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És a nossa Fé!

Os prognósticos passaram ao lado

Atravessamos um ciclo de pouca fé. Nada condizente com o nome deste blogue.

Só isto explica que ninguém tenha acertado no resultado do Sporting-Braga: 5-0. Apesar de termos repetido agora, para o campeonato, a mesma chapa cinco que já havíamos aplicado à turma braguista 44 dias antes, no confronto para a Taça da Liga.

Enfim, esperemos que o ânimo melhore. Se não for com goleadas como esta, não imagino como será.

Segunda "manita" em mês e meio

Sporting, 5 - Braga, 0

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Morita, melhor em campo, marca o primeiro golo anteontem em Alvalade

Foto: António Cotrim / EPA

 

Rúben Amorim tem razão: o Sporting, nesta época, parece uma equipa bipolar. Capaz do pior e do melhor com poucos dias de diferença.

Voltou a acontecer nesta jornada de abertura da segunda volta do campeonato, quando recebemos o Braga na fria noite de quarta-feira. Poucos diriam - e este blogue serve de testemunho disso - que venceríamos com facilidade a turma minhota, não faltando até quem previsse uma derrota no nosso estádio. Quase ninguém vaticinou uma goleada.

Mas ela aconteceu mesmo. Derrotámos o Braga - que seguia oito pontos à nossa frente quando soou o apito inicial -- por marca concludente: 5-0. Repetindo a dose aplicada à mesma equipa 44 dias antes, em confronto também no estádio José Alvalade, para a Taça da Liga.

Desta vez faltavam-nos três titulares habituais. Por motivos diferentes. Porro já não está: acabou de transferir-se para o Tottenham, naquele que foi o segundo melhor negócio de sempre da SAD leonina com um futebolista do plantel. Paulinho esteve ausente por castigo: foi-lhe aplicada a pena de três jogos de suspensão na recente - e malograda - final da Taça da Liga frente ao FCP. Matheus Reis foi remetido ao banco de suplentes, talvez para ser poupado no plano físico: tem sido um dos jogadores mais utilizados.

 

Tinha tudo para dar errado, segundo os pessimistas do costume. Mas funcionou.

St. Juste foi titular, como central à direita - e cumpriu com nota muito elevada a missão que o treinador lhe confiou, permitindo a Gonçalo Inácio transitar para o lado esquerdo, sua posição natural.

Esgaio voltou a ser aposta, mais de dois meses depois, suprindo a ausência de Porro - e também cumpriu, a tal ponto que fez a melhor exibição desde que regressou ao Sporting, oriundo do Braga. Irrepreensível tanto a atacar como a defender.

A terceira surpresa, e sem dúvida a maior, foi a inclusão de Chermiti no lugar de Paulinho: aos 18 anos, este avançado formado na Academia de Alcochete estreou-se como titular entre os "grandes" - e cumpriu também, recebendo vibrantes aplausos dos 26 mil espectadores que anteontem compareceram no nosso estádio. Nasceu uma nova estrela leonina? Está, pelo menos, a caminho disso. O que é sempre motivo para celebrar.

 

Foi um desafio de sentido único, com avassalador domínio da nossa equipa perante um Braga irreconhecível. As ausências de Vitinha (transferido para o Marselha) e Ricardo Horta (lesionado) não explicam a abrupta quebra dos minhotos, que somaram erros defensivos e foram incapazes de progredir no terreno sem serem de imediato desarmados pelo nosso meio-campo. Ali brilhou a dupla Ugarte-Morita, reforçada por Pedro Gonçalves e Edwards, que recuavam para vir buscar a bola e mantê-la dentro do meio-campo defensivo do Braga.

O resultado ao intervalo (1-0) espelhava pouco o nosso domínio, concretizado num golo logo aos 9' por Morita, com assistência de St. Juste. O japonês ampliou a vantagem no minuto inicial da segunda parte, sossegando os espíritos mais apreensivos: a vitória já não nos fugia. E não iam faltando notas artísticas em Alvalade, como a assistência de Chermiti, de calcanhar, para o colega nipónico a meter lá dentro.

 

Os mais belos golos da noite foram o terceiro, marcado por Edwards aos 61', e o quarto, assinado por Matheus Reis aos 86', pouco depois de saltar do banco. Ambos com assistências de Pedro Gonçalves, que ia deambulando entre linhas, sem posição fixa no terreno. É assim que funciona melhor.

De tal maneira que ainda viria a ser ele a marcar o último. De penálti, já no tempo extra. Quando uma parte dos adeptos gritava por Chermiti e alguns outros por Esgaio, exigindo que fosse um deles a converter o castigo máximo. Pedro Gonçalves - rei dos goleadores leoninos - não deixou e fez muito bem. Homem-golo é mesmo assim: nunca se farta de a ver lá no fundo das redes. Assim aconteceu, para alegria de todos nós.

E até aqueles que momentos antes o assobiavam, estupidamente, se viram forçados a aplaudi-lo.

Como não ficarmos rendidos à melhor exibição do Sporting nesta temporada tão oscilante?

Como não festejarmos esta segunda "manita" ao Braga em mês e meio?

A segunda volta promete. Basta continuarmos a exibir-nos assim. 

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Pouco trabalho. Limitou-se a duas defesas com grau de dificuldade médio, aos 71' e aos 84'. O guardião inseguro do jogo anterior não compareceu em campo. Ainda bem.

St. Juste - Surpresa: foi titular. Surpresa maior: aguentou os 90' sem aparentar desgaste físico. Atento, veloz, interventivo na construção de lances ofensivos. Assistiu no primeiro.

Coates - Serenidade e segurança. Liderou a defesa sem sobressalto. Ao demorar a sair após ceder a braçadeira, viu o amarelo. De propósito, já a pensar no clássico da jornada 20

Gonçalo Inácio - Regressou à posição natural, como o mais esquerdino dos centrais, e cumpriu a missão que lhe estava confiada. Sobretudo nos passes longos, em que é exímio.

Esgaio - Voltou a ser titular enquanto substituto natural de Pedro Porro. Desta vez não ouviu assobios, mas aplausos. Bem merecidos. Reconquistou os adeptos com uma boa exibição.

Ugarte - Transborda energia e revela uma impressionante capacidade de trabalho. Dominou o meio-campo defensivo: os adversários viram nele um obstáculo intransponível.

Morita - Recuperou bolas, distribuiu jogo, venceu confrontos individuais. E marcou os dois primeiros golos, confirmando a vocação de artilheiro. O melhor em campo.

Nuno Santos - Menos exuberante do que em partidas anteriores. Mas foi dele o canto de que resultou o primeiro golo. Quase marcou aos 77': a bola, rasteira, saiu a rasar o poste.

Edwards - Exibiu classe, sobrepondo-se aos adversários nos confrontos individuais e ganhando faltas sucessivas. Iniciou o golo 2. O terceiro, marcado por ele, é uma obra-prima.

Pedro Gonçalves - Sempre muito útil na missão de ligar o meio-campo ao ataque e colocar-se entre linhas para baralhar a defesa. Nota muito elevada: um golo e duas assistências.

Chermiti - Estreia a titular aos 18 anos. Pressionou alto, ocupou bem os espaços, cabeceou para golo aos 21' (defesa difícil de Matheus), assistiu no segundo e participou no terceiro. 

