aos 62', quando Bas Dost foi incapaz de dar o melhor desfecho a um excelente cruzamento rasteiro de Bruno Fernandes a partir da ala direita.
Não gostei nada de ver dois jogadores nossos "amarelados" por protestos bem escusados e evitáveis na alta roda do futebol: Acuña e Coates - sobretudo o internacional uruguaio, que estava à queima por acumulação de cartões e fica assim excluído do próximo embate para a Liga dos Campeões, em Alvalade, frente ao Olympiacos. E novamente me deixa perplexo ouvir adeptos leoninos vaiarem o hino da Champions em Alvalade. Confundem a Liga dos Campeões com uma taça da carica.
Se hoje, contra a toda poderosa Juve, William não puder jogar, Palhinha deverá ser o seu substituto natural. Contra uma equipa italiana cínica e mortal na exploração dos desequilibrios, alterar o sistema de 4-3-3 que temos vindo a utilizar na Champions poderá ser um suícidio. Assim, a entrada do ex-sacavenense para a posição de trinco permitir-nos-á manter a coesão a meio-campo, com Battaglia como box-to-box e Bruno Fernandes a criar jogo entrelinhas.
Palhinha é um jogador com condições físicas excepcionais para a posição de trinco: é alto e com envergadura, o que lhe permite explorar com vantagem os duelos aéreos, podendo dominar assim o jogo directo italiano; é intenso e rápido nos espaços curtos e compensa bem nas alas, o que pode dar algum extra de foco atacante a Acuña ou Gelson, jogadores que habitualmente se desgastam muito no constante vai-vém que lhes é pedido. E já mostrou ter golo, principalmente na sequência de bolas paradas, algo que pode vir a fazer a diferença num momento de jogo em que os "bianconeri" são exímios.
Por mim, na estratégia para o jogo, em termos da disposição das "pedras" no terreno, não mexeria um(a) Palhinha...
Primeiro as más: hoje vamos defrontar a Juventus, vice-campeã da Europa, desfalcados de três titulares: Mathieu, Piccini e William Carvalho, confrontados com lesões musculares, ficam de fora. E não há qualquer certeza quanto a Fábio Coentrão, que pode ser rendido por Jonathan Silva.
Agora as boas: André Pinto, Ristovski e Palhinha - enfim titulares num jogo grande - terão oportunidade de mostrar o que valem. Enquanto Demiral e Euclides Cabral, dois jovens talentos da equipa B, foram convocados, o que é um justo reconhecimento dos seus méritos.
Ando intrigado: o que se passa com os nossos leitores e os meus estimados colegas de blogue esta época?
Uma vez mais, ninguém conseguiu acertar no resultado de um jogo. Desta vez aconteceu no Juventus-Sporting de quarta-feira: todos remataram ao lado. E não tinham um Alex Sandro a corrigir o tiro...
"Mesmo na noite mais escura
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não" - Trova do tempo que passa
Jorge Jesus primeiro deu-nos esperança e depois ajudou a "vecchia signora" a matar o sonho da nossa jovem equipa. Desenho táctico uma vez mais excelente, por parte do treinador português, substituição desastrada de Coentrão por Jonathan, também para não variar. Nesse sentido, nem Hitchcock, nem Carpenter, mestres na criação de suspense, nem actores como Cary Grant ou James Stewart, catedráticos da arte dramática, conseguiram alguma vez transportar para o ecrã uma personagem que anunciasse, pela expressão da sua face, tão bem como Fábio Coentrão no momento da sua saída, o que viria a seguir.
Jesus é como uma Matryoshka russa: dentro dele há sempre umas figurinhas que é preciso ir desencaixando - o Jesus das substituições, o Jesus comunicador, o Jesus que não melhora os miúdos, o Jesus fanfarrão, o Jesus que quer sempre mais jogadores, até encontrarmos a única personagem não oca, verdadeiramente sólida e que revela genialidade que compõe a sua complexa personalidade como treinador: o Jesus, Mestre da táctica.
A Juve foi a Juve: tal como a morte e os cobradores de impostos, os italianos nunca falham. No momento da decisão, a qualidade extra ajuda muito. Pjanic e Mandzukic não faltaram à chamada e dá sempre jeito, quando se quer mexer na equipa, ter ali um Douglas Costa ou um Matuidi à mão, prontos para entrar. Mas, num jogo muito cinematográfico, as mãos na cabeça de Buffon aquando do desperdício de Doumbia dizem muito sobre aquilo que os obrigámos a sofrer.
Nos nossos, Patricio a grande nível, bem acompanhado por Piccini, Mathieu e Coates. Do meio-campo para a frente, o melhor foi Acuña, embora Bruno Fernandes tenha estado nos lances das nossas duas oportunidades. Uma pena nunca podermos ver o argentino recuar para lateral e partir para o ataque em combinações com... Bryan Ruiz.
Em resumo, exibimo-nos mostrando qualidade como nunca, perdemos com os mesmos erros de sempre...
Lá "batemos o pé" à Juventus.
... de ontem o Sporting não ter vencido a Juventus.
Por certo, enganou-se na entrega das botas, tendo dado a Doumbia umas com o número inferior ao tamanho do pé. Isso impossibilitou que este jogador aos 90+2 tivesse feito o empate.
Gostei muito de estar a ganhar à Juventus, em Turim, durante 17 minutos - entre os 12' e os 29'. Uma vantagem conseguida cedo que nos abria boas perspectivas para este jogo, perante um dos gigantes do futebol mundial.
Gostei da atitude geral da nossa equipa, que nunca se atemorizou frente à vice-campeã da Europa, presente em duas das três últimas finais da Liga dos Campeões. O onze leonino esteve concentrado, mostrou-se coeso e foi suficientemente dinâmico para se bater de igual para igual com o hexacampeão italiano.
Gostei pouco que Bas Dost - que vai no sexto jogo seguido sem marcar - tivesse sido titular numa partida em que já se previa que ficasse condicionado pelos centrais adversários, sem possibilidade de ser servido com eficácia. Era um embate que pedia a presença de Doumbia no onze inicial. Infelizmente o avançado marfinense entrou tarde de mais, só aos 87'.
Não gostei das substituições feitas por Jorge Jesus. Percebi mal a troca de Fábio Coentrão por Jonathan Silva e percebi muito menos a substituição de Gelson Martins por Palhinha. Por coincidência ou não, foi após estas substituições que sofremos o golo da derrota.
Não gostei nada de ter perdido esta partida, com um golo sofrido quase ao cair do pano, aos 84'. Pareceu uma reedição - até no resultado - do confronto da época passada no Santiago Bernabéu frente ao Real Madrid. Um jogo memorável que acabou por nos deixar um travo amargo e marcou de forma negativa toda a nossa época futebolística 2016/2017.
Abro, a título excepcional, um espaço de prognósticos para o desafio desta noite, em Turim. Qual vos parece que será o resultado do Juventus-Sporting?
… se me permite, vou brincar consigo.
Para evitar qualquer confusão, esta semana não pode haver nenhuma costela Jota Jota.
Aproxima-se a passos largos um dos jogos mais importantes da época para o Sporting, uma oportunidade de ouro de afirmar ao mundo a qualidade do nosso técnico e dos nossos jogadores e de mostrar a pujança do nosso clube.
Não jogaremos contra uma equipa qualquer: a Juventus é só a finalista vencida da última edição da Champions, tem no seu plantel um "monstro sagrado", campeão do mundo, como o guarda-redes Gianluigi Buffon, centrais experientes (todos acima dos 30 anos) como Chiellini, Benatia ou Barzagli, laterais da classe de um Lichsteiner ou Alex Sandro, um meio-campo com várias opções que vão de Pjanic a Cuadrado, passando por Khedira, Matuidi (ex-PSG) ou Sturaro, e um ataque onde pontificam Higuain, Douglas Costa (contratado ao Bayern), Mandzukic, Bernardeschi (jovem promessa proveniente da Fiorentina) e a estrela Dybala.
Primeira boa noticia: Só podem jogar 11 de cada vez. Segunda boa noticia: 8 dos jogadores supracitados têm mais de 30 anos, com predominância na defesa onde apenas o brasileiro Alex Sandro (26 anos) está abaixo dessa idade.
Para ganharmos em Turim temos de conseguir conciliar duas coisas: muita posse de bola, com ela desgastando os trintões italianos, e máxima eficácia na hora do remate (não podemos repetir os baixos índices de concretização registados no Pireu).
Eu acredito!!!
Em oito dias os nossos rapazes (para quem ainda não se deu conta, os melhores jogadores de futebol do Mundo) vão ter três possibilidades de se realizarem em pleno. Que não lhes faltem as forças, que três seguidas, não sendo nada de extraordinário para rapazes de vintes com sangue na guelra, será mister de grande proeza, dada a valia das adversárias, ainda que uma delas seja uma velha senhora, de quem, pela experiência e ratice, não será de esperar facilidades no escancarar das partes baixas; Aliás é até bastante conhecida pelo seu desempenho na defesa das bolas adversárias, roubando-lhe até a iniciativa, fazendo demorar o acto até ficarem por cima e vencerem o adversário por exaustão.
