Palavras feias IV
Quem terá sido desta vez o bufo?
Ou é ainda o mesmo?
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Quem terá sido desta vez o bufo?
Ou é ainda o mesmo?
Aqueles que vandalizaram o carro do Jefferson.
Tu mereces, Jefferson.
Fiquei contente por ti, claro. Mas também por nós. Por todos nós.
Desde que vieste para o Sporting na época passada como primeiro reforço da era Bruno de Carvalho após uma prestação notável no Estoril e foste um dos esteios da equipa-base definida por Leonardo Jardim, deste sempre o máximo em campo. Indifererente aos bitaiteiros das pantalhas - alguns dos quais nem tentam esconder a aversão pelo Sporting - que insistiam que só sabias atacar e não defender ou que apenas sabias correr na ala sem saber centrar ou que eras um zero nas bolas paradas, tu provaste aos adeptos, os únicos a quem tens de provar alguma coisa, que és um atleta com brio e garra.
Como se exige aos verdadeiros leões.
Agora até os tais bitaiteiros tiveram de enfiar a viola no saco depois daquele teu primoroso golo que silenciou o Schalke 04, o segundo da nossa equipa, o que colocou o Sporting a vencer aos 52 minutos, após uma fenomenal assistência do Nani.
Agora vêem-te lá, no onze ideal da UEFA à quarta jornada da Liga dos Campeões, e os tais têm de render-se enfim ao teu talento - mais que não seja fechando a boca, silenciando a matraca.
Lá vens tu, como melhor lateral esquerdo europeu nesta jornada. Num onze em que figuram Pirlo, Koke e Reus.
Tu mereces, Jefferson.
Lá estaremos logo a apoiar-te uma vez mais.
O que dissemos aqui, durante a temporada, sobre JEFFERSON:
- Duarte Fonseca: «Jefferson fez mais um excelente jogo.» (18 de Agosto)
- Eu: «Jefferson é um daqueles futebolistas capazes de desequilibrar um desafio a qualquer momento. E, dada a sua idade, tem ainda uma larga margem de progressão.» (11 de Novembro)
- José da Xã: «Jefferson e Maurício assentaram nesta equipa que nem uma luva de pelica em mão sedosa.» (16 de Dezembro)
- Filipe Arede Nunes: «Jefferson tem-se destacado na equipa do Sporting como um dos mais sólidos e regulares jogadores.» (20 de Janeiro)
Parece que Leonardo Jardim incluiu o nome de Jefferson entre os convocados. Não é que não goste de Piris mas o bom que seria que pudesse ser Jefferson a actuar pela esquerda no jogo de mais logo.
Foi uma das figuras do último campeonato. Por ter marcado um golo decisivo, no empate cedido pelo Benfica na Luz frente ao Estoril, travando o passo à progressão dos encarnados na conquista do título, que seria do FC Porto. Jefferson, eleito homem do jogo nessa memorável partida realizada a 6 de Maio de 2013, negou ainda o golo a Maxi Pereira com um corte cirúrgico no momento certo.
Estas duas jogadas - a do golo e a do corte - num desafio em que o Estoril enfrentou sem receio a turma de Jorge Jesus definem muito da personalidade de Jefferson Nascimento, lateral esquerdo brasileiro de 25 anos agora ao serviço do Sporting.
Foi o primeiro reforço anunciado na presidência de Bruno de Carvalho, ainda em Maio. E as suas palavras iniciais aos sócios confirmavam os pergaminhos que o fizeram rumar a Alvalade: prometeu contribuir para a "grandeza" leonina, "colocando o clube no seu lugar" após a pior época de sempre.
Um verdadeiro Leão fala sempre assim, sem temer mostrar as garras. Mas Jefferson não se limita às palavras: já comprovou características de lutador no terreno de jogo. É um daqueles jogadores que revelam sempre vontade de ganhar. Em proporção inversa ao do baixo custo da sua contratação ao Estoril: custou apenas 700 mil euros ao Sporting. Basta comparar esta quantia com a de outro lateral esquerdo, também brasileiro: Alex Sandro custou ao FC Porto, no Verão de 2011, 9,6 milhões de euros.
Rezam as crónicas que o Benfica quis ter Jefferson nas suas fileiras. Mas Bruno de Carvalho antecipou-se. E fez bem, como o ex-estorilista tem vindo a demonstrar em campo enquanto titular quase indiscutível no onze-base definido por Leonardo Jardim. Só por lesão o brasileiro teve de ceder episodicamente o lugar ao paraguaio Piris. Mas retomou-o sem demora: o treinador acredita nele. E as bancadas de Alvalade também. Mesmo alguns resmungões - aqueles que dizem mal de tudo e de todos - já se renderam à tenacidade de Jefferson. Que defende bem e ataca melhor, com extrema rapidez. Os seus cruzamentos levam sempre o selo de perigo às defesas contrárias. E é um dos nossos melhores especialistas na marcação de cantos e livres.
Falta-lhe um golo pelo Sporting. Aposto que não precisaremos de esperar muito.
Jefferson é um daqueles futebolistas capazes de desequilibrar um desafio a qualquer momento. E, dada a sua idade, tem ainda uma larga margem de progressão. Oxalá o nosso clube saiba conservar nas suas fileiras este jogador que actua com o número 4 na camisola. Porque ele é, sem dúvida, um dos melhores laterais esquerdos a actuar nos estádios portugueses.
Texto publicado originalmente a 11 de Novembro de 2013, integrado na série colectiva Os Nossos Jogadores, e que me apeteceu reeditar agora.
