4-1
Acaba de chegar ao 4-1. O Aves não é o Real Madrid. Mas há muito tempo que não via um Sporting tão bem-disposto. Solto. Só por isso o holandês já vale a pena.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Acaba de chegar ao 4-1. O Aves não é o Real Madrid. Mas há muito tempo que não via um Sporting tão bem-disposto. Solto. Só por isso o holandês já vale a pena.
Mota, mão.
Mão mesqueços ma mão ma MRonny, ma mquando meras mtreinador mo MPaços MFerreira, mvai mó maralho, mabrão, mais mos mteus mind mames.
Mquando mnospedires mesculpa, mvoltarei a mrespeitar-te moco messoa e moco mtreinador, maté má... merás mempre mum mabrão, mesrespeitoso.
(uma homenagem a Mygel Filho )
Ao passar os olhos na imprensa desportiva, e tomando nota das vitórias do Benfica e do Braga em campos difíceis, duas equipas "aliviadas" de grandes esforços europeus, parece que este ano a Liga se assemelha a uma maratona, onde quatro concorrentes formam um grupo compacto na frente e aguardam qualquer deslize dos adversários para dar um esticão e ganhar vantagem.
Sendo certo que quem joga bem estará sempre mais perto de ganhar, também é certo que não se pode jogar bem sempre e por vezes é preciso saber jogar mal para sair com a vitória do campo de jogo, e nessas situações é preciso que a massa adepta entenda e apoie incondicionalmente a equipa, seja o tal 12.º jogador de que o Sporting necessita.
O Sporting começou bem com Peseiro. Mas depressa entrou em perda, muitos jogadores a pagar a factura da improvisada pré-época e Peseiro a perder-se nas suas contradições, com Tiago Fernandes ganhou querer e confiança e com Keizer está a ganhar qualidade de jogo e dimensão competitiva.
Mas voltando à analogia com a maratona, precisamos realmente do espírito resiliente e ganhador do nosso grande Carlos Lopes, para aguentar todos os calhaus que surgirem no caminho e chegar à meta à frente ou quase.
E precisamos também do apoio de todos, de ver Alvalade cheio outra vez, e não falo de aldrabices de contagem, falo de olhar em volta e não ver lugares vagos, falo de apoiar desde o primeiro ao último minuto, falo de fazer sentir aos jogadores e à estrutura que estamos com eles, e já agora que o adversário é o Desp. Aves, dizer-lhes que nunca mais vai acontecer a vergonha que alguns fizeram nas escadarias do Jamor.
SL
Voltamos a fazer um jogo à noite, na véspera de um dia de trabalho. Vamos receber o Desportivo das Aves este domingo, a partir das 20 horas, com a perspectiva de que seja uma partida bem disputada.
Gostava de saber quais são os vossos prognósticos para o resultado deste desafio, num momento em que seguimos a escassos dois pontos do líder do campeonato.
Começou a ser perdida terça-feira, em Alcochete, quando os jagunços da Juve Leo ali entraram como uma manada de bisontes.
A derrota ficou ontem definitivamente pré-anunciada, quando o presidente do Sporting escolheu a véspera da final para apontar a dedo os jogadores leoninos - e em particular o capitão Rui Patrício - como autores morais das agressões contra eles próprios. «Houve atletas do Sporting que, infelizmente e pelo seu temperamento quente, não conseguiram aguentar aquilo que é a frustração dos adeptos». Foram as suas palavras textuais.
Enquanto sucedia este psicodrama - o enésimo do consulado Carvalho - o Aves cumpria o seu plano de trabalho: estagiou, treinou-se, robusteceu-se do ponto de vista físico e mental. Apoiado sem reservas pelo seu presidente e pela sua massa adepta.
Quando soou o apito inicial no Jamor, os dados estavam lançados.
Merece parabéns a equipa que hoje conquistou a Taça de Portugal.
