Estádio da Pedreira, Braga; estádio da Luz, Lisboa.
Jorge Sousa, Fábio Veríssimo.
Artur Jorge vs. Sérgio Conceição; Nélson Veríssimo vs. Rúben Amorim.
Todos estes treinadores vão estar activos na próxima jornada.
Hoje interessa-me falar dessa última jornada da época de 2019/2020, um Sporting que foi impedido de ganhar ou pelo menos de empatar na Luz e um FC Porto que vencia, confortavelmente, na Pedreira, deixou o Braga virar o resultado aos 66 minutos e a partir daí, "ajudado" por Jorge Sousa, nada fez para procurar empatar o encontro.
Há atitudes que não prescrevem, a de Fábio Veríssimo, por exemplo, como escreve José Leirós: "deliberadamente de sola vai ao pé do adversário".
O Benfica devia ter jogado com dez a partir dos 20' mas isso não era interessante para a negociata que Jorge Mendes e Vieira preparavam. Em Braga cozinhava-se outro tipo de negócio, um clube que perde, deliberadamente, um jogo.
Este texto vai servir de enquadramento para aquele que preparo para amanhã; o embate entre os dois vencedores dessa jornada: Nélson Veríssimo e Artur Jorge e outras dois jogos importantes.
Depois dos três primeiros jogos da Liga dos Campeões e tendo em consideração os jogadores que podem ser chamados para o Qatar, podemos concluir.
O Sporting é primeiro no seu grupo e tem três jogadores seleccionáveis (por Portugal) com golos marcados; Trincão 2, Paulinho e Nuno Santos 1.
Benfica e Porto não são primeiros no grupo e entre ambos têm um golo marcado de penalty, João Mário, ex-produto do Seixal que jogou no Inter de Milão e quando regressou ao "glorioso" voltou a ser seleccionável.
Amanhã às 17H45 o Sporting defronta o clube de Bernardo Tapie em Marselha e o Benfica recebe, na Luz, o clube do director Luís Campos, às 20H00.
Na quarta-feira o Porto recebe as alemães da aspirina Bayer (todos sabemos como o Porto lida bem com vitaminas e com medicamentos em geral, pode não ser um hospital mas é uma "Casagrande").
Aquilo que proponho é escreverem aqui o prognóstico para esses três jogos.
Vamos a isso.
Adenda: O Porto joga amanhã às 20H00, o Benfica depois de amanhã, também, às 20H00.
A época ainda não começou mas vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar.
Este Sporting não joga nada, a única solução seria a contratação de SãoR7, infelizmente, Santos da casa não fazem milagres.
Foi assim no dia 3 de Janeiro de 2022, Old Trafford engalanado, o melhor jogador de futebol de todos os tempos, capitaneava os diabos vermelhos e comandava o ataque diabólico, acolitado por Cavani.
Nesse dia Cavani, CR7 e todos os outros diabos ficaram em branco, o único golo desse jogo foi apontado aos 82' por João Moutinho, o rei do encontro (dizem os ingleses) de facto, encontrou forma de colocar a bola dentro da baliza, o objetivo do jogo.
Tenho um carinho especial por todos os ex-jogadores do Sporting (uns mais que outros, claro) não compreendo os assobios a João Moutinho e a Podence, foram jogadores que dentro do campo sempre deram tudo pelo emblema do leão rampante, para mim, é suficiente, para além disso, ambos conquistaram títulos nos escalões de formação e na equipa principal.
Outros com muito menos títulos conquistados nos escalões de formação (zero) e na equipa principal são aplaudidos, desejados, disputados e, provavelmente, amaldiçoados se algo correr mal.
Tracemos o seguinte cenário, como a revista "Nova Gente" escreve com letras vermelhas Cristiano Ronaldo (como Futre no passado) vai mudar-se para Lisboa.
Será para o Sporting?
O "staff" de CR7 pode estar à espera que o Benfica se classifique para a "Champions" para anunciar o contrato com o clube que já perdeu Seferovic e Darwin e precisa, desesperadamente, de uma referência atacante.
Passaria Cristiano Ronaldo a ser pior jogador de futebol, como Futre, se assinasse pelo Benfica?
Convém pensarmos nisto agora, para numa próxima visita de CR7 a Alvalade, vestido com o vermelho selecção ou com o vermelho Benfica (se acontecer) não ter de passar pelo mesmo que Podence ou João Moutinho passaram ontem.
Parece que CR7 vai mudar de vida e nós deixaremos de assobiar os nossos?
No Sporting, Sarabia e Feddal já saíram, Palhinha quase já e Matheus Nunes também não demorará muito. De qualquer forma mantém-se o núcleo duro do plantel, e o quarteto líder no balneário, pelo menos segundo o site Leonino, Adán, Neto, Coates e Paulinho.
No Benfica, saiu Darwin mas está aí um autocarro de reforços para todos os gostos, tem mais avançados do que o Sporting tem jogadores, o plantel dava para três equipas da 1.ª Liga, o alemão é a nova coca-cola no deserto, só a estrutura enche um cinema, vão arrasar e esmagar. Especialmente quando o João Mário regressar de lua-de-mel.
O Porto, se é verdade que o buraco negro pintista obrigou a despachar Mbemba, Fábio Vieira e Vitinha, e vamos ver quem mais, parece que mantém os seus principais argumentos: Taremi, Evanilson, João Pinheiro e Soares Dias. Um quarteto verdadeiramente diabólico dentro do campo. É verdade, já me esquecia do Galeno, aquele a quem João Pinheiro conseguiu inventar um penálti em Alvalade e que nos custou 3 pontos. A família Conceição, especializada em futebol do mergulho, já pode dormir descansada.
O Manel (Rui Manuel Costa) está eufórico. Tudo lhe corre bem.
A irmandade, o encontro de irmãos, com o senhor do Norte está a resultar.
O Tom Cruise da Damaia aparece em destaque no Record, n' O Jogo o Dustin Hoffman do Bolhão lembra-o: "Temos de manter-nos juntos" [sic].
Um é campeão masculino.
Outro é campeão feminino.
As capas dos jornais aí estão com as imagens dos campeões.
Há, no entanto, uma pequena mancha verde a emperrar a narrativa totalitária.
O Senhor do Anel ( cf. com anel NBA) é o Sporting Clube de Portugal.
Cilindrou o FC Porto, depois esmagou o SL Benfica é vencedor da Taça de Portugal,em basquetebol, pela terceira vez consecutiva.
Basta olhar para as capas dos três jornais para ver o destaque que o feito de Travante Williams e dos companheiros obteve, para constatamos o óbvio: As vitórias do Sporting são banais, as vitórias dos dois irmãos são excepcionais.
A cara de Rúben Amorim na conferência de imprensa não escondia o que sentia, as palavras dele não podiam ser mais honestas, foi realmente um dos piores jogos do Sporting debaixo da sua liderança. Praticamente nada correu bem nem a sorte ajudou.
Nem o Benfica fez um grande jogo, limitou-se a fechar bem atrás e lançar os dois galgos da frente (Darwin e Everton), nem a arbitragem inclinou o relvado para o adversário.
O Sporting perdeu completamente por culpa própria, a começar pela entrada dum Palhinha longe da rotação doutros momentos em vez dum Ugarte que está num momento extraordinário para fazer companhia a um sobre-utilizado Matheus Nunes, pela entrada também dum Pedro Gonçalves completamente fora daquilo (passou do 80 para o 8), pela completa ausência de jogo rotinado pelas alas, e pela desinspiração de quase todos nos gestos técnicos, últimos passes, centros, bolas paradas.
O golo sofrido aos 14 minutos é demonstrativo desse 80 e 8. Numa das muitas arrancadas de Porro pela direita, o passe sai disparatado, Sarabia só com asas lá chegaria, ainda faz por se esticar e tocar na canela do Vertonghen mais por frustração do que por outra coisa. O belga fica ali na ronha a cavar o amarelo, Sarabia a protestar e a equipa a dormir no pedaço. Do livre sai um lançamento de laboratório para o actual abono de família do Benfica, Neto fica a olhar para a atmosfera em vez de se preocupar com esse mesmo Darwin, Coates quando lá chega ele já passou, quando chega Adán a bola já lá mora. Há uns tempos era Coates a lançar e Pedro Gonçalves a facturar, agora é assim...
Depois há que dizer que na melhor jogada do Sporting de todo o encontro, na segunda parte, centro dum lado, centro do outro, cabeça de Sarabia ao poste, faltou a ponta de sorte que podia ter mudado o jogo.
Vamos à razão de fundo. Perante adversários bem fechados atrás o Sporting sofre. Porque não tem rotinas de jogo bem consolidadas pelas alas (Inácio-Nuno Santos-Pedro Gonçalves, Neto-Porro-Sarabia), se calhar pelas muitas mudanças de posição duns e doutros, porque Paulinho tem dificuldades de desmarcação dentro da área. Isso normalmente é compensado pela chegada rápida em transições que abrem espaço para os criativos Sarabia e Pedro Gonçalves. Quando o adversário não se expõe no ataque, não há transições. Fica apenas um jogo posicional previsível e fácil de anular quando não existe a tal inspiração dum ou doutro. Essa inspiração não existiu. Que o diga Matheus Nunes, que se limitou a passear a bola pelo relvado.
Interessante também é notar que anarquia táctica dos finais de jogo que tantos pontos deu na época passada este ano está a penalizar-nos fortemente. Sai Neto fica Palhinha e depois Esgaio à direita, adianta-se Coates fica Ugarte no meio com Inácio à esquerda, e o Benfica sentencia o jogo numa arrancada pela direita, que atrai os três defesas da altura (Ugarte tinha abandonado a posição para tentar o corte e Bragança compensou com os olhos) para esse lado deixando na zona central dois (!) jogadores do Benfica completamente desmarcados frente ao pobre Adán.
Já tinha acontecido frente ao Santa Clara e ao Sporting Braga algo de parecido, e lá voaram dois pontos. E atenção que se o Benfica marca um terceiro golo perdíamos a vantagem numa hipotética igualdade pontual no final do campeonato que apesar de tudo mantivemos. Se calhar é melhor pensar que é melhor empatar que perder, e é melhor perder por um do que por dois ou três.
Melhor em campo? Adán, o único que esteve ao seu nível.
Tudo o resto, do onze inicial e de todos os que entraram depois e que pouco ou nada adiantaram, muito abaixo do desejável.
Não vale a pena "bater mais no ceguinho". Quinta-feira é outro dia para chegarmos à final do Jamor e segunda-feira também para mantermos os 6 pontos de vantagem na luta pelo segundo lugar do campeonato. Rever o que correu mal e entrar com tudo para voltarmos ao nosso melhor nível.
Eu cá começava por colocar alguns, como Porro e Nuno Santos, a fazer 100 centros por dia, mas isso sou eu que não percebo nada do assunto.
PS: Veríssimo deu um banho táctico a Amorim? Bom, então Amorim está farto de tomar banho. Do treinador do Tondela, do treinador do B-SAD, do treinador do Moreirense, do... O Darwin é que ficava muito bem ao pé de Coates e Ugarte, lá isso era.
As palavras são de José Navarro de Andrade e podem ser adquiridas por cerca de 3 euros (valem muito mais que isso) num Pingo Doce*
Quando as palavras são descritivas, precisas, bem aplicadas, são como as boas sementes, darão bons frutos noutro solo, noutro contexto.
O jogo de domingo de Páscoa será entre um futebol sofisticado, satisfeito, moderno, prestigiado e campeão que se oporá a um futebol com um sentimento de vergonha, de desvalor, duma honra gangrenada de chagas, enfim, duma funesta consciência de terem ficado para trás, desqualificados, prisioneiros [olá, Luís Filipe Vieira] de uma existência tanto pior quanto mais imóvel num mundo ritmado pelo progresso.
É assim que vejo o próximo Sporting de Amorim/Varandas contra o Benfica de Jesus-Verissimo/Luís Filipe Vieira-Rui Costa.
*Andrade, José Navarro de, Terra Firme, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2014
Encheu o peito de ar e soltou um flato (cheirou mal): “É hora de dizer basta!”, disse ele.
Basta disto e daquilo, daquilo e disto!, acrescentou. Mas basicamente o que ele quis dizer foi… "Eu digo que não quero, mas senhores árbitros, ajudem-nos!"
O tal que ia «arrasar» a concorrência e pôr a equipa a jogar «o triplo» foi de queixo ao chão: não resistiu ao trauma do Natal lá no pré-fabricado.
Devia falar muito menos e trabalhar muito melhor com o plantel milionário posto à sua disposição pelo amigo entretanto destituído. Mas com ele não há remédio: é mesmo assim. Campeão, só na bazófia.
Já o conhecemos bem de mais. E ficámos vacinados para sempre.
Este ano, errr... com Jesus de baixa e Deus no comando... apanhámos pela frente, apanhámos pela frente... ora xacaver, noves fora nada, e vão dois, olha, 3!
Há males que vêm por bem. Jorge Jesus só "lê" as equipas adversárias até certo ponto. O facto de o Sporting se ter apresentado na Luz sem Palhinha nem Coates, titulares indiscutíveis, funcionou mais contra o Benfica do que contra nós no clássico de sexta-feira. A presença de Ugarte como médio posicional tornou o nosso onze titular bastante imprevisível para o técnico, habituado a desvalorizar jogadores jovens.
Tenho a certeza de que muitos adeptos benfiquistas perceberam esta lacuna. E também por causa disto ficaram ainda mais irritados com o treinador da equipa principal do clube que desde o Verão de 2020 gastou 130 milhões de euros em reforços incapazes de conquistar seja o que for.
Feathers are in the air Every sight and every sound
And I don't know if I'm being foolish Don't know if I'm being wise But it's something that I must believe in And it's there when I look in Odysseas eyes
Feathers are in the air,
everywhere I look around... la la la la la lalalal
P.S. @zou_feddal? I lóbiu beib.
{ Blogue fundado em 2012. }
Siga o blog por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.