Foi uma das figuras do último campeonato. Por ter marcado um golo decisivo, no empate cedido pelo Benfica na Luz frente ao Estoril, travando o passo à progressão dos encarnados na conquista do título, que seria do FC Porto. Jefferson, eleito homem do jogo nessa memorável partida realizada a 6 de Maio de 2013, negou ainda o golo a Maxi Pereira com um corte cirúrgico no momento certo.
Estas duas jogadas - a do golo e a do corte - num desafio em que o Estoril enfrentou sem receio a turma de Jorge Jesus definem muito da personalidade de Jefferson Nascimento, lateral esquerdo brasileiro de 25 anos agora ao serviço do Sporting.
Foi o primeiro reforço anunciado na presidência de Bruno de Carvalho, ainda em Maio. E as suas palavras iniciais aos sócios confirmavam os pergaminhos que o fizeram rumar a Alvalade: prometeu contribuir para a "grandeza" leonina, "colocando o clube no seu lugar" após a pior época de sempre.
Um verdadeiro Leão fala sempre assim, sem temer mostrar as garras. Mas Jefferson não se limita às palavras: já comprovou características de lutador no terreno de jogo. É um daqueles jogadores que revelam sempre vontade de ganhar. Em proporção inversa ao do baixo custo da sua contratação ao Estoril: custou apenas 700 mil euros ao Sporting. Basta comparar esta quantia com a de outro lateral esquerdo, também brasileiro: Alex Sandro custou ao FC Porto, no Verão de 2011, 9,6 milhões de euros.
Rezam as crónicas que o Benfica quis ter Jefferson nas suas fileiras. Mas Bruno de Carvalho antecipou-se. E fez bem, como o ex-estorilista tem vindo a demonstrar em campo enquanto titular quase indiscutível no onze-base definido por Leonardo Jardim. Só por lesão o brasileiro teve de ceder episodicamente o lugar ao paraguaio Piris. Mas retomou-o sem demora: o treinador acredita nele. E as bancadas de Alvalade também. Mesmo alguns resmungões - aqueles que dizem mal de tudo e de todos - já se renderam à tenacidade de Jefferson. Que defende bem e ataca melhor, com extrema rapidez. Os seus cruzamentos levam sempre o selo de perigo às defesas contrárias. E é um dos nossos melhores especialistas na marcação de cantos e livres.
Falta-lhe um golo pelo Sporting. Aposto que não precisaremos de esperar muito.
Jefferson é um daqueles futebolistas capazes de desequilibrar um desafio a qualquer momento. E, dada a sua idade, tem ainda uma larga margem de progressão. Oxalá o nosso clube saiba conservar nas suas fileiras este jogador que actua com o número 4 na camisola. Porque ele é, sem dúvida, um dos melhores laterais esquerdos a actuar nos estádios portugueses.
Jefferson tem-se destacado na equipa do Sporting como um dos mais sólidos e regulares jogadores. A sua lesão, e consequente afastamento por cerca de um mês, é algo que me preocupa em função do facto de o seu substituto natural (Rojo) poder não conseguir dar a mesma dimensão ofensiva ao flanco esquerdo. Espero que o Leonardo Jardim consiga encontrar os equilíbrios necessários para que a equipa não perca acutilância e bi-verticalidade.
Como de costume, a imprensa especializada em futebol limitou-se a sublinhar o óbvio: o exelente desempenho de Montero no golo que fechou a sua conta individual - e a do Sporting - na vitória por 5-1 contra o Arouca.
Mas faltou ir um pouco mais longe. Para se perceber bem até que ponto esta é uma equipa renovada, em que a vontade de vencer prevalece sobre tudo o resto. Sendo o futebol um desporto colectivo, nunca é de mais destacar esta dimensão de uma modalidade que tanto nos fascina.
A jogada do quinto golo, por exemplo, transcendeu muito o celebrado virtuosismo do avançado colombiano. Teve outros intervenientes que merecem destaque. Porque, cada qual a seu modo, todos simbolizam a nova atitude de um Sporting que se quer leão não apenas no símbolo.
Jefferson iniciou o lance ofensivo, encostado à linha esquerda. A equipa vencia já por 4-1, a poucos minutos do fim: o mais cómodo seria atrasar a bola, devolvê-la porventura ao guarda-redes. Mas para Jefferson recuar não era opção: neste Sporting joga-se para a frente, não para trás. E assim fez.
Capel recolheu-a. E acelerou ainda mais, rumo ao único objectivo que interessava: a baliza adversária. Já tinha feito uma assistência para golo, a equipa vencia por uma vantagem dilatada, mas não lhe bastava isso. Era preciso mais. Podia entreter as bancadas com uns floreados. Mas para Capel a jogada inócua não era opção. O jogador - um dos grandes ídolos de Alvalade - voltou a fazer um passe cirúrgico tendo Montero por destinatário.
E, enfim, o colombiano. Já tinha marcado dois, já tinha sido brindado com aplausos merecidos. Podia fazer de conta que tentava mais um golo. Mas para Montero fazer de conta não era opção: ele ambicionava outro - o terceiro golo, o mais requintado do ponto de vista técnico, o que lhe garantiu uma ovação ainda maior.
Três intervenientes nesta brilhante jogada colectiva. Três leões.
Depois de Bruno, agora vem Jefferson. O defesa esquerdo brasileiro vai ser jogador do Sporting nas próximas quatro temporadas. Com 24 anos, revelou-se um dos melhores esquerdinos do campeonato e desempenhou papel importante e activo na excelente campanha do Estoril. Jefferson participou em 31 jogos e assinou vários golos, sendo que um deles foi precisamente ao Sporting e o outro ao Benfica.
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