Gosto muito da final da Taça. Mais ainda, gosto muito de ganhar a Taça, aquela competição verdadeiramente democrática, de feitos épicos e de “tomba gigantes”. E depois, disputa-se em “mata-mata”, ou seja, tem tudo a ver com o nosso clube, vivemos assim há anos…
Os últimos dias tinham sido de pouco sono, de dormir mal e de ter pesadelos, mas mal o jogo se iniciou, comecei a sonhar acordado: Jesus tinha esboçado um plano maquiavélico para enganar José Mota. Nesse sentido, um bando de caracterizadores invadiu Alcochete e atirou-se aos nossos principais jogadores. Bas Dost era o mais bem maquilhado, com umas assustadoras cicatrizes pintadas na sua testa. As televisões ajudaram a criar um clima dramático, passando a ideia de um intolerável ataque terrorista. De seguida, o treinador leonino suspendeu os treinos e sócios e adeptos desataram a desvalorizar a final da Taça. Mota, ao ver as notícias, convenceu-se de que seriam “favas contadas”. Mandou a equipa deliberadamente para o ataque, impondo um ritmo forte, convencido de que com isso desgastaria uma equipa muito cansada, física e psicologicamente. No meu sonho, com o que o treinador avense não contaria era que o descanso forçado, a que o plano de Jesus obrigou, limparia e libertaria a mente dos jogadores. Uma táctica dinamarquesa…
A primeira parte parecia dar razão ao técnico avense. Após um bom início, com 2 cantos logo no primeiro minuto e duas oportunidades perdidas por Gelson na cara de Quim (boas defesas), o Aves marcou, por Alexandre Guedes. Estavam decorridos 16 minutos. Até ao intervalo, o jogo entrou numa toada de equilíbrio, com uma maior agressividade sobre a bola dos nortenhos e maior classe por parte do Sporting, sob a batuta de um Bruno Fernandes cansado mas a fazer belos passes à distância, embora tivesse ficado claro para todos a já tristemente habitual indefinição de posições entre William e Battaglia.
O Sporting voltou para a segunda parte com Montero no lugar de William. Bas Dost substituiu o penso pela touca e tentou o golo de pé esquerdo, a passe de Montero. Mathieu, de livre, testou Quim e, de seguida, Vitor Gomes e Bruno Fernandes quase metiam a bola na gaveta. Jesus alterou para uma espécie de 3-5-2, entrando Misic para o lugar de Coentrão, mas Alexandre Guedes, um produto da Formação que nos últimos anos temos vindo a desprezar, marcou o segundo para o Aves. O jogo parecia sentenciado, mais ainda quando Dost perdeu um golo cantado, acertando na barra sem ninguém à frente. Até que Montero ganhou espaço na área e marcou com uma pontapé volley. Até ao fim, o Sporting tentou, tentou, mas não conseguiu obter o golo que levasse o jogo para prolongamento.
O jogo acabou e deixei de sonhar. Acordei para a dura e hedionda realidade. Perdemos. Mas, afinal, o amor à camisola ainda existe, a fazer lembrar outros tempos, época em que não havia claques, nem ameaças de faxes e/ou emails, mas sim o amor genuíno dos adeptos comuns que os jogadores retribuíam de igual forma. Hoje, eles reagiram à “carta” entregue no Jamor por todos os sócios que têm as suas quotas em dia, pagam a sua gamebox anual e mostram uma determinação notável em, de uma forma anónima, nos estádios, no trabalho, em família ou entre amigos, colocar o Sporting sempre acima de vaidades pessoais. Um amor em forma de “nós” e não de pouco mais do que duas dúzias de “eu(s)” (como se já não bastasse o múltiplo “eu” presidencial). Tentaram os nossos jogadores, mas a disposição em campo foi caótica, feita de mais querer do que de organização. E não chegou. Adicionalmente, a equipa ressente-se de, do meio-campo para a frente, só ter um jogador veloz, pelo que os processos são desesperantemente lentos e não existe contra-ataque (desculpem os "técnicos da bola" não falar em transições, mas estou a transitar um mau bocado).