Sendo necessário um desempenho perfeito nestas três sortidas, parece-me que a catalã, que agora está um pouco em convulsão e talvez até irritadiça, apesar de estar no melhor lugar em Espanha, quererá talvez alguém que lhe afague o colo e lhe faça um cafunézinho. É apanhá-la distraída e zás, toma lá disto! Uma ou duas lá dentro, que é para verem de que raça são feitos os lusitanos! Isto se a Pulga que usam atrás da orelha não lhe der para "parvar" e começar a ir dentro-e-fora, dentro-e-fora e dê cabo do vigor dos nossos meninos e da sua retaguarda, levando Patrício a apanhar com elas a torto-e-a-direito.
A do Porto, que vai à frente, tem que ter cuidado porque a carruagem da frente nestes comboios costuma ser complicada e tem também uma jornada tripla (não confundir com tripa, p.f.), pelo que me parece que todos os esforços, não descurando o piscar de olho às estrangeiras, devem estar centrados nesta equipa, que neste momento me parece de fácil conquista. Esteja o desempenho dos rapazes ao seu melhor nível e parece-me um affair para facturar o pleno.
Temos portanto possibilidade, remota é certo, de fazer nove pontos, mas eu já me dava por satisfeito com cinco, ou mesmo quatro, desde que violasse a do norte no próximo Domingo, dia do Senhor e de eleições. Seria uma abençoada.
Vitória, claro está!
Nota: Qualquer possível associação a algo eventualmente sexual é da inteira responsabilidade dos leitores...
Quem não se arrepia ao ouvir estas palavrinhas? Quem não se arrepia é como quem não sente, não pode ser filho de boa gente. Nunca percebi o porquê de assobiarem o hino da Champions. Os outros é que tinham fixações com o Platini e a UEFA. Obviamente que não esqueço a noite da Gazprom, mas esta peça é um hino ao futebol. Ela transmite o que é o Futebol!
Parece que em três minutos vemos um jogo, as defesas in extremis, os vôos dos guarda-redes, as arrancadas dos laterais, as virtuosidades dos extremos, os duelos a meio-campo, a temporização do maestro da equipa, aquele passo a rasgar, o golaço! e aquela celebração de braços abertos olhando o público, os holofotes e o estádio como se tivesse chegado ao Olimpo! Ouvir esta música é sonhar levantar o troféu, é acreditar que tudo é possível.
Eu fiquei feliz com o sorteio, confesso.
Comecemos pelo ínicio. O Sporting fez uma grande caminhada para estar aqui. Começou há um ano. Um campeonato duvidoso, com erros que prejudicaram o nosso acesso directo. Houve mudanças na equipa, naquele e neste ano, e fomos ao play-off. A primeira-mão foi dura, um soco nas aspirações de goleada de cada Sportinguista seguido pelo desalento das palavras menos certeiras do treinador, qualificando duas realidades de iguais quando estavam muito distantes uma da outra. A segunda-mão foi diferente, parecia que cada jogador do Sporting, menos o Coates, tinham um headphone nos ouvidos com esta música em repeat. Jogaram, lutaram e marcaram que se farta. Uma mão cheia de golos. Estamos onde merecemos contra tudo e contra todos - não fosse o pasquim "A Bola" tentar vaticinar a nossa morte com negro na capa, e no dia anterior ao play-off, que iríamos ver a Champions na bancada pondo as fotografias da equipa nas mesmas, é um exercício interessante ver a azia destes fol(het)eiros.
Saiu-nos o Barcelona, a Juventus e o Olympiacos:
Barcelona - Em reestruturação, mas contam com um dos deuses do Futebol. Continuam com o seu estilo de jogo, sempre em posse, triangulações, sustentados pela genialidade do Messi, Suárez e Iniesta. Sem esquecer os laterais rápidos, a defesa fortíssima com o Piqué, Umtiti ou Mascherano e a visão brilhante do Rakitic e Busquets. De orgulho ferido, todas as equipas se tornam perigosas. E o Barça está disposto a reivindicar o seu estatuto de "melhor equipa de sempre" esta época.
Juventus - Não tenho a certeza, mas julgo que foram eles que reabilitaram o 3-5-2 que hoje vemos inúmeros treinadores a impor às suas equipas. Uma defesa, mesmo sem Bonnuci, que mais parece uma parede de betão armado, tão sólida que causa medo ao olhar - ao estilo de "Porcos, Feios e Maus" starring Chiellini and Barzagli. Depois um meio campo que joga de olhos fechados, completamente coordenados com total percepção dos espaços com estrelas como Pjanic, Khedira, Matuidi, Marchisio. Como se não bastasse uma frente de ataque com Higuain, Cuadrado, Douglas Costa, Mandzukic e o novo "10", Dybala. Não se afigurando fácil, as redes são protegidas por um homem que devia constar nos doze trabalhos do Hércules, Buffon, uma lenda viva das balizas e do Futebol.
Olympiacos - Mais "modesto" que os outros dois, é um clube que em 17 anos, ganhou 16 campeonatos, por isso habituado a jogar a fase de grupo da Champions. Conta com o nosso André Martins! Já foi treinada por Leonardo Jardim, Marco Silva e Paulo Bento. Conta ainda com conhecidos nossos: Sebá (ex-Estoril) e Pardo (ex-S.C.Braga).
Mas nós somos o Sporting Clube de Portugal. Em cada jogo quero que os 11 Leões escolhidos dignifiquem o Clube e o Futebol de elite. Orgulhem-nos, Sportinguistas! Queremos jogar a Champions sem grupos acessívei, jogamos com "os mestres, os melhores, as grandes equipas, os campeões"!
Porque somos um deles!
P.S - Avizinha-se uma das melhores Liga dos Campeões dos últimos anos, a julgar pela qualidade das equipas.
O que vale este Real Madrid?
Valerá mais que isto?
Bem pode Fernando Santos "torcer" pelo Real Madrid, eu não.
Não gostei da forma como o Real chegou a esta final, tropeçando na minhoca e à custa de expulsões manhosas, a única coisa boa do Real Madrid (se exceptuarmos Cristiano Ronaldo) é Fábio Coentrão e a forma concentrada como comete penalties (ele que fique por lá).
Gosto da forma como a Gazzetta coloca a questão da final de logo, acreditando na cabala será a equipa italina a vencer a final de hoje, é assim de sete em sete anos, 1996; Juventus, 2003; Milão, 2010; Inter, 2017?
O Barcelona venceu ontem a sua quinta LC.
Mereceu, na minha opinião. Mereceu neste jogo, como o justificou ao longo da competição. Foi sem dúvida a melhor equipa, ponto!
Mas como em tudo na vida, há sempre um ou outro senão: com o resultado empatado a uma bola, o senhor árbitro fez um belo dum Cuneyt Çakir à Juve (que deve querer dizer manguito em turco), ao perdoar um penalti claro ao Barcelona. Já antes tinha deixado de apitar uma falta clara sobre o mesmo jogador, Pogba, mesmo à entrada da área. Não me pareceu muito jovem, este turco, ao não querer molestar o império catalão, mas isto posso ser eu a ver mal, que o ranço que eu tenho ao Messi é tanto que às vezes até me tolda a visão...
Teria sido certamente diferente, o que não quer dizer que o Barça não ganhasse, que aquilo parece uma cópia do que vai ser o Sporting do Jesus, uma máquina de jogar (bem) à bola!
Mesmo com meio Messi (bom, ele já de si é meio, mas vocês entendem onde eu quero chegar), aquilo com o Iniesta, o filho do senhor Neymar e o dentadas é demasiado tenebroso para qualquer defesa. Por falar em defesa, um elogio ao que (não) deixaram jogar Messi e outro elogio a Buffon, que como nos informou o Dani enquanto esteve a papaguear durante a cerimónia de abertura do jogo não nos deixando usufruir do espectáculo (uff), não quis sair da Juventus enquanto a velha senhora (isto em italiano ficava com muito mais cagança, mas eu sou pelo acordo (h)ortográfico) estava na mó de baixo, que fez um belo par de três ou quatro defesas que até nos faz perdoar-lhe o meio-frango e mais uma asa no segundo golo do Barcelona (ai se fosse o Patrício, hoje na pasquinada não se falava noutra coisa).
E Pilro! Um "sanhor"!!! (olha lá ó Manel, qués vir pó Sport? pá, partantes, dames-te um bela ordanadão e podes ir ó barbas cmer umas ameijas daqui, pá! Ãhn, o barbas é lampião? pois é, mas o meu retrato inda tá lá do restórante dele, olhó caraças!)
E pronto, uma crónica breve dum jogo muito interessante e em que houve uma enorme dúvida em relação ao resultado final durante os primeiros quatro minutos da partida. Para o ano há mais e até os comemos na final! (óh Brune, vei a caminete das chuíngas?).
Bom Domingo para todos.
Já imagino Marco Silva com a cabeça no cepo, depois de um jogo em que entrou em campo com dez e saiu com nove...
Marco, tu vê lá, na final da Taça mete os melhores, não faças como o treinador do Real Madrid hoje à noite!
E, por favor, acerta nas substituições!
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