Tanlongo - Substituiu Ugarte (63'). Passa com critério, tem visão de jogo, sabe segurar a bola e  movimentar-se sem ela. Parece ser mesmo reforço.

Trincão - Entrou aos 63', substituindo Morita. Foi talvez o mais apagado dos nossos jogadores anteontem. Atravessa uma crise de confiança que lhe afecta a prestação.

Fatawu - Manteve-se em Alvalade, sem ser emprestado. Entrou aos 77', rendendo Edwards. Encostado à linha esquerda, com incursões para o centro, conquistou penálti (90'+1).

Arthur - Em campo desde o minuto 77, substituindo Nuno Santos já com o resultado em 3-0. Desta vez não agitou o jogo, mas contribuiu para manter-lhe a consistência.

Matheus Reis - Os últimos, com frequência, são os primeiros. Sucedeu com ele: entrou aos 77', quando Coates saiu.  Chegou a tempo de marcar um golaço que fez levantar o estádio.

O dia seguinte

Foi um jogo em que o Sporting demonstrou que é uma equipa doutro escalão deste Sp.Braga. Difícil mesmo de explicar a algum estrangeiro que por acaso tenha ido ver o jogo como é que ainda estamos com 5 pontos de atraso da mesma na Liga, concluída que foi a 1.ª volta. Mas o facto é que ainda estamos, e todos sabemos porquê.

Depois do 0-5 para a Taça da Liga o treinador do Sp.Braga esmerou-se e tentou anular o Sporting com um encaixe perfeito de sistemas tácticos, o 3-4-3 do Sporting contra o 3-4-1-2 do Sp.Braga, mas veio ao de cima a diferença de categoria individual e colectiva dos intérpretes.

A primeira parte foi toda do Sporting, muito pela acção conjugada dos dois médios Ugarte e Morita e dos dois interiores Pedro Gonçalves e Edwards. Marcou um golo numa magnífica assistência de St.Juste, podia ter marcado mais um ou dois, o resultado ao intervalo pecava por escasso.

Na segunda parte esperava-se que o Sp. Braga entrasse transfigurado, mas o jogo recomeçou igual, a equipa adormeceu a pedir uma falta inexistente e o Sporting marcou o segundo. Não contente com a sua responsabilidade na situação, o mesmo jogador que tinha caído a reclamar a referida falta foi por ali fora, sofreu desta vez mesmo uma falta, e não satisfeito com o apito do árbitro foi para cima dele reclamar forte e feio, levou swgundo amarelo e foi tomar banho.

Depois disso o Sporting ficou ainda mais confortável no jogo, foi refrescando a equipa e marcando mais golos. Acabou com cinco, podia ter acabado com sete ou oito, tantas foram as oportunidades.

 

Foi uma grande noite para Rúben Amorim, o arquitecto desta grande vitória, na prática uma dupla vitória:

1. O Sporting venceu de goleada o adversário que segue imediatamente à nossa frente na classificação, tornando mais próximo o objectivo de acesso à Champions. Um adversário que alguns diziam que tinha melhor plantel que o Sporting, que o seu presidente "trolha" é um génio do negócio, que isto e que aquilo. Nem o maior clube da cidade de Braga sabe os admiradores fervorosos que tem cá por baixo.

2. Num só jogo, o Sporting fez crescer o plantel duma forma que poucos conseguiriam prever, eu incluído. Esgaio fez a melhor exibição pelo Sporting desde que voltou do Braga, St.Juste esteve soberbo nos 90 minutos e teve uma assistência para golo, Fatawu demonstrou ser uma alternativa mais que válida para ala esquerdo, Chermiti esteve irreconhecível obviamente para melhor, pelo menos para mim. Grande trabalho de laboratório de Amorim nos últimos meses pós-lesão de que ninguém deu conta.

E como só o Paulinho é que tem de marcar golos para ser um bom ponta de lança, então temos ali um ponta de lança de qualidade que só mesmo Amorim sabia que existia.

Some-se a isto os bons desempenhos de Tanlongo no lugar de Ugarte e de Arthur no lugar de Edwards e temos mesmo de olhar para o plantel com outros olhos.

Melhor em campo? Marcus Edwards, pelo golo que marcou e pelas incursões em zonas interiores que protagonizou, extremamente perigosas para a defensiva contrária, e sempre solidário na acção defensiva (mais uma vez o dedo de Amorim a funcionar) mas todos os outros estiveram muito bem, com excepção dum tristonho Trincão. Que se passa contigo, rapaz, que estavas tão bem há um par de meses?

 

E agora? Agora é ir ganhar a Vila do Conde, tal como fizemos para a Taça da Liga. Mas não vai ser fácil.

Jogo a jogo lá chegaremos ao objectivo.

SL

Rescaldo do jogo de ontem

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Euforia em Alvalade: os festejos do segundo golo de Morita. Ainda viriam mais três contra o Braga

Foto: António Cotrim / Lusa

 

Gostei

 

De entrarmos da melhor maneira na segunda volta. Com uma goleada ao Braga: 5-0. Repetindo o que já sucedera a 19 de Dezembro, para a Taça da Liga. Duas manitas nestes embates com a turma minhota, que defrontamos pela terceira vez na actual temporada. Com 13 golos marcados e três sofridos: superioridade absoluta leonina.

 

Da atitude. O Sporting foi superior em todos os aspectos. Nos remates, nas oportunidades, no aproveitamento das bolas paradas, nos lances divididos, na reacção à perda de bola. Grande parte do desafio foi disputado no meio-campo braguista por impossibilidade de a equipa adversária se libertar da pressão alta exercida pelos nossos jogadores. Numa palavra: atitude. É preciso mantê-la durante toda a segunda volta agora iniciada.

 

De Morita. Grande exibição do internacional japonês, que foi sempre um médio com características ofensivas, entrando como segundo avançado na grande área do Braga. Numa dessas incursões marcou o nosso golo inicial, logo aos 9'. Noutra, mesmo a abrir a segunda parte, estava no local certo para aproveitar uma recarga, encaminhando-a para as redes. Foi aos 46': fazia assim o primeiro bis da sua carreira de futebolista. E sagrava-se como melhor em campo. 

 

De Pedro Gonçalves. Soma e segue: leva já 11 golos e sete assistências neste campeonato. Voltou a fazer uma grande exibição, em movimentação contínua entre a linha média e o ataque, distribuindo jogo com uma personalidade cada vez mais vincada. Somou mais duas assistências (para o terceiro e o quarto golo) e fechou a contagem, de penálti, ao apontar o quinto golo aos 90'+3.

 

De Chermiti. Estreia a titular do jovem avançado, com apenas 18 anos, aproveitando a ausência de Paulinho por castigo. Cumpriu bem a missão que lhe foi confiada por Rúben Amorim. Assistência perfeita, com nota artística, de calcanhar para o segundo golo de Morita. E movimentação muito competente, arrastando a defesa adversária, no lance de que resulta o nosso terceiro, apontado por Edwards. Mostrou ao treinador que poderá contar com ele. Escutou aplausos bem merecidos em Alvalade.

 

De St. Juste. Enfim, conquistou os adeptos neste seu segundo jogo completo desde que chegou ao Sporting. Actuou como central à direita e cumpriu de modo exemplar a missão, anulando as escassas ofensivas do Braga numa exibição em que foi várias vezes à frente, articulando lances com Esgaio junto à linha. Veloz, acutilante. Assistiu (de cabeça) para Morita no golo inicial.

 

De Esgaio. Quem diria que o mal-amado ouviria sonoros aplausos e palavras de incentivo das bancadas? Titular para colmatar a saída de Porro, não se deixou atemorizar pelas críticas que tem recebido nem mostrou complexos por jogar no lugar do internacional espanhol. Bons cruzamentos aos 21', 25' e 59'. Isolou muito bem Pedro Gonçalves aos 66' num lance que quase resultou em golo. 

 

De Edwards. Acrescenta classe ao jogo leonino. Imbatível nos confrontos individuais, pondo a cabeça em água aos defensores adversários. É também o nosso jogador mais vezes derrubado em falta ao infiltrar-se entre linhas. Iniciou o lance do segundo golo. E marcou ele próprio o terceiro: um daqueles de levantar o estádio, coroando deslumbrante jogada individual. Para ver e rever. 

 

Do golo de Matheus Reis. Foi o quarto - e o mais vistoso. Aos 86', num remate em arco de fora da área, colocadíssimo, sem defesa possível. O brasileiro entrara nove minutos antes, rendendo Coates. Estreou-se a marcar na temporada 2022/2023, também ele com nota artística. Muito festejado por todos os companheiros.

 

De Rúben Amorim. Desfalcado de dois titulares (Porro e Paulinho), montou muito bem a equipa neste confronto com o Braga, surpreendendo com a inclusão de Chermiti como titular a avançado-centro. Todas as apostas dele foram ganhas. Recuperou um jogador (Esgaio), consolidou outro (St. Juste) e demonstrou toda a confiança num terceiro (Chermiti) que ainda pode vir a ser-nos muito útil. Confirma-se que tem estrelinha contra o Braga, sua antiga equipa: venceu como treinador sete dos últimos nove jogos que disputámos contra os minhotos.

 

Que Coates tivesse "limpado" cartões. Tapado com quatro, o capitão uruguaio retardou propositadamente a saída de campo ao ser substituído, acabando amarelado. Não defrontará o Rio Ave, em Vila do Conde, na próxima segunda-feira. Mas estará livre para a partida seguinte: o clássico Sporting-FC Porto, marcado para dia 12.

 

De Nuno Almeida. Nota muito positiva para o árbitro algarvio. 

 

Que tivéssemos encurtado distância para o Braga. Mesmo assim, eles ainda estão cinco pontos à nossa frente, portanto com vantagem na corrida ao acesso à Liga dos Campeões.

 

 

Não gostei

 

Do horário do jogo. Continuamos a ser prejudicados face aos nossos principais adversários, novamente com uma partida iniciada às 21.15 (e o próximo Rio Ave-Sporting começará à mesma hora). O FC Porto, por exemplo, jogou às 19 horas no Funchal. É mais que sabido: os jogos com maior afluência de público são os que se realizam ao fim da tarde. Dai não surpreender que só estivessem 26.338 espectadores ontem em Alvalade.

 

Do Braga. Exibição paupérrima da turma orientada por Artur Jorge, que só uma vez (71') obrigou Adán a uma defesa apertada. É verdade que jogaram sem o melhor avançado (Vitinha, que rumou ao Marselha) e sem o melhor jogador (Ricardo Horta, que está lesionado). Mas isto não chega para explicar tão notório apagamento da equipa que segue em terceiro no campeonato.

 

Dos assobios a Pedro Gonçalves. Há coisas que não dá para entender. Uma delas foi esta: já no tempo extra, após Fatawu ter sido carregado em falta e o árbitro ter assinalado grande penalidade. Encarregado de a bater? Pedro Gonçalves, claro: é o rematador de serviço, demonstra grande confiança na marca dos 11 metros, lidera a lista dos nossos goleadores na Liga e quanto mais golos averbar mais se valoriza. Uma parte dos adeptos, sabe-se lá porquê, preferia que fosse Esgaio a marcar o penálti, mas o nosso n.º 28 - apoiado por Amorim - nem quis admitir tal hipótese. Escutou portanto uma enorme vaia, momentos antes de cumprir o castigo máximo com a eficácia de sempre. Quem o assobiou talvez até preferisse que falhasse. Cenas assim só acontecem neste "clube de malucos", como lhe chamava o outro.

Notas breves sobre o jogo de hoje

Antes de mais, grande jogo. A apreciação ficará a cargo dos especialistas do blogue.

Ste Juste é, como já defendi bastas vezes, um excelente defesa. Falta-lhe ritmo e fugir às lesões. Hoje fez o jogo todo, o que é boa notícia;

Chermiti fez uma excelente partida, com uma assistência para Edwards marcar. Esteve muito bem na luta com os "cavalões" do Braga, acho que temos jogador;

Pedro Gonçalves sem se dar muito por ele fez andar a equipa e acabou por fazer duas assistências e um golo, de penalti;

Esgaio, hoje muito acarinhado pelo público e bem, fez a melhor exibição desde que regressou ao Sporting;

A equipa esteve bem como um todo, mas Morita foi o nosso melhor, hoje. Levou o prémio de homem do jogo merecidamente;

Ao contrário, uma vez mais Trincão esteve ausente, uma parte no banco e outra fora do banco;

O marcador dos penaltis é o Pedro Gonçalves e acho que fez muito bem em marcar o penalti que deu o quinto da noite. Gostei muito que todos puxassem por Esgaio para marcar (Chermiti também se estava a pôr a jeito...), mas se pensarmos todos bem... E se o rapaz falhasse? Foi melhor assim, o jogador fica com a satisfação da ovação e do reconhecimento da sua bela exibição e Pedro Gonçalves soma mais um. Eu confesso que dei por mim a imaginar uma defesa do GR do Braga e Esgaio a marcar na recarga, também teria sido engraçado;

Uma nota e pergunta final: Porque é que não jogamos sempre com o Braga?

É dia de jogo

Já vai tarde, mas cá vai, pouco antes de pegar no carro e rumar a Alvalade.

Começa hoje a 2.ª volta da Liga, o Sporting recebe o Sp.Braga com quem empatou na ronda inaugural e goleou há poucas semanas em Alvalade para a Taça da Liga.

O mercado de Inverno ditou as suas leis, o senhores João Pinheiro e Cláudio Pereira (vale a pena ver a mensagem de Rui Santos ao putativo melhor árbitro português, mas atenção que o outro senhor é mesmo do pior que já vi com o apito na boca) também, e o Sporting vai entrar em campo sem dois dos indiscutíveis titulares, Porro e Paulinho, e sem Marsà e Jovane no banco. Essugo está lesionado.

Se no que respeita a Porro está lá Esgaio, que tem obrigação de fazer bem melhor do que o que tem feito, no que respeita a Paulinho está lá... ninguém. Pelo que, ou Rúben Amorim vai voltar ao ataque móvel que nos deu quase tantas derrotas como vitórias, ou vai dar oportunidade ao Chermiti de demonstrar que temos ali o Zicky Té do futebol. Por falar nisso, esse rapaz não pode mudar de modalidade?

Acredito que opte pela primeira hipótese pelas características dos defensores do Sp. Braga, Musrati incluído, com trocas de posição constantes que baralhem as marcações e propiciem oportunidades de golo. O problema vai ser mesmo meter a bola lá dentro antes que o Sp.Braga a meta e monte o autocarro.

 

Assim, prevejo que o Sporting entre em campo com:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Esgaio, Ugarte, Morita e Nuno Santos; Edwards, Pedro Gonçalves e Trincão.

No banco:

Israel, Nazinho (?), Tanlongo, Sotiris, Rochinha, Arthur Gomes e Chermiti.

 

Muito ainda para ganhar esta época, a começar por este jogo, que nos coloca contra a equipa que está logo à nossa frente. Só a ultrapassando poderemos chegar à seguinte, que por agora pouco interessa qual é. Jogo a jogo, posição a posição, é assim que a equipa tem de encarar o resto da temporada. 

Toda a confiança em Rúben Amorim, mas a verdade é que os reforços não vieram, apenas existiram duas substituições directas no plantel. E se o plantel era curto e desequilibrado, curto e desequilibrado ficou. 

Somos leões, vamos a eles e que desta vez a sorte nos proteja.

SL

Prognósticos antes do jogo

Jogamos outra vez a meio da semana, a um horário impróprio - sobretudo em noite de Inverno. Parece sina. Depois não admira que tenhamos níveis de afluência ao nosso estádio cada vez mais baixos.

Enfim, o que importa é isto: mais logo recebemos o Braga, a partir das 21.15. Assim começa, para nós, a segunda volta desta Liga 2022/2023. Esperemos que o jogo tenha melhor desfecho do que o Braga-Sporting que assinalou o início desta prova: fomos lá empatar 3-3. Com golos de Pedro Gonçalves, Nuno Santos e Edwards.

Na temporada anterior, o desafio disputado em Alvalade foi pior ainda: o Braga, então treinado por Carlos Carvalhal, veio vencer-nos 1-2. Dávamos assim, da pior maneira, o pontapé de saída no nosso estádio em 2022. E perdemos o campeonato por causa disso. 

Agora como será? Aguardo os vossos prognósticos.

O dia seguinte

Ontem à noite em Alvalade o Sp.Braga foi literalmente atropelado na 1.ª parte do jogo por um Sporting que finalmente teve tempo para treinar aquele quarteto ofensivo. Defesa muito concentrada, equipa sempre com o pé no acelerador, aproveitamento da largura pelos alas, os dois interiores a recuar para pegar na bola e fazer miséria na área adversária, Paulinho com ordem para rebentar com aquilo tudo, sempre com um olho na baliza e outro em Musrati.

No primeiro golo Paulinho assistiu, no segundo marcou, no terceiro Edwards foi rasteirado na área e deu penálti marcado por Pedro Gonçalves, no quarto marcou Trincão, no quinto Edwards foi de novo rasteirado na área e desta vez marcou.

Pelo meio, duas grandes oportunidades perdidas por Paulinho e Pedro Gonçalves.

Nos primeiros 45 minutos do Sp.Braga nada, coisa nenhuma. Como é que esta equipa está à frente do Sporting na Liga eu até percebo porque estive a cores e ao vivo em quase todas as derrotas do Sporting. Mas por amor da Santa, quem compara este Sporting Clube de Portugal com este Sporting Clube de Braga deve andar a abusar da bagaceira de vinho verde. Mesmo boa, mas depois não se pode confiar no que se diz.

Não é vergonha nenhuma para o Sp.Braga levar 5 do Sporting dada a diferença de capacidade entre os dois clubes. Como o não é quando o Sporting perde por números idênticos com Ajax ou Man.City, e nem me vou dar ao trabalho de pesquisar com quem Benfica e Porto já levaram cabazadas.

 

Na 2.ª parte veio a chuva, o terreno foi ficando cada vez mais pesado e as duas equipas começaram a abusar dos lances individuais, todos condenados ao insucesso. O tempo foi passando até ao final sem muito para destacar.

Enquanto o Braga foi refrescando a equipa ao longo do jogo, Rúben Amorim resistiu imenso às substituições. E a verdade é que todos os que entraram, Essugo, Arthur, Sotiris, Jovane e Esgaio, nada fizeram de registo. No caso do Jovane, o que fez foi mesmo uma sucessão de disparates.

Curiosamente, do onze inicial de Amorim, dois vieram do Famalicão, dois vieram do Sp.Braga (um via Barcelona), um veio do V. Guimarães, dois vieram do Rio Ave. Seria alguma vez isso possível há uns anos? Duvido. Mérito de quem?

 

Melhor em campo? Todo o onze inicial esteve a nível excelente, mas diria Edwards ou Paulinho. Entre os dois não sei dizer.

E agora? Ganhar ao Paços de Ferreira.

SL

Quente & frio

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Porro, um dos dínamos da nossa equipa na goleada de ontem ao Braga

Foto: Tiago Petinga / Lusa

 

Gostei muito da goleada desta noite em Alvalade. Houve manita: o Sporting fulminou o Braga por 5-0. Passámos às meias-finais da Taça da Liga, afastando a turma minhota da competição. Resultado construído ao intervalo. Com golos de Gonçalo Inácio (5'), Paulinho (7'), Pedro Gonçalves (20'), Trincão (41') e Edwards (45'+3). Um festival de futebol de ataque, com excelentes passes, recepções orientadas, assistências e golos numa partida em que todo o nosso onze titular esteve em alta rotação, exibindo intensidade e classe. Nada fácil escolher o melhor em campo: elejo Edwards por ter conquistado dois penáltis - o primeiro convertido por Pedro Gonçalves, o segundo por ele próprio - e protagonizado os momentos mais vistosos de futebol ofensivo com o seu inegável virtuosismo técnico como interior direito, marcando o compasso do nosso ataque. Também Paulinho, Trincão, Porro e Nuno Santos justificam destaque numa partida em que o colectivo leonino funcionou como raras vezes temos visto nesta temporada. Correspondendo ao apelo que aqui lhes fiz.

 

Gostei que tivéssemos terminado mais um jogo sem sofrer golos. Foi o sexto consecutivo a vencer, para duas competições: registamos 23 golos marcados e apenas um sofrido nestas partidas. Só na Taça da Liga, título de que somos detentores há duas temporadas, levamos agora o melhor registo de sempre: quatro vitórias, com 18 marcados e nenhum sofrido. Demonstração inequívoca de saúde animica da nossa equipa. Conclusão óbvia: fez-nos muito bem esta interrupção do campeonato imposta pelo calendário do Mundial. 

 

Gostei pouco da chuva muito forte que caiu ontem em Alvalade durante toda a segunda parte, prejudicando o espectáculo e contribuindo para a quebra de rendimento do Sporting, que no entanto foi superior ao Braga, sem a menor contestação, até ao apito final. Adán limitou-se a duas defesas, uma em cada parte do jogo. Não era preciso carregar mais no acelerador: o resultado estava construído ao intervalo. Também é verdade que nenhum dos suplentes esteve ao nível dos titulares: Jovane (por Paulinho, 71'), Dário (por Ugarte, 71'), Esgaio (por Porro, 76'), Arthur (por Trincão, 76') e Sotiris (por Edwards, 86').

 

Não gostei da fraquíssima assistência, com pouco mais de vinte mil espectadores nas bancadas - mas o alerta das autoridades para outra noite de temporal em Lisboa - embora sem impor a realização do jogo à porta fechada, como tinha sucedido no Sporting-Marítimo - contribuiu decerto para desmobilizar muita gente. Foi pena: esta goleada leonina merecia ter sido testemunhada por muito mais adeptos ao vivo.

 

Não gostei nada dos "olés" soltados por certos membros das claques e da habitual javardice a que alguns chamam "cânticos". Nada disto tem a ver com o espírito leonino. Alguns imbecis teimam em copiar os piores modelos. Acabam por não se distinguir deles - e talvez a intenção seja mesmo essa. Deviam todos juntar-se num recinto qualquer e entoarem os tais "cânticos" uns para os outros. Tão distantes de nós quanto possível.

É dia de jogo

E eu vou lá estar, doido da cabeça... desta vez a cores e ao vivo em Alvalade.

Estes três últimos jogos para a Taça da Liga foram importantes para recuperar a melhor condição física e psicológica e alargar o plantel "efectivo" da A através das oportunidades dadas a alguns da equipa B que demonstraram condições. Marsà e Essugo demonstraram que podem ser alternativas válidas a Coates e Ugarte, Arthur a Nuno Santos, pelo que a grande questão continua a ser a posição "Matheus Nunes".

Morita está lesionado. Mateus Fernandes teve a sua oportunidade mas é um "10" e não um "8" como Bragança. Sotiris, que recebeu o prémio de melhor jogador jovem da Grécia na temporada passada, está a ser reformatado a "6" para ganhar posicionamento e disciplina táctica com ganhos para a próxima época. Diogo Abreu sofre as consequências de não ter tido pré-época em condições e falta-lhe ainda rotatividade. Sobra... Pedro Gonçalves. Não há mais ninguém. Só adiantando Ugarte e colocando Essugo nas suas costas.

E voltamos ao mesmo, o goleador da equipa a meio-campo é um desperdício, Trincão e Edwards não têm a mesma influência lá na frente. Pedro Gonçalves não é nem de longe um Matheus Nunes, não tem a mesma força física para defender, nem para as cavalgadas que queimam linhas. O que frente a um Braga, cujo ponto forte é mesmo o meio-campo comandado por Musrati, pode ser um grande problema.

 

Amorim já veio dizer que Adán irá alinhar, pelo que o onze inicial deverá ser o seguinte:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Porro, Ugarte, Pedro Gonçalves e Nuno Santos; Edwards, Paulinho e Trincão.

No banco deverão estar Israel, Esgaio, Essugo, Arthur Gomes, Sotiris, Rochinha e Jovane.

Muito ainda para conquistar esta época. Confiança total em Rúben Amorim, confiança total nesta equipa!

SL

Bibi, o Benfica e a Casa Pia

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Para nós, sportinguistas, o jogo mais importante desta jornada é amanhã: Sporting vs. Casa Pia.

Uma vitória sobre o Casa Pia pode colocar o Sporting no terceiro lugar (empatado com o Braga) a três pontos do segundo e atirar com o Casa Pia para o oitavo lugar, uma derrota com os gansos pode significar que seja o Sporting a terminar esta jornada em oitavo. Muita atenção, portanto.

O Casa Pia que vamos enfrentar não é bem o da imagem, em vez de cultura, será mais, usura e em vez de solidariedade, será mais, negócio.

O negócio Rafa Silva, foi-me contado assim por um casapiano: "vendemos um dos nossos melhores jogadores [ao VSC] mas o americano [Robert Platek] precisava de recuperar algum dinheiro", perguntei: "Então mas o dinheiro não vai para o clube?" "Não, o americano é que paga os jogadores mas quando vende fica com o dinheiro".

Não consigo imaginar como funciona a contabilidade do Casa Pia, como não imagino como funcionava a contabilidade do Benfica no tempo de Bibi [Vítor Santos] um pato bravo que era dono de um jogador, Roger, do plantel encarnado.

Já que estamos a falar do Benfica, vamos ver o que consegue fazer logo, fará melhor ou pior que o Brugges?

Três jogos interessantes para acompanhar este fim-de-semana:

Porto vs. Benfica, hoje às 20h15

Estoril vs. Braga, amanhã às 18h00

Sporting vs. Casa Pia, amanhã às 20h30

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Ganhar ou perder

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25 de Julho de 2020.

Estádio da Pedreira, Braga; estádio da Luz, Lisboa.

Jorge Sousa, Fábio Veríssimo.

Artur Jorge vs. Sérgio Conceição; Nélson Veríssimo vs. Rúben Amorim.

Todos estes treinadores vão estar activos na próxima jornada.

Hoje interessa-me falar dessa última jornada da época de 2019/2020, um Sporting que foi impedido de ganhar ou pelo menos de empatar na Luz e um FC Porto que vencia, confortavelmente, na Pedreira, deixou o Braga virar o resultado aos 66 minutos e a partir daí, "ajudado" por Jorge Sousa, nada fez para procurar empatar o encontro.

Há atitudes que não prescrevem, a de Fábio Veríssimo, por exemplo, como escreve José Leirós: "deliberadamente de sola vai ao pé do adversário".

O Benfica devia ter jogado com dez a partir dos 20' mas isso não era interessante para a negociata que Jorge Mendes e Vieira preparavam. Em Braga cozinhava-se outro tipo de negócio, um clube que perde, deliberadamente, um jogo.

Este texto vai servir de enquadramento para aquele que preparo para amanhã; o embate entre os dois vencedores dessa jornada: Nélson Veríssimo e Artur Jorge e outras dois jogos importantes.

o título por um canudo

Estranhos os comentários à entrada de capital do Qatar no Sporting de Braga. Agora é que vai ser, agora é que o Braga vai ser campeão. Ai é? Mas também vão mudar as cenas de arbitragem, é isso? Caso os investidores do Qatar não saibam, em Portugal, ganhar campeonatos não passa apenas pelo relvado ou centro de treinos XPTO.

 

Uma coisa evidente no nosso jogo nos Açores foi termos uma arbitragem 'normal', que tratou o SCP como se fosse o Famalicão ou o Chaves, ignorando lances que - caso o SCP fosse um grande na cabeça do árbitro e do VAR - teriam sido penalti de certeza. 

Por mim, considero-os lances de futebol que podem ser ou não penalti e considero que os árbitros têm direito a erros e distrações.

Soares Dias fez uma boa arbitragem, ou pelo menos uma arbitragem normal. 

Só para esclarecer as ironias, eu não defendo arbitragens diferentes para grandes e pequenos. Prefiro, aliás, más arbitragens, arbitragens às bolinhas, arbitragens à inglesa ou à grega, DESDE QUE SEJAM IGUAIS para todos.

O Braga só será campeão com a massa do Qatar, se assim passar a ser. 

Portanto, ou bem que os comentadores de bola lusitano andam distraídos, ou bem que dizem o que outros dizem, porque não dizem o que devem dizer. 

O exemplo de Braga

O autor do lançamento de um petardo durante o jogo em Braga foi imediatamente identificado pelas autoridades, detido e será presente em tribunal. Se é assim em Braga, é muito bem. Em Lisboa, no estádio de Alvalade, episódios destes durante anos sucediam-se jornada após jornada, sempre do mesmo local do estádio, em direção ao relvado. Estranhamente, nunca vi as autoridades fazerem nada. Não deveriam tais lançamentos ser um crime público? Se não são, se alguém tem que apresentar uma queixa, por que nunca o fizeram as sucessivas direções do Sporting? Ou a Liga - que fosse? Será que teriam que ser os jogadores a apresentar queixa? Ao Rui Patrício, durante muitos anos, motivos para apresentar queixa nunca lhe faltaram.

Vitória três vezes desperdiçada na Pedreira

Braga, 3 - Sporting, 3

 

O carteiro toca sempre duas vezes. O comboio, no filme, apitou três vezes.

Nós, ontem, desperdiçámos três ocasiões para trazer uma vitória de Braga. A linha avançada, no geral, cumpriu a missão - com a excepção que não tardarei a referir. Já a defesa, tanto no plano colectivo como individual (e neste aspecto apenas absolvo Coates) esteve muito abaixo daquilo a que nos habituou.

Esta foi apenas a terceira vez em que Rúben Amorim sofreu três golos, pelo Sporting, numa partida do campeonato. É motivo para soarem sinais de alarme em Alvalade: o plantel ainda necessita de reforços. Desde logo no plano defensivo: ontem voltámos a actuar com dois jogadores fora das posições de origem e houve um terceiro (Esgaio) que esteve quase a fazer o mesmo, quando se suspeitava que o estreante St. Juste teria de abandonar o campo por lesão.

A ausência de Palhinha faz-se sentir: estamos também sem um número 6 de origem. Tanto Morita como o próprio Ugarte têm propensão mais ofensiva e menos posicional do que o nosso ex-médio agora lançado na Liga inglesa. A ausência desse ferrolho incentiva as movimentações ofensivas adversárias e torna mais complicado o trabalho à retaguarda.

E é cada vez mais urgente a vinda de um n.º 9. Já sem Tiago Tomás, já sem Jovane, já sem Tabata (que estaria a ser trabalhado para avançado-centro), com Slimani remetido à equipa B e Rodrigo Ribeiro ainda demasiado inexperiente para ser presença habitual na nossa frente de ataque, não é possível termos aspirações ao título contando apenas com Paulinho como pivô ofensivo.

Sobretudo o Paulinho deste jogo em Braga, que foi inexistente.

 

Tudo isto para salientar pontos negativos. Nem poderia ser de outra forma, tendo começado esta Liga 2022/2023 já em desvantagem face a FC Porto e Benfica, que golearam nas respectivas partidas, muito mais fáceis por serem em casa e perante adversários de nível muito inferior.

A comparação é também pouco lisonjeira face à Liga 2021/2022: nessa altura vencemos na Pedreira por 2-1. 

Quanto aos reforços, Morita merece o maior destaque pelo seu desempenho: surgiu como titular, fazendo parceria com Matheus Nunes, e promete ser uma das figuras deste campeonato. Francisco Trincão - também ontem titular - está ainda longe de mostrar o seu valor. St. Juste, que só entrou aos 60', teve apontamentos de qualidade. Oxalá esteja no plano físico tão bem como parece estar no plano técnico.

Também Rochinha merece elogio. Jogou poucos minutos mas foi quanto bastou para construir todo o lance do terceiro golo, oferecido a Edwards. A melhor jogada individual do desafio.

 

Outros pontos positivos? Matheus Nunes voltou às boas exibições: foi ele a criar o nosso primeiro golo, aos 9', isolando Porro que serviu Pedro Gonçalves; foi ele também a fazer a assistência para o segundo, de Nuno Santos, com um passe cruzado de longa distância e alta precisão. 

Também positivo é haver vários jogadores com vocação para a meter lá dentro. Ontem foram três, contribuindo para o excelente espectáculo futebolístico em Braga proporcionado por duas equipas com vocação ofensiva, sem momentos mortos nem antijogo. Parecia quase um desafio da Liga inglesa. Teria sido perfeito, para nós, se soubéssemos gerir a vantagem que mantínhamos até ao fatídico minuto 88. 

Usando outra metáfora: o pássaro esteve três vezes na mão. Mas em todas permitimos que voasse lá na Pedreira. 

E nunca há segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão.

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Voltou refeito do problema físico que chegou a assustar. Fundamental para evitar golo a Vitinha (90'+3) que seria um pesadelo para nós.

Gonçalo Inácio - Desconcentrado, somando erros de posicionamento e falhas de intercepção da bola. Não melhorou quando passou da direita à esquerda.

Coates - O melhor do nosso reduto defensivo. Fez até de improvisado guarda-redes, com Adán fora da baliza, num lance que seria anulado.

Matheus Reis - Intranquilo como central à esquerda, incapaz de fazer a diferença na saída de bola. Tem responsabilidades nos dois primeiros golos.

Porro - Dinâmico na ala direita, começa a época a assistir para golos com um centro milimétrico que Pedro Gonçalves converteu. Aos 65', atirou ao poste.

Morita - Precisão no passe, olhar sempre atento ao posicionamento dos colegas, capacidade de movimentar a bola. Estreia promissora de verde e branco.

Matheus Nunes - Após uma pálida pré-temporada, foi o melhor em campo. Com participação em dois golos, assumindo-se como patrão do meio-campo.

Nuno Santos - Fez um golo, o segundo, de levantar o estádio num disparo acrobático aos 18'. Grande cruzamento aos 29', infelizmente sem sequência.

Trincão - Outro estreante oficial com a verde e branca. Tentou ser útil, sem conseguir. Incapaz de criar desequilíbrios ou de jogar com eficácia.

Pedro Gonçalves - Após sete golos na pré-temporada, voltou a fazer o gosto ao pé, logo aos 8'. Precisamos dele como há dois anos, quando fomos campeões.

Paulinho - Incapaz de criar diagonais para desposicionar a defesa, só rematou uma vez - e muito por cima. Inoperante, inofensivo. Destaque pela negativa.

Edwards - Substituiu Paulinho aos 60'. Não brilhou, mas marcou um golo. O nosso terceiro, aos 83'. Cumpriu, portanto. 

Ugarte - Rendeu Morita aos 60'. Substituição algo estranha, pois o japonês estava a ser um dos melhores. Desta vez o uruguaio não se destacou.

St. Juste - Terceira estreia oficial, como central à direita. Venceu lances aéreos e mostrou bom toque de bola. Inicia o nosso terceiro golo.

Rochinha - Outro estreante, em campo desde os 84', substituindo Trincão. Mais útil, mais eficaz, mais combativo. Assiste no terceiro golo, inventado por ele.

Esgaio - Entrou para o lugar de Porro, aos 84'. Perdeu um duelo junto à linha ao ser ultrapassado por Álvaro Djaló. Custou-nos dois pontos.

Dois pontos perdidos...?

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Ou um ponto ganho. No final e depois de Porto e Benfica por lá passarem, em Braga, faremos as contas.

O certo é que assistimos a um excelente jogo de futebol e disto é que o campeonato precisa, gente a jogar para a frente, sem rodriguinhos, procurando metê-la lá dentro.

Se a nossa, segundo os sites que valoram os jogadores mas não fazem transferências, é a equipa mais valiosa do campeonato, o Braga de hoje foi muito mais valioso em competência. Ou melhor, foi menos incompetente.

Passo a explicar: Os nossos golos saíram de três jogadas de excelência, sem quaisquer culpas a atribuir aos jogadores bracarenses, três golos dignos de figurar, aposto, nos melhores da Liga que agora começou. Já os golos dos da casa saíram de abordagens incompetentes dos nossos jogadores Gonçalo Inácio, Matheus Reis duas vezes e Ricardo Esgaio, permitindo golos fáceis aos jogadores adversários.

Não gostei que Paulinho e Trincão tivessem ficado na Mealhada a tratar do leitão para o jantar, sempre poderíamos ter jogado com onze, mas quando o Edwards marcou o terceiro eu até pensei em ir pedir um cilício ao Mota Amaral para me penitenciar dos nomes que, cá para mim, lhe chamei quando ele mandou sair o Morita e depois o Porro. A saída do Porro então foi tão incompreensível que nem o Adan percebeu e anda lá dentro...

Quanto aos demais, o "Justo", à falta de melhor será dono daquele lugar onde entrou hoje, para impedir a entrada de Esgaio e que Matheus Reis jogue a central, só isso será meio caminho andado; O Pedro Gonçalves anda de pé afinado e o Paulinho foi a nulidade do costume no capítulo da finalização e nem na tão propalada e badalada especialidade de confundir os adversários (e a ele próprio as mais das vezes) hoje esteve ao nível do costume; Trincão veio mostrar aquilo que todos nós pensamos, alguns dizem e outros não querem ou têm vergonha de dizer, é mais um extremo e "disso" já cá tínhamos em barda.

O Melhor em campo, Matheus Nunes, jagós* por adopção, não deve acabar o mês no Sporting, para mal dos nossos pecados.

Como eu sou como os ciganos, não gosto de ver bons princípios (eles aos filhos, eu ao Sporting), que assim, se a coisa não correr bem, a azia não será tão forte.

De qualquer forma ainda a procissão vai no adro, vamos lá continuar a repicar os sinos. Até ao foguetório de artifício, ou até que o páleo caia em cima do cura...

 

* Jagós - Natural da Ericeira

O dia seguinte

O Sporting desperdiçou ingloriamente em Braga a oportunidade que teve de conquistar os 3 pontos, três vezes esteve em vantagem no marcador, três vezes consentiu o empate, a segunda mesmo a terminar a 1.ª parte, a terceira a poucos minutos do fim do jogo.

Foi o tal jogo "electrizante" de grande espectáculo, mas também de sofrimento para os adeptos dos dois lados, com um Sp. Braga sempre perigoso num futebol intenso e directo, uma arbitragem de nível elevado, VAR incluído, alias extraordinário para o nível dos apitadores "de lentes azuis" de Porto e Braga, os Soares Dias e os Pinheiros.

Mais do que por questões tácticas, porque o jogo depressa se partiu e os ataques alternavam, ele foi muito marcado pelos desempenhos individuais, e no Sporting demasiada gente esteve muito aquém do que pode e deve render, a começar num desinspirado Paulinho e a acabar num St. Juste ainda ao "pé coxinho". 

Por outro lado, se a defesa que entrou em campo esteve mal, Porro-Inácio-Coates-Matheus Reis-Nuno Santos, com dois golos a acontecerem nas costas de Matheus Reis, aquela que acabou, Esgaio-St.Juste-Coates-Inácio-Matheus Reis esteve ainda pior, o último golo é mesmo daqueles que não se pode sofrer. Lances de ataque daqueles teve o Sporting três ou quatro e em todos a defesa do adversário soube parar o centro.

Valeu Adán, safou dois golos, o primeiro pondo fora de jogo o atacante contrário e o segundo impedindo o chapéu do atacante do Braga ao cair do pano, mesmo incorrendo em duas asneiras no passe, uma à queima para Inácio, que perdeu a bola para o adversário, outra para um Porro que passeava pela lateral pelo lado de fora dado ter sido substituído...

O meio-campo (Morita, Matheus Nunes, Ugarte) esteve bem, soube destruir e construir, mas nota-se a falta de Palhinha nas duas áreas de rigor.

Os interiores (Pedro Gonçalves, Trincão, Rochinha, Edwards) fizeram as despesas do ataque e com Nuno Santos marcaram os três golos.

O ponta de lança... não existiu. Eu, que sempre defendi e continuarei a defender Paulinho face a críticas que julgo injustas e desprovidas de sentido face ao modelo de jogo de Amorim, HOJE não consigo. Esteve muito mal e a prova disso é que o Musrati foi o melhor em campo do lado do Braga. 

Por outro lado, o ponta de lança, quer seja Paulinho, quer seja Edwards, ou seja quem for, é estruturante para a tomada de decisão no processo ofensivo, quem tem a oportunidade de passar ou centrar tem de saber para quem e para onde. Trocar um por outro, jogadores de características completamente distintas durante o jogo, não acho que seja a melhor opção, de calhar atrapalha mais a própria equipa do que a do adversário. Muitas vezes se assitiu aos alas e médios sem saber bem o que fazer frente à área.

Por isso muito bem esteve Rochinha. Entrou com poucos minutos para jogar, soube tomar a melhor decisão naquele contexto de entrada na área com a bola dominada, e do quase nada surgiu o golo.

Melhor em campo? Matheus Nunes pelas duas assistências para golo no primeiro tempo, embora pouco relevante no processo defensivo.

Enfim, pior mesmo que o resultado foi mesmo a sensação de descontrolo e de incapacidade de respeitar a matriz que fez do Sporting campeão, uma grande segurança defensiva, a quase certeza de terminar com os 3 pontos quando nos apanhamos a ganhar a poucos minutos do fim.

Disse Amorim: "Temos de ser uma equipa mais adulta." Bom, então a solução mais óbvia é reforçar a equipa com... adultos. Tudo o resto é colocar em cima dos seus ombros uma responsabilidade que não lhe compete. Os miúdos precisam de tempo e de oportunidades nos momentos certos para crescer e têm um papel essencial num plantel equilibrado do ponto de vista etário, e já agora também em termos de kgs e cms.

Disse o treinador do Sp. Braga qualquer coisa que tinha a ver com o resultado do jogo com um rival. Mas qual rival? O Sp. Braga jogou com o V. Guimarães ou com o Rio Ave? Vai dizer a mesma coisa quando jogar com o Benfica e Porto? Já agora, e se não fosse pedir muito, podia fazer por ganhar os jogos respectivos da mesma forma que fez para ganhar a uma equipa doutro nível que um clube regional como o Sp.Braga claramente não tem. Já agora o Porto e o Benfica vão pagar o IVA pelas contratações com prazos a perder de vista lá no clube regional ou ficam isentos?

Concluindo, se realmente foram 2 pontos ingloriamente perdidos, contra o mesmo Braga na época passada perdemos 3. Isto não é como começa, é como acaba: confiança total em Amorim para fazer e ajudar a fazer as correcções adequadas.

 

PS: Desde há muito acompanho o Ricardo Esgaio, como extremo direito foi o melhor marcador da melhor equipa B de sempre, depois andou a penar com Jorge Jesus e em Braga chegou a um patamar muito razoável. Se é verdade que neste regresso ao Sporting ainda não tivemos o melhor Esgaio, que assiste e marca, também é certo que veio da Nazaré muito novo para Alcochete e sempre deu o máximo pela camisola verde e branca. Ontem não entrou bem no jogo, mas merece o apoio de todos os Sportinguistas e o completo repúdio para com a escumalha que o foi insultar para as redes sociais. Onde vai um vão todos, e a pior coisa que podemos fazer é andar em campanhas de tiro ao alvo a este ou aquele jogador que veste a nossa camisola.

SL

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

De ver o Sporting por três vezes em vantagem neste nosso jogo de estreia da Liga. Em Braga, contra a equipa minhota, adiantámo-nos sempre no marcador. E bem cedo, logo aos 9', por Pedro Gonçalves. Depois, por Nuno Santos, aos 18'. Finalmente, por Edwards, aos 83'. O problema é que sofremos outros tantos golos - aos 14', aos 45'+1 e aos 90'+3. Que fixaram o 3-3 como resultado na Pedreira.

 

De Matheus Nunes. O melhor em campo, sobretudo pelo que fez na primeira parte. É ele a desenhar o grande primeiro golo, que teve início nos seus pés (e na sua cabeça), é ele a assistir para o segundo, que Nuno Santos marcou de forma espectacular. Foi também ele a criar vários desequilíbrios no meio-campo interior, parecendo já combinar bem com Morita. Menos influente no segundo tempo, mas ainda assim a merecer destaque.

 

De Morita. O japonês que veio do Santa Clara é reforço, sem aspas. Estreante em jogos oficiais pelo Sporting, formou linha no meio-campo com Matheus, cabendo-lhe mais acções de apoio à defesa, que cumpriu sem mácula. Boa visão de jogo, precisão no passe, segurança na manobra ofensiva, algumas recuperações de bola.

 

De Pedro Gonçalves. Não fez uma partida brilhante, mas estava lá, no momento certo, e não falhou. À ponta-de-lança, convertendo o nosso primeiro golo, em posição frontal após centro milimétrico de Porro. Com este, já soma 37 em desafios do campeonato vestido de verde e branco. Apetece perguntar se não pode ser ele o avançado-centro que nos falta.

 

De St. Juste. O defesa holandês estreou-se enfim aos 60', saltando do banco. Depois de falhar, por lesão, quase toda a pré-temporada. Percebe-se que tem bom jogo aéreo e é competente a sair com a bola controlada. Foi ele a iniciar, num passe longo, o lance do nosso terceiro golo. Ainda assustou, ao cair mal numa dividida, mas manteve-se em campo. Percebe-se que será ele o titular da posição como central à direita.

 

De Rochinha. Entrou aos 76', ainda a tempo de protagonizar a melhor jogada individual do desafio. Pegou na bola, galgou terreno driblando toda a defesa braguista e assistiu para Edwards encostar: era o 2-3. Resultado que devíamos ter trazido do Minho. Infelizmente ainda sofremos um golo à beira do fim.

 

Dos regressos de Adán e Ugarte. Ambos vindos de lesões, mostraram estar recuperados. Melhor o guarda-redes espanhol, sem culpa nos três sofridos e roubando aos 65' um golo a Rodrigo Gomes e outro a Vitinha mesmo ao cair do pano, do que o médio uruguaio, que Rúben Amorim fez entrar só aos 60' e teve uma exibição algo apagada, longe daquilo a que nos habituou noutros encontros.

 

Da primeira parte. Terminou 2-2, mas fomos superiores nesses 45 minutos iniciais, apesar dos erros defensivos cometidos. Por cansaço físico de vários jogadores e alguma instabilidade táctica (apenas dois, Coates e Matheus Nunes, terminaram nas posições em que começaram o jogo), consentimos alguma superioridade ao Braga no segundo tempo. E perdemos dois pontos por via disso.

 

Do espectáculo. Este Braga-Sporting, com emoção do princípio ao fim, perante mais de 17 mil espectadores ao vivo, foi um excelente veículo de promoção do futebol. De longe o melhor desafio desta primeira ronda da Liga 2022/2023. Com tudo quanto exigimos a uma competição da modalidade, ao nível dos grandes encontros dos melhores campeonatos europeus.

 

 

Não gostei

 

Dos três golos sofridos. Em comparação com os dois anteriores campeonatos, parecemos ter perdido o nosso maior trunfo: o equilíbrio defensivo. É verdade que começámos o jogo com dois defesas adaptados (Gonçalo, que é canhoto, actuou como central à direita e Matheus Reis, lateral de origem, foi central à esquerda), mas isso não explica que tenhamos desperdiçado três momentos de vantagem no marcador e sofrido dois golos na sequência de bolas paradas. Algo capaz de comprometer as aspirações de uma equipa que luta pelo título.

 

De Paulinho. Uma nulidade. Parado, sem iniciativa, sem dinâmica, incapaz de abrir linhas de passe ou incomodar os defesas adversários. No único remate que tentou, aos 22', rematou muito por cima. Aos 32', perdendo um lance limpo com Sequeira, atirou-se para o chão em zona frontal à baliza, simulando falta - mau hábito que tarda a perder. Saiu só aos 60', mas devia ter ido ao duche logo ao intervalo.

 

De Gonçalo Inácio. De vez em quando tem prestações desastradas. Foi o caso desta, tal como sucedera no Sporting-Braga da Liga anterior. Displicente na reposição de uma bola, aos 33', deixou um adversário roubar-lha em zona proibida, gerando um golo do Braga que acabou anulado por posição irregular em momento posterior. Aos 54' deixou Ricardo Horta movimentar-se à vontade na grande área, gerando outra situação iminente de golo. Já no lado esquerdo, após a entrada de St. Juste, perde novamente a bola, aos 66'. Quase nada lhe saiu bem.

 

De Matheus Reis. Fez duas posições: primeiro como central à esquerda, depois junto à linha, onde se sente mais à vontade. Permitiu a Banza movimentar-se à vontade no golo inicial do Braga e falha marcação no segundo. Há dias assim: desta vez tocou-lhe a ele.

 

De Trincão. Promete muito, mas ainda mostra pouco. Nesta sua partida inicial pelo Sporting, para competições oficiais, foi somando fintas inconsequentes e passes falhados nas acções ofensivas. Foi dos raros jogadores que melhoraram a exibição já perto do fim, quando actuava como extremo-direito. Mas insuficiente para merecer nota positiva.

 

De Esgaio. Entrou aos 84', rendendo Trincão. Quatro minutos depois, junto à linha direita da nossa zona defensiva, perdeu um duelo individual com Álvaro Djaló, recém-promovido da equipa B braguista. Desse lance em que foi incapaz de travar o extremo adversário nasceu o golo que selou o resultado e nos custou dois pontos. 

 

Das saídas de Morita e Porro. Um aos 60', outro aos 76'. Não percebi. Estavam a ser dois dos melhores em campo. E não davam sinais de exaustão ou debilidade física.

 

De perder dois pontos logo a abrir. Em comparação com os nossos rivais, que golearam nos respectivos jogos, ambos em casa, já levamos dois de atraso. E também na comparação com a nossa prestação no campeonato anterior, quando vencemos o Braga por 2-1.

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