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És a nossa Fé!

História

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O Futbol Club Barcelona foi fundado em 1899 por um grupo de suíços, ingleses e catalães liderados por Joan Gamper. Seis anos antes tinha nascido o Fussball Club Basel, do qual Gamper foi futebolista e capitão. Quando chegou a altura de criar um clube na Catalunha, Gamper escolheu para o Barcelona as cores do seu anterior clube. 

 

Tudo ao molho e FÉ em Deus - BATman e SuperMAT

O "poeta" romeno Ovídio (Hategan), apitou com metamorfoses, sensível ao mito de "més que un club", lema do clube catalão. 

Com uma profusão de cartolinas amarelas distribuidas apenas à equipa leonina (6 até aos 58 minutos), O(v)ídio condicionou a possibilidade de o futebol do Sporting vingar, na medida em que, quebrando ramos importantes, retirou vigor à árvore germinada por Jorge Jesus.

Perdemos, é certo, mas em Alvalade apareceu um vigilante (a Messi), um agressivo e intenso argentino com ritmo de tango que num compasso binário, sempre acima e abaixo no relvado, criou a ilusão de que tudo ainda era possível, sempre sem cometer faltas (à atenção da cartilha), de forma a não se sujeitar ao apertado (para nós) critério do médico (é verdade!!!) romeno, evitando que este lhe "tratasse da saúde" . Chamam-lhe Batman, mas a sua verdadeira identidade é Battaglia. Rodrigo Battaglia. A seu lado não estava Robin, mas sim Supermat, ou melhor Mathieu, Jeremy Mathieu, um gaulês também habituado às danças de salão - não tivessem elas sido criadas na corte do rei Luis XIV, em França - que nas ausências de Battaglia soube dançar a par com Messi. Os nossos super-heróis dinamitaram o passe-repasse do Barça, o célebre tiki-taka, com uns últimos 15 minutos de vertigem que quase conduziram a equipa à igualdade. 

E foi quase, porque o nosso homem-golo da época passada, o holandês Bas Dost, é agora um homem dado às causas humanitárias: assiste aqui, assiste acoli, e acaba por não concluir a missão para a qual foi contratado. Espera-se que não acabe no "crescente" Vermelho. Lagarto, lagarto!!!

Além destes, aqui e ali emergiu o talento de Bruno Fernandes. Que grande jogador! E Ruuuuuuuui, Rui Patricio, que manteve inviolável a sua baliza às investidas culés, apenas traído por um desvio infeliz e imerecido de um companheiro, no caso Sebastián Coates.

 

Os nossos jogadores:

 

Rui Patricio - E quando todos falham, eis que aparece Rui Patricio. Foi assim já na parte final do jogo quando Paulinho lhe apareceu isolado pela frente e Rui o convidou a "arrumar as botas", característica que não espanta num Paulinho e que, aliás, é sobejamente conhecida, apreciada e estimada no nosso balneário e pelos adeptos.

Nota: Sol

 

Piccini - Os quadrinhos da Marvel são muitas vezes "dark" e preenchidos com motivos dramáticos. O italiano é o relâmpago que ilumina a noite escura e incrementa a tensão e o suspense. De facto, por vezes, tem lampejos de grande jogador. Ontem à noite, durante a primeira parte, teve mais um desses momentos quando irrompeu pela direita e, à falta de oposição à altura, flectiu para o centro e fez saír do seu pé esquerdo um trovão sob a forma de um remate que assustou Ter Stegen.

Nota: Sol

 

Coates - Ao melhor estilo de um outro sul-americano, Anderson Polga, teve a infelicidade de ser a carambola final de uma brilhante tacada bilharistica (versão snooker) que envolveu dois outros jogadores até atingir a rede. Mais tarde, iniciou um conjunto de fintas à saída da sua área que acabariam por isolar um jogador catalão, felizmente sem consequências. No restante tempo, assistiu com deleite à exibição do seu colega do centro de defesa e resolveu bem o (pouco) que sobrou.

Nota:

 

Mathieu - Um tirano, na maneira como "tirou o pão da boca" do franzino Messi. Não se faz! A verdade é que o francês tem aquela qualidade extra(sensorial) que lhe permite adivinhar o momento ideal para o "tackle", o timing certo de entrada na bola. Além disso, é um metrólogo, um cientista da medida do comprimento ou não tivesse  o sistema internacional de medidas sido criado em França, na época da Revolução Francesa. Ele bem avisou antes do jogo: dar 1 metro a Messi. E não lhe concedeu nem mais um centímetro.

Nota: Si

 

Fábio Coentrão - Começou nervoso, desperdiçando com uma ingenuidade juvenil algumas jogadas promissoras de ataque do Sporting. Assim continuaria pelo tempo fora, exceptuando o minuto que perdeu, com o jogo a decorrer, a apertar os atacadores, missão que cumpriria com uma calma olí­mpica e, lá está, mais uma vez com a eficiência de uma criança de 2 anos de idade. Salvou a sua prestação com um corte providencial a evitar um golo certo. Pareceu aliviado quando o árbitro o avisou de que para a próxima iria para a rua. Jesus antecipou-se e fez-lhe a vontade e ficámos a jogar com 10, melhor, com 9 porque simultaneamente saiu Acuña (outro amarelado). Entraram 2 placebos, figurantes de uma peça encenada para outros actores, que pelo menos criaram a ilusão no adversário de que a equipa estava completa em campo.

Nota:

 

William - Como sempre, muito agradável à vista, pormenores de grande técnica, mas roubar bolas aos catalães, "bola". Pareceu jogar ligeiramente adiantado em relação a Battaglia, ao estilo de Adrien, mas sem a intensidade do ex-capitão. Este, aliás, foi sempre o problema do jogo do Sporting: equipa bloqueada pelo medo, pelo mito culé, a jogar mais na expectativa, com pouca iniciativa. Na parte final do desafio ou trocou de posição com o argentino, ou este, dotado de uma mudança a mais na caixa de velocidades em relação aos restantes companheiros, o ultrapassou vertiginosamente nos movimentos atacantes. Ainda assim, apareceria a receber uma assistência de Bas Dost (quem mais...), concluida com um "drop" ao melhor estilo do rugby do País de Gales.

Nota:

 

Battaglia - A quem estava à espera de ver a Ópera de Barcelona, Battaglia respondeu com solos de Bombo Leguero, instrumento de percussão argentino de longo alcance (até 5 km) - produzido a partir de um tronco de árvore oco, a tal que o O(v)í­dio corroeu - que certamente foi ouvido do outro lado da 2ª Circular (pelo menos umas 5 vezes). A sua segunda parte tornou o jogo culé mais confuso e desordenado. A mess(i), como diriam os britânicos. É a alma, o coração e o pulmão da equipa, o que nunca se rende, nem se ajoelha, esta última talvez a única razão plausível para Jesus não o ter posto de início no sábado, no jogo disputado numa vila de cónegos.

Nota: Si

 

Bruno Fernandes - A variar flanco, a rematar de primeira, a rendilhar e pôr filigrana no jogo leonino, Bruno mostrou que esta é a sua casa. