Hoje giro eu - Aposta na Formação
Francisco Geraldes emprestado ao Eintracht Frankfurt!
É uma brincadeira de mau gosto, certo?
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Francisco Geraldes emprestado ao Eintracht Frankfurt!
É uma brincadeira de mau gosto, certo?
Nem PSV Eindhoven nem Fenerbahçe, como chegou a ser anunciado: o Sporting fez esta tarde um jogo-treino em Nyon - entre Lausana e Genebra - com o Stade-Lausanne, equipa da terceira divisão helvética, num desafio sem público, quase à porta fechada. Um jogo que vencemos por 4-1, com todos os golos marcados nos primeiros 45 minutos. A segunda parte, com um onze totalmente diferente (apenas Castaignos aguentou mais 16 minutos em campo) foi uma imensa sensaboria, indigna de um Leão que quer rugir.
Nota especial para um golo de belo efeito de Francisco Geraldes, aos 14', coroando uma excelente jogada individual em que tirou três adversários do caminho e rematou forte, em arco, para o ângulo mais inacessível ao guarda-redes. Foi o nosso segundo, o mais belo de todos e marcado pelo melhor jogador em campo.
A vitória começou a ser construída logo ao minuto e meio de jogo, por Castaignos. Mattheus Oliveira, aos 25', e Jovane Cabral, aos 37', marcaram os restantes. Com os suíços a reduzirem a vantagem no minuto extra da primeira parte. Na segunda, apenas Wendel e Jefferson merecem nota acima da média - sobretudo o jovem formado no Fluminense, que criou diversos desequilíbrios em busca de um lugar ao sol.
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Os jogadores, um a um:
Luís Maximiano (19 anos).
Mais: procurou acertar, raras vezes com sucesso.
Menos: saiu mal dos postes no lance de golo, parece trabalhar mal com os pés, mostrou-se intranquilo.
Nota: 4
Bruno Gaspar (25 anos).
Mais: assistência para o terceiro golo com um bom centro, confirmando-se como lateral direito com vocação ofensiva.
Menos: ainda com prestação insuficiente no plano defensivo.
Nota: 5
Marcelo (28 anos).
Mais: procura integrar-se no quarteto defensivo.
Menos: o canto que origina o golo suíço nasce de um corte defeituoso seu.
Nota: 4
Mathieu (34 anos).
Mais: parece em boa forma física, correndo por vezes como um extremo.
Menos: falta de protagonismo nas bolas paradas ofensivas.
Nota: 5
Jonathan Silva (24 anos).
Mais: "assistiu" no segundo golo com um bom lançamento lateral.
Menos: muito trapalhão, os centros não lhe saíram bem.
Nota: 4
Palhinha (23 anos).
Mais: boas acções de cobertura no meio-campo defensivo.
Menos: falta-lhe vocação para médio criativo.
Nota: 5
Mattheus Oliveira (24 anos).
Mais: bom golo na sequência de um cruzamento, rematando com o pé esquerdo sem deixar a bola ir ao chão.
Menos: peca por alguma apatia em momentos do jogo.
Nota: 5
Francisco Geraldes (23 anos).
Mais: marcou aos 14' e deu a marcar aos 37', revelando notável visão de jogo e apreciáveis pormenores técnicos.
Menos: podia ter batido melhor um livre aos 43'.
Nota: 7
Jovane Cabral (20 anos).
Mais: lançado por Geraldes, recebeu em corrida a bola e fuzilou as redes suíças, marcando o seu terceiro golo desta pré-temporada.
Menos: demasiado individualista em certos lances.
Nota: 6
Matheus Pereira (22 anos).
Mais: único jogador a repetir a titularidade, com liberdade criativa, assistiu Castaignos no primeiro golo e iniciou a construção do terceiro.
Menos: hoje não marcou.
Nota: 7
Castaignos (25 anos).
Mais: autor do primeiro golo, após tabela com Matheus Pereira.
Menos: nada mais fez de relevante.
Nota: 5
Raphinha (21 anos).
Mais: entrou na segunda parte, substituindo Matheus Pereira, e demonstrou trabalhar bem junto à linha.
Menos: tentou bastante, mas não marcou nem deu a marcar.
Nota: 5
Montero (30 anos).
Mais: substituiu Geraldes na segunda parte, fazendo algumas tabelinhas que deram nas vistas, embora inconsequentes.
Menos: muita cerimónia no remate: voltou a ficar em branco.
Nota: 4
Misic (24 anos).
Mais: em campo no segundo tempo, substituindo Palhinha, tentou o remate aos 83', mas a bola saiu-lhe ao lado.
Menos: tornou o nosso meio-campo muito permeável às investidas suíças.
Nota: 3
Demiral (20 anos).
Mais: substituindo Mathieu na segunda parte, cabeceou ao poste aos 87': merecia o golo.
Menos: cometeu falta desnecessária aos 79'.
Nota: 6
Domingos Duarte (23 anos).
Mais: rendeu Marcelo no segundo tempo, fez um bom corte aos 50'.
Menos: falhou alguns passes.
Nota: 5
Piccini (25 anos).
Mais: substituiu Bruno Gaspar no segundo tempo, com algumas incursões ofensivas interessantes.
Menos: parece ter regressado de férias algo preso de movimentos.
Nota: 5
Wendel (20 anos).
Mais: rendeu Mattheus Oliveira na segunda parte, tendo sido o jogador que criou mais desequilíbrios neste período do jogo.
Menos: rematou aos 77', mas saiu-lhe frouxo.
Nota: 6
Jefferson (30 anos).
Mais: substituiu Jonathan na segunda parte, fazendo grandes centros (53', 70', 88') e marcando muito bem um livre (87').
Menos: vindo de um empréstimo ao Braga, faltam-lhe automatismos.
Nota: 6
Salin (33 anos).
Mais: na nossa baliza a partir do minuto 46', não sofreu golos.
Menos: longe de ser exímio no jogo com os pés.
Nota: 5
Lumor (21 anos).
Mais: substituiu Jovane na segunda parte, estreando-se como extremo no Sporting.
Menos: notória falta de rotina na posição.
Nota: 5
Bruno César (29 anos).
Mais: substituiu Castaignos na segunda parte, parecendo recuperado da lesão.
Menos: revelou falta de intensidade, falhando passes.
Nota: 4
Fico atónito quando leio que o Sporting está a tentar o sérvio Filip Kostic. Não está em causa o valor do atleta, mas depois não me venham falar em Formação, nem em modelo de sustentabilidade. Tudo isto é uma falácia e amontoam-se os exemplos de que as coisas há décadas que são feitas sem grande critério. Neste momento para as alas temos os jovens Matheus Pereira e Raphinha, foi recentemente incorporado Nani, Acuña vai regressar e ainda temos a promessa Jovane Cabral, pelo que deverá haver posições mais carenciadas para gastar os parcos recursos de que dispomos. Uma coisa destas tira-me do sér(v)io...
Hoje, na Suiça, o Sporting bateu o Stade Lausanne (!) por 4-1. Frustrada que foi a presença dos turcos do Fenerbahçe - e contrariando os rumores de que jogaríamos com os holandeses do PSV - acabámos por defrontar uns helvéticos que militam na terceira divisão daquele país, o que fez todo o sentido dado que a organização desta viagem do Sporting, com 2 jogos cancelados, teve tantos buracos que se assemelhou a um queijo suiço Emmenthal (o Gruyère apesar de tudo não tem tantos...).
O jogo valeu pela primeira parte, altura em que brilharam os jovens da nossa Formação (!), que tão poucos minutos ainda tinham tido (à excepção de Matheus Pereira). Era para ser apenas só mais um dia no escritório, mas Francisco Geraldes destacou-se com um golo extraordinário em que evidenciou a sua vasta gama de recursos técnicos: Xico tirou um adversário do caminho com uma recepção orientada de pé direito, fintou outros dois com o mesmo pé e, seguidamente, enviou uma bomba de pé canhoto junto ao ângulo superior esquerdo da baliza do Lausanne.
Mais tarde, Geraldes voltaria a estar em evidência quando esperou até ao limite pela desmarcação de Jovane para lhe fazer uma assistência açucarada que daria o quarto golo leonino. De destacar, também, o passe para o golo de Castaignos, da autoria de Matheus Pereira, e alguns roubos de bola vistosos - um deles a fazer lembrar um "desplante" taurino, entrando de costas e, ao rodar, sacando a bola - por parte de Palhinha. Nota ainda para o golo de Mattheus Oliveira - boa execução (t)técnica - e para a assistência de Bruno Gaspar, sempre muito voluntarioso pelo corredor direito.
Na segunda parte entraram as "vedetas" e o jogo teve a emoção de uma partida de 3 dias de cricket. Proliferaram os "home runs" - bolas disparadas para fora das 4 linhas - e regressaram os burocratas da repartição do Campo Grande com particular destaque para Misic (continua a "sentar" Ryan Gauld) e Bruno César. Montero mostrou bons pormenores e a moleza de sempre, Jefferson não tirou um centro em condições, Piccini subiu, mas nunca definiu bem, Wendel teve bons apontamentos, mas não o suficiente para justificar os 8,7 milhões investidos na sua contratação. Acabaria por ser Demiral, em dois lances, a levar mais perigo à baliza suiça, um para grande defesa do guardião do Lausanne, outro com a bola a terminar no poste direito. Lumor voltou a mostrar a sua velocidade, pese embora tenha sido vítima de uma daquelas invenções que os treinadores tanto gostam de fazer quando à procura de aprovação da Academia Real das Ciências.
Perante as evidências, julgo ser a altura de finalmente corrermos o "risco" de aproveitarmos a "prata da casa". A verdade é que outras estratégias tentadas no passado não resultaram e só contribuiram para o nosso endividamento. Por isso, é chegada a hora de se fazer uma aposta real na nossa Formação, única forma possível de garantir a sustentabilidade financeira do clube. Com Bruno Fernandes de regresso, se conseguirmos Bas Dost e Battaglia temos o plantel quase fechado e garantias de enquadramento aos nossos jovens. Compre-se mais um ponta-de-lança, vendam-se alguns excedentários e ficaremos bem. Insistindo no outro caminho, será só mais uma volta no carrossel. Havendo quem pague a viagem...
Tenor "Tudo ao molho...": Francisco Geraldes
#savingprivateryan
Não ficarei triste com a eventual saída de Jorge Jesus. Em rigor não fiquei satisfeito com o despedimento de Marco Silva e contratação do mestre da táctica. Tenho para mim que perdemos o campeonato 2015/2016 muito pelo acicatar do rival, para o qual muito contribuíram presidente e treinador. Completamente desnecessária aquela frase parola “se quisesse agora deixava Rui Vitória bem pequenino”, na conferência de imprensa no Estádio da Luz, após a nossa vitória 0-3 no campo do rival. Com um pouco mais de humildade provavelmente teríamos sido campeões, tenho essa convicção, jamais será uma certeza como é óbvio.
Já durante a presente época por várias vezes critiquei J.J., embora tenha que reconhecer que foi capaz de atenuar um pouco a paupérrima imagem que o clube estava a adquirir quando Bruno de Carvalho entrou em inenarrável e inexplicável desnorte. A instituição acaba por forçosamente ficar grata ao treinador, porque afinal até poderia ter sido muito pior, face à alucinação em que o Conselho Directivo mergulhou.
Dificilmente a próxima época será um sucesso, mas talvez seja tempo de regressar à aposta na formação, tenho expectativas altas em Francisco Geraldes, pode vir a ser uma aposta e finalmente confirme o talento que inegavelmente possui.
Mas ainda que possamos não estar à altura dos rivais e com todos os problemas que estamos a viver, dificilmente estaremos, é importante arrumar a casa e varrer o lixo, não direi para o esquecimento ou para baixo do tapete, mas para o baú das memórias, para que os sócios não esqueçam tão depressa o pesadelo e evitem por muitos anos cair novamente na demagogia e populismo de qualquer déspota que se perfile com promessas reluzentes, mas ocas.
Quem não tem vergonha nem emenda são os grunhos da bancada Sul, que andam a publicar fotos e tarjas de solidariedade para com os 23 animais que atacaram a Academia. Em vez da honra e liberdade que apregoam para esses energúmenos, a resposta do clube e qualquer associado só pode ser uma, não estão 23 jagunços detidos a mais mas pelo menos 15 a menos e mais alguns mandantes e até quiçá outros, os instigadores não viria mal ao mundo se lhes fossem fazer companhia. Por mim, os apoios às claques não existiriam para a próxima época e quem quisesse assistir aos jogos, teria de comprar bilhete como qualquer outro associado. Sempre fomos um clube diferente, nunca nos revimos na postura dos rivais, talvez fosse mais um bom exemplo a seguir se mostrássemos ao país que não nos revemos no hooliganismo.
Quando olhamos para o que é hoje o "onze" do Sporting e para aquilo que poderia ter sido, um nome imediatamente vem ao pensamento: Francisco Geraldes.
O jogador leonino, emprestado este ano ao Rio Ave, tinha (e tem) as características ideais para poder render Bruno Fernandes, como "10", num sistema de 3 médios. Não o vejo a fazer de "8" (num meio-campo a 2) - posição onde Bruno cumpre sem o brilhantismo de quando joga mais avançado no terreno - , dadas as suas características e as do actual detentor da posição "6" (William Carvalho), um jogador mais forte com bola mas sem a intensidade de um Fejsa ou de um Danilo.
Sendo jogadores diferentes - Bruno Fernandes, fruto de várias temporadas em Itália, tem outra mobilidade, amplitude e intensidade no seu jogo - Bruno e Francisco têm como denominador comum a qualidade de passe, característica que lhes permite vislumbrar latifúndios num T1 na Reboleira. Por isso, ambos perdem algumas bolas, pois os seus passes destinam-se quase sempre a criar rupturas.
Um dos problemas do Sporting esta época foi aceitar partir o jogo num sistema de apenas 2 médios, com William e Bruno Fernandes. Sempre que jogou Battaglia, a equipa ficou mais sólida, consistente, dominadora e, paradoxalmente, com outra eficácia ofensiva (para além das óbvias vantagens a nível defensivo). Não sendo William um jogador de entrar nos espaços dos seus adversários (como Adrien, p.e.), mas sim alguém mais posicional e que cresce com a bola nos pés, recomendar-se-ia que a equipa jogasse com 3 médios. Partindo deste último sistema, a eventual necessidade de o tornar mais ofensivo poderia partir da substituição de "Batta" por Geraldes, ao invés da adopção imediata do sistema de 2 avançados com a entrada de Doumbia ou de Montero. Digamos que assim a equipa leonina teria uma forma intermédia de tornar o seu jogo mais profíquo do ponto-de-vista atacante, sem arriscar partir o jogo e expor tanto a sua linha defensiva.
Geraldes é um jogador cerebral, que procura a bola cirurgicamente para depois produzir um último passe. Outro dos problemas da equipa, este ano, tem sido a perda de criatividade e de soluções de passe mais à frente, quando Bruno Fernandes recua no terreno. Os desequilíbrios ficam exclusivamente entregues a Gelson e todos os adversários já se aperceberam disso. Francisco resolveria facilmente este problema e, na minha opinião, poderia jogar sempre como titular nas partidas em Alvalade (recuando BF), partindo do banco, em alternativa a Battaglia, nas partidas fora de casa, não descurando o facto de, dada a necessária rotação da equipa e descanso de alguns jogadores nucleares, poder substituir o próprio Bruno Fernandes como "10", num sistema de 4-3-3, com William e Battaglia por detrás.
Em conclusão, nunca contaria com Geraldes para ser um "8", mas jamais o teria descartado aquando da elaboração do plantel para a época de 17/18.
Por que motivo trouxemos Rúben Ribeiro do Rio Ave e lá deixámos estar o Francisco Geraldes?
Pede ao presidente para fazer regressar o Francisco Geraldes a Alvalade.
Ontem, no Restelo, o rapaz marcou um golo e fez uma assistência: foi o principal obreiro da vitória do Rio Ave contra o Belenenses.
E, ao que consta, continua a gostar de ler. Julgo que isso não incomoda ninguém.
Gelson Dala: estreia no Rio Ave logo a marcar.
Francisco Geraldes: mais uma assistência para golo.
Quando o Francisco Geraldes saiu, o Rio Ave estava a ganhar 3-1.
Quando Ryan Gauld entrou, a 4 minutos dos 90, o Aves perdia 3-1 mas ainda conseguiu empatar o jogo a 3.
No prolongamento, o Aves chegou ao 3-4 e foi Gelson Dala a marcar o golo do empate a 4 que permitiu ao Rio Ave ir para prolongamento.
Mantenho a ressalva do título: não vi o jogo e muito menos tenho alguma tese sobre este tema. Mas a coincidência merece destaque.
Sugestão de três "prendas" de Dia de Reis a Jorge Jesus:
- Francisco Geraldes (em destaque no Rio Ave)
- João Palhinha (há quantos meses não joga?)
- Matheus Pereira (em evidência no Chaves)
Outra grande partida do jovem da nossa formação emprestado ao Rio Ave na vitória fora de casa, por 3-1, que a equipa vilacondense acaba de arrancar ao Tondela, num estádio sempre difícil. Como bem sabemos.
Francisco Geraldes foi carregado em falta, conseguindo o penálti de que resultou o primeiro golo da turma forasteira - muito bem treinada por Miguel Cardoso - e teve intervenção decisiva no segundo golo com um passe rasgado que funcionou como assistência.
Grande exibição num jogo que foi emotivo até ao fim. Merecida vitória dos verdes-e-brancos de Vila do Conde, com golos de Pelé, Guedes e Ruben Ribeiro.
Francisco Geraldes
Matheus Pereira
Quase concluída a ronda inaugural do campeonato, verifica-se que dois talentos da formação leonina figuram já na lista dos marcadores de golos.
Gelson Martins, com dois apontados na vitória do Sporting no campo do Aves.
E Francisco Geraldes, no golo que valeu três pontos ao Rio Ave no confronto caseiro com o Belenenses.
Prometem ambos. Muitos e bons.
Um ensaio de Xico vale três pontos ao Rio Ave.
Escrever rascunhos de porta aberta é um bocado disparatado. É dar trela a toda essa gente que sabendo contar pelos dedos o número de jogadores por linha já se acha esperto, mesmo que nem no "Football manager" consiga ser campeão Europeu. O dasafio com o Mónaco, onde as peças estavam no lugar, até nem correu mal, mesmo que seja precipitado embandeirar em arco; os outros, é evidente que têm servido para teste, às vezes apenas à inteligência posicional dos jogadores em situações que lhes são estranhas. Só lamento que Jesus não tenha posto o Wlliam Carvalho à baliza só pelo gozo que daria ouvir o banzé - pois haverá quem duvide ser Francisco Geraldes muito melhor do que ele como guarda-redes?
Não está esquecida a "ameaça" de malhar no assunto Francisco Geraldes.
Daqui do pé da água e dos pasteis de polvo do Ideal, já me imagino a ver o miúdo regressar no próximo Janeiro.