Só não quero adormecer agora. Receio o dia de amanhã. Gostava que o sonho pudesse continuar, mas o presente que eu aqui não vou maquilhar é feito de uma intolerável falta de bom senso. Desde logo de quem ainda está à frente do clube e continua a não ver o essencial, preferindo viver uma realidade paralela, mas também de todos aqueles que publicamente produzem declarações que quase incitam a que os jogadores rescindam, mostrando inequivocamente que motivações e ódios pessoais se sobrepõem uma vez mais ao interesse do Sporting Clube de Portugal. Merecemos mais do que isto! Para todos eles, e parafraseando os The National (um forte abraço, Romão), o sistema só sonha na escuridão total. Estamos assim perante um dilema: não podemos ser um clube de “mortos-vivos”, mas não queremos servir para chancelar prova de vida de ninguém que só tem estado distante do clube neste ciclo. “Another day, another dollar”, esta é a história dos últimos 32 anos do clube, qual a surpresa, afinal? Enfim, hoje perdemos e quem gosta do Sporting tem de estar triste. Amanhã renasceremos, uma vez mais. SPORTING !!!
Tenor "Tudo ao molho...": Fredy Montero. Uma palavra a Acuña e Battaglia que lutaram até à exaustão.
Desta vez não faltaram prognósticos certos. Quatro leitores acertaram no resultado do Sporting-Aves: Carlos Silva, Carlos Videira, Leão de Queluz e Orlando. Motivo que justifica os nossos parabéns.
Aplicado o critério do desempate, o triunfo dos palpites nesta ronda cabe ao nosso prezado Carlos Silva. Porque, além de ter adivinhado o resultado, antecipou também Bas Dost como marcador dos três golos.
Merece parabéns a triplicar.
O Sporting mantém-se em todas as competições.
Estamos nas meias-finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga.
Lideramos provisoriamente o campeonato no início da segunda volta. Dependendo só de nós e com a segunda melhor pontuação de sempre.
Nos últimos cinco jogos disputados em Alvalade, marcámos 19 golos e não sofremos nenhum.
Temos um ponta-de-lança que figurou no pódio dos melhores marcadores europeus na última época e já leva 24 golos marcados nesta temporada.
No domingo, com quatro oportunidades, Dost concretizou três. Aproveitamento: 75%.
Apesar destes dados factuais indiscutíveis, verifico com espanto que na "análise de jogo" de vários adeptos, no rescaldo do desafio frente ao Aves, as apreciações positivas recaem na equipa visitante e as palavras depreciativas dirigem-se ao Sporting.
Isto apesar de termos vencido por 3-0.
Antes, em Alvalade, tínhamos ganho ao Marítimo (5-0), ao U. Madeira (6-0), ao Portimonense (2-0) e ao Vilaverdense (4-0).
Enfim, cada um vê o jogo à sua maneira.
No jogo que eu vi, o Sporting controlou a partida do princípio ao fim, foi paciente quando o Aves estacionou o autocarro, marcou dois belíssimos golos e teve a tal "estrela de campeão" quando viu a única real oportunidade de golo adversário embater na barra.
O jogo que a imprensa desportiva viu não foi diferente.
«O primeiro golo deu tranquilidade, o segundo 'matou' o jogo e o terceiro compôs uma segunda parte de sentido único, ou quase", escreveu António Magalhães no Record. Enquanto Fernando Urbano, no diário A Bola, assinalava que o Sporting "deixou a ideia de que tinha conseguido ganhar sem se cansar muito".
Não houve exibição de gala no domingo.
Mas prefiro sempre amealhar os três pontos: nada mais me interessa. E saudei efusivamente a grande estreia do Rúben Ribeiro com as nossas cores.
Até este reforço leonino, no entanto, mereceu críticas de alguns adeptos. Tivesse ele ido para o FC Porto, que quis contratá-lo, e andavam agora esses mesmos sportinguistas em sessões de autoflagelação entoando loas à "capacidade contratual" de Pinto da Costa...
Vá lá alguém entendê-los. Eu não consigo.
Entre a algazarra festiva das roulotes, os golos na cerveja e os mais saborosos ainda oferecidos pelo enormíssimo Dost, a seguir; ali, de courato na mão, lá ouvi aquele esverdeado fatalismo, tantas vezes propalado em surdina: "Epá, estou com um feeling que hoje escorregamos. Já começou mal no futsal..."
Horas depois, já sabemos como foi. Tal como o courato, que nada pôde contra a minha vontade de o reduzir à sua limitadíssima significância, também o Desportivo das Aves nada pôde contra a vontade de vencer do Sporting. Ainda tentou levantar voo, atirando uma bola à trave do nosso guardião, ainda fez um ou outro passe de ruptura bem medido nas costas da nossa defesa, mas o Leão mais que saber prender-lhe as asas, fez impiedoso uso das suas armas, atirando três tiros certeiros, sem resposta. Ganhadores.
A superioridade da nossa equipa face ao oponente da vila das Aves não merece discussão, antes, durante e depois dos noventa minutos, mesmo assim, na bancada houve quem tivesse tido calafrios e não por causa do frio nocturno. Nas nossas hostes há uma desconfiança, um pessimismo, um derrotismo atávicos, que moem, primeiro, e chateiam, depois. E eu, mea culpa, mea culpa, a espaços caio na esparrela. Por essa e tantas outras razões ainda bem que não sou jogador. Não tenho dúvida: se os nossos entrassem em campo e lá estivessem com o estado de espírito que às vezes me tolda a convicção que tenho da nossa força, certamente que os nossos jogos seriam de dó.
A todos que possamos duvidar da qualidade e valor da nossa equipa, convido a imaginarmos todo um estádio de futebol dominado por essa energia negativa. A coisa, além de entrar para o Guinness como um dos mais maciços exercícios de masoquismo, levaria a uma derrota das nossas cores garantidamente, também. Se o convite não convence, desafio-vos então a pensar que no trabalho de cada um, à nossa volta, apenas uma ínfima minoria acredita que cumpriremos a nossa obrigação, que faremos bem o nosso trabalho. Um pesadelo, não é?
Mais bonito, e seguramente muito mais sportinguista, foram e são as palmas que ontem batemos ao Rúben Ribeiro. Belos aplausos a cada recuperação de bola que o novo camisola 7 fez. E a camisola assenta-lhe bem. E nós nunca a vimos no mesmo sítio. É jogador, o Rúben. Sempre a criar linhas de passe, sempre a querer bola, dando-se ao jogo e dando jogo aos companheiros com quem parece ter jogado vai para várias temporadas. Grande aquisição! E nós devemos aprender com o Rúben Ribeiro. "Vim para ser campeão", disse já o jogador como tantos outros, mas jogou já para isso. O homem diz ainda que chegou ao maior clube português. Ouviram? O Rúben Ribeiro diz que chegou ao maior clube português!!! Cumpre um sonho. Ponto alto da carreira. Tudo fará para que o Sporting seja ainda maior, tenha ainda mais títulos. Ontem, repito-me, jogou para isso. Aprendamos com o Rúben Ribeiro.
"DOST TRIPLA", "TOMA LÁ MAIS TRÊS", "FÓRMULA DOST", titulam os matutinos desportivos que me convidam a titular como titulo esta que é a minha estreia no És a Nossa Fé. Sabe tão bem acordar com parangonas destas espalhadas pelas bancas, mesas de cafés, sala de espera de consultórios vários. Lembrar a nossa grandeza e força, logo pela matina.
O espírito leva-me ainda à recordação de um anúncio ao leite Matinal: "Se eu não gostar de mim, quem gostará?" Perguntava-se em voz off. Se nós sportinguistas não gostarmos de nós, sabemos que ninguém gostará. A nossa grandeza mede-se muito pela grandeza com que apoiamos e acreditamos em nós, no nosso Sporting Clube de Portugal.
Mais. O prazo de validade deste convite não deve esgotar-se hoje em caso de vitória do Porto e nós perdermos a liderança. Este convite é válido até Maio. Todos os meses de Maio de todos os campeonatos nacionais de futebol.
Gostei
Da vitória concludente e tranquila do Sporting nesta primeira jornada da segunda volta. Triunfo sem discussão frente ao Aves, por 3-0. Somamos mais três pontos, permanecemos invictos nas competições nacionais e estamos provisoriamente na liderança do campeonato.
De Bas Dost. Começam a escassear os adjectivos para qualificar o ponta-de-lança holandês, o melhor em campo. Esta noite voltou a marcar os três golos da nossa equipa - repetindo a dose da jornada anterior, contra o Marítimo. Três golos diferentes: o primeiro de cabeça (31'), o segundo de grande penalidade (52') e o terceiro com o pé direito (90'), coroando da melhor maneira uma grande jogada de futebol ao primeiro toque. O estádio, apesar do frio da noite, aqueceu - e de que maneira - com os gritos "Bas Dost" ecoados por mais de 40 mil gargantas nas bancadas em Alvalade.
Dos números do nosso goleador máximo. Bas Dost, nesta segunda época ao serviço do Sporting, já marcou 53 golos em 49 jogos do campeonato. Na presente temporada leva 24 marcados - 19 dos quais na Liga. Prepara-se para ser novamente o maior goleador da principal competição portuguesa. Com todo o mérito.
Da estreia de Rúben Ribeiro. Não podia ter corrido melhor. Chegou quinta-feira a Alvalade, oriundo do Rio Ave, e no domingo já se estreava oficialmente com as nossas cores. Actuou com liberdade de movimentos no centro do terreno, entre o meio-campo e o ponta-de-lança, e protagonizou a mais vistosa jogada individual do desafio com uma assistência para o nosso primeiro golo. Notável a forma como temporizou, tirou do caminho o defesa que lhe surgiu pela frente e centrou para Bas Dost marcar. Quatro minutos depois, aos 35', serviu muito bem Bruno Fernandes num lance de que poderia ter resultado o nosso segundo golo. Quando foi substituído, aos 66', recebeu uma calorosa ovação dos adeptos, que conquistou à primeira: recém-chegado, até parece que joga há muito no Sporting.
De Bruno Fernandes. Disciplina táctica, visão de jogo, vigor físico, vontade de empurrar sempre a equipa para a frente: Bruno Fernandes, numa posição mais recuada do que tem vindo a ser habitual, confirmou todas as qualidades que já vinha demonstrando no Sporting. Faltou-lhe apenas o golo, que foi tentando do princípio ao fim, para ter uma exibição de cinco estrelas.
De Wiliam Carvalho. Naquele seu jeito de falso lento, correu quilómetros. Não houve praticamente uma jogada do Sporting que não passasse pelos pés dele. Pendular, seguro, contribuiu para a excelente organização colectiva da equipa ao assegurar a ligação entre os sectores. E arriscou avançar no terreno diversas vezes, em trocas posicionais com Bruno Fernandes, confirmando que é um elemento vital neste Sporting que sonha ser campeão.
De Fábio Coentrão. Grande partida do nosso lateral esquerdo, que em muitas fases do jogo parecia um extremo, compensando a apatia do apagado Acuña. Revela frescura física e uma entrega ao desafio verdadeiramente notáveis. A sua condição atlética deixou de ser uma preocupação para os adeptos.
De Piccini. Veio de uma lesão, mas ninguém diria. Boa parte do caudal ofensivo leonino ocorreu no seu corredor, tendo o italiano como protagonista. Notável de precisão o centro aos 90', que funcionou como assistência para o nosso terceiro golo. Está a tornar-se imprescindível no nosso onze titular.
De ter sido mais um jogo em que não sofremos golos. A marcar cada vez mais, a sofrer cada vez menos: 8-0 nas últimas duas partidas do campeonato. É este o caminho.
De dependermos só de nós. Estamos no comando da Liga, à condição. Se quisermos, ninguém nos trava o passo.
Não gostei
Daquela bola do Aves que bateu com estrondo na nossa barra. Iam decorridos 42 minutos de jogo e se tivesse sido golo a história desta partida talvez fosse diferente. A estrelinha de campeão já está a funcionar?
Do resultado tangencial ao intervalo. Aquele 1-0 sabia a pouco.
De Acuña. Outra partida muito fraca do extremo argentino, vários pontos abaixo da exibição média da equipa. É claramente um candidato ao banco de suplentes nos tempos mais próximos.
Concluímos a primeira volta com a equipa invicta e a depender só dela, a dois pontos do FC Porto. Com a segunda melhor pontuação de sempre, à 17.ª jornada, num campeonato nacional.
Chega para nós a segunda volta neste domingo à noite: recebemos o Desportivo das Aves a partir das 20.15.
Quais são os vossos prognósticos para este jogo?
A equipa que eliminou o Benfica da Taça de Portugal acaba de ser eliminada pelo Aves. Que pena.
A nova época promete. Pelo menos aqui no blogue em matéria de prognósticos. Logo à primeira, houve seis palpites certos para o desfecho do Aves-Sporting, que inaugurou a Liga 2017/2018. Aqui ficam registados, por ordem de entrada em cena: Octávio, Tony Cebola, Ricardo Roque, Manuel Oliveira, J. Ramos e Sam.
Aplicado no entanto o critério do desempate, relativo ao nome do marcador dos dois golos, só um se destaca: o nosso leitor J. Ramos. Mais nenhum mencionou Gelson Martins como marcador.
Foi ele, portanto, o vencedor. Está de parabéns.
O Sporting começou o campeonato nacional 2017/2018 com o pé direito. Vencendo o recém-promovido Aves por 2-0 - com um golo marcado em cada parte do desafio, ambos por Gelson Martins, que assim promete desde já voltar a ser uma das grandes figuras leoninas da Liga portuguesa.
Jorge Jesus fez estrear cinco titulares nesta partida inaugural. Três deles na defesa: Piccini, Mathieu e Coentrão. Mais à frente, Acuña e Bruno Fernandes.
Sem deslumbrar, sem "nota artística", o Sporting manteve sempre o controlo das operações, com um interessante fio de jogo. Faltou dar mais profundidade aos corredores e sobretudo articular melhor a ligação entre o meio-campo e Bas Dost, lá à frente. Bruno Fernandes, encarregado dessa missão, revelou falta de rotina - ou talvez mesmo falta de vocação - para tal papel. Quando Podence o substituiu, aos 61', o caudal ofensivo leonino melhorou em acutilância e velocidade.
O homem do jogo, naturalmente, foi Gelson Martins.
........................................
RUI PATRÍCIO (6). Não teve muito trabalho mas sempre que foi solicitado correspondeu bem ao seu nível. Com duas defesas aparatosas, aos 22' e aos 45'+1'.
PICCINI (4). Muito contido nas iniciativas atacantes, concentrou-se sobretudo das operações defensivas. Mas duas falhas, aos 22' e aos 45'+1', podiam ter-nos custado caro. Boa acção individual na área do Aves, aos 78'.
COATES (7). Regresso em grande forma do internacional uruguaio, após uma pré-época algo atribulada. Assumiu-se sem complexos como patrão da defesa. Cortes providenciais aos 16', 28' e 88'. Vistosa arrancada, com a bola controlada, aos 53'. Parece muito confiante, o que é bom para a equipa.
MATHIEU (5). Exibição regular do central francês, ex-Barcelona. Teve a vantagem de não complicar: quando o Aves apertava, resolvia de forma prática, sem pensar em nota artística.
FÁBIO COENTRÃO (6). Raras vezes passou a linha do meio-campo, mas quando o fez soube sempre entregar a bola com qualidade. Atento na defesa, fez valer a sua maturidade vencendo o confronto individual com Salvador Agra.
WILLIAM CARVALHO (7). Fundamental para ligar os sectores naquele estilo de falso lento a que já habituou os adeptos leoninos. Alguns dos melhores passes leoninos saíram dos pés dele - aos 17', 37' e 53'.
ADRIEN (6). Complementou bem a missão de William na organização da manobra leonina a meio-campo, sobretudo nas acções defensivas. Ainda não está na melhor forma física, mas poucos como ele são tão influentes na recuperação da bola. Marcou muito bem um livre aos 38'.
GELSON MARTINS (8). Dois golos, aos 23' e 75', que nos valeram três pontos e a liderança provisória do campeonato. Conseguiu assim o primeiro bis da sua carreira, assumindo-se como finalizador, o que basta para justificar a nota. Integrou-se sempre muito bem nas acções defensivas.
ACUÑA (7). Promissora estreia do ala argentino: foi dele a assistência para o primeiro golo. Podia ter marcado no minuto inicial da segunda parte, com um poderoso remate de pé esquerdo que embateu na barra. Foi também ele a conduzir o ataque que gerou o segundo golo. Dinâmico e veloz. Agarrou a titularidade.
BAS DOST (5). Passou quase ao lado da partida, sobretudo por falta de articulação com Bruno Fernandes. Funcionou melhor na segunda parte, já com Podence em campo, ao assistir Acuña (75'). Podia ter marcado aos 90', mas faltou-lhe aí o habitual instinto "matador".
BRUNO FERNANDES (4). Jesus fê-lo estrear como titular do Sporting no papel de segundo avançado, para o qual não parece vocacionado. Pareceu um pouco perdido em campo durante grande parte do desafio, acabando por dar lugar a Podence aos 61'.
PODENCE (6). Substituiu Bruno Fernandes, trazendo intensidade e acutilância à manobra ofensiva leonina. Aoa 90' serviu de bandeja Bas Dost, que desperdiçou um golo que parecia fácil.
BATTAGLIA (6). Entrou aos 65' para o lugar de Adrien. Enérgico, em boa forma física, bom transportador de bola, criador de situações de contra-ataque.
JONATHAN SILVA (-). Menos de um minuto em campo, rendendo Coentrão. Não se percebe porque entrou.
É no mínimo preocupante quando uma equipa que tem ambições de vencer o campeonato faz mais de metade do seu primeiro jogo com um adversário que almeja a manutenção, empastelado no meio campo com baixíssima produção atacante, perdida numa experiência de última hora. O Bruno Fernandes no lugar de Podence, desaparecido nos mesmos terrenos de Adrien, foi um enorme equivoco que nos podia ter custado o empate na primeira parte. Com a equipa assim encolhida o futebol leonino claramente só desemperrou já na segunda parte com Podence à solta no último terço do terreno – o miúdo traz velocidade e rebeldia fundamental naquela zona do campo. É preocupante que Jorge Jesus teime em fazer experiências como se não estivesse em competição, mas está-lhe na massa do sangue protagonizar “surpresas” para mostrar que existe, que é ele que manda. Não havia necessidade - está claro para todos que é ele que manda - e podia ter corrido muito mal.
À parte dessa inquietação, e para além de não termos sofrido golos, é de destacar o extremo esquerdo Acuña, que exibe uma generosidade excepcional a defender, umas ganas bestiais a atacar e um faro de golo raro. Temos Leão para atacar o título. Só espero que não percamos o Gelson Martins.
Para demonstrar que o que é de Alcochete é que é bom, "alimpem-se" lá a este guardanapo.
Gostei
De começar o campeonato a vencer. Triunfo sem discussão do Sporting por 2-0 no campo do Desportivo das Aves, recém-promovido ao escalão principal do futebol português. Missão cumprida, que nos coloca a encabeçar a Liga nesta ronda inaugural.
De Gelson Martins. Nova época com o talento de sempre. O extremo da nossa formação foi o melhor campo. Marcou os dois golos, aos 23' e aos 75', exibindo as qualidades a que nos habituou.
De Acuña. Em estreia absoluta nas competições oficiais portuguesas, o argentino foi um poço de energia, conduzindo sucessivos raides ofensivos pela ala esquerda. Foi dele a assistência para o primeiro golo. E esteve quase a marcar num par de ocasiões, nomeadamente no minuto inicial da segunda parte, quando fez embater a bola na barra.
De Coates. Foi um bastião da defesa leonina. Sempre atento e concentrado, comandando as operações no seu sector. E protagonizando também incursões com a bola controlada, pondo o Aves em sentido. Exibição muito positiva.
Da dupla William-Adrien. Ao contrário do que muitos vaticinavam, os dois pilares do onze titular leonino - e da selecção nacional - iniciaram a Liga 2017/2018. O que contribuiu para dar muita confiança aos adeptos e aos próprios colegas em campo: a dinâmica que ambos desenvolvem no eixo do terreno, sobretudo em construção ofensiva, é fundamental para a organização colectiva da equipa.
De termos começado sem sofrer golos. O maior sinal de alarme durante a pré-época foi o grande número de golos consentidos pela nossa defesa, em grande parte remodelada para a nova temporada. Hoje o Sporting exibiu boa consistência defensiva, parecendo afastar esses receios.
Da vitória tranquila. A vencer desde o minuto 23, e sempre com maior posse de bola, a turma leonina nunca deu indícios de perder o controlo do jogo. Isto ajudou a sossegar os adeptos durante o resto da partida.
Da estreia de cinco titulares. Cinco dos dez reforços do Sporting para esta temporada alinharam de início: Piccini, Mathieu, Coentrão, Acuña e Bruno Fernandes. Oportunidade para se mostrarem não apenas aos adeptos leoninos mas a todos os portugueses que gostam de acompanhar o futebol.
Da correcção disciplinar. Partida sem casos. O árbitro Tiago Martins teve apenas de mostrar um cartão amarelo, já perto do fim do desafio, a um jogador do Aves.
De ver Bruno Fernandes jogar como segundo avançado. O médio central pareceu sempre desposicionado jogando à frente de Adrien e nas costas de Bas Dost. Aquela posição em que o treinador o colocou não é, claramente, aquela em que melhor rende. Passou praticamente ao lado do jogo. Falhou um golo quase feito à boca da baliza..
De ver Bas Dost em branco. O holandês podia ter marcado aos 90', beneficiando de um soberbo passe de Podence. Mas perdeu ângulo de remate e a jogada perdeu-se.
Que estivéssemos a ganhar apenas por 1-0 ao intervalo. Números demasiado escassos: Bruno Fernandes (aos 19') e Acuña (aos 21') andaram perto do golo, mas sem conseguir.
De dois lapsos defensivos de Piccini. Perdas de bola que originaram contra-ataques perigosos do Aves. Felizmente Rui Patrício estava atento.
Da troca de Coentrão por Jonathan Silva a 30 segundos do fim. Substituição incompreensível, já no termo do tempo extra. O argentino não chegou a tocar na bola.
O pontapé de saída da Liga 2017/2018 vai ser dado amanhã, às 18 horas, no Aves-Sporting. Com arbitragem de Tiago Martins, ajudado pelo vídeo-árbitro.
Regressa também este nosso campeonato: o dos palpites. Que nas últimas épocas teve os seguintes vencedores:
2013/2014: Bruno Cardoso, Edmundo Gonçalves, João Paulo Palha, João Torres, José da Xã, Lina Martins e Octávio.
2014/2015: Leão do Fundão
2015/2016: Grande Artista Goleador
2016/2017: José da Xã
Nova época, a pergunta de sempre: quais são os vossos prognósticos para o resultado deste jogo inaugural do campeonato?