Como este Janeiro.
Provavelmente como o Janeiro de 2019.
Sabem um "dizer" da minha terra? "Vão mazé cagar pá estrada!"
Quis ser fotografado a ler o "Ensaio sobre a cegueira" no banco? É esperto, o rapaz; pelo menos sabe fazer alusões. Há quem diga que o outro ao lado dele na foto estava a ouvir Mozart.
Se bem me lembro, a última vez que houve um entusiasmo assim tão esperançoso por um jogador foi com Chicabala. Ou no ano passado, os lampiões com Carrillo.
O que tem Geraldes para dar além das "coisas bonitas, coisas bonitas" que já fez? Wait and see, como diria o outro que não era cego.
Fica a promessa.
Ofereçam uns patins ao Francisco Geraldes e fica aqui o aviso de que, semanalmente, terão um post alusivo.
A paciência tem limites, porra!
Geraldes a ler um livro muito apropriado: Ensaio Sobre a Cegueira (foto Record)
Fazer entrar o Francisco Geraldes aos 57 minutos e mandá-lo sair aos 82' foi algo que me indignou.
Não custa explicar porquê. É uma forma inaceitável de tratar um dos melhores jovens talentos da nossa formação.
No Sporting-Valência de ontem houve, por outro lado, uma "experiência" que me fez abrir a boca de espanto: termos jogado mais de meia hora sem ponta-de-lança. Até quando já perdíamos por 0-3 e não havia vantagem nenhuma a defender, antes pelo contrário.
Dirão alguns que foi apenas um jogo de pré-época. A esses direi duas coisas. Primeira: a temporada leonina 2016/17 começou a ser perdida na desastrosa pré-época. Segunda: o prestígio internacional do Sporting, quando defronta uma equipa espanhola na Suíça, nunca pode ser jogado a feijões. Porque é algo muito sério.
Iuri e Podence entre os melhores jogadores jovens da Europa, garante a Marca
Leio num jornal de hoje que a Direcção do Sporting equaciona "pôr a rodar" Iuri Medeiros e Francisco Geraldes noutros clubes, repetindo aliás a receita já experimentada em épocas anteriores.
Considero um erro qualquer subvalorização dos jogadores oriundos da Academia leonina. Porque deprecia os nossos "activos", como agora se diz, e subverte uma das traves mestras da filosofia leonina. Que se baseia no ecletismo, por um lado, e no aproveitamento da formação, por outro.
Iuri e Chico Geraldes já rodaram o suficiente para se perceber que são valores seguros - à semelhança de tantos outros lançados nos últimos anos na equipa principal do Sporting: Eric Dier, Bruma, Cédric, João Mário, Adrien, William Carvalho, Rúben Semedo, Gelson Martins. Não por acaso, Luís Figo e Cristiano Ronaldo figurarão para sempre na galeria dos valores leoninos: ambos constituem exemplos vivos da excelência da nossa formação.
Se dúvidas restassem, repare-se neste artigo ontem dado à estampa no conceituado jornal espanhol Marca. Em 21 jogadores de diferentes países mencionados por se terem destacado no Europeu de sub-21, este diário realça dois dos nossos entre os cinco melhores: Podence e Iuri.
Do primeiro, sublinha a "habilidade e mobilidade" de que deu mostras neste certame, em que marcou um golo e deu outro a marcar. Do segundo, elogia-o por ser a "besta negra do Benfica" - assim designado por ter marcado quatro golos aos encarnados em cinco jogos - e pelo seu "pé canhoto de seda", evidenciado em duas assistências para golo no Euro sub-21.
Espero sinceramente que estes e outros jovens talentos não tenham de "nascer dez vezes" para demonstrarem definitivamente o que valem. Vestidos de verde e branco, não com outra camisola qualquer.
ADENDA: Enquanto uns recebem elogios, mais que merecidos, outros são esculhambados - também com toda a justiça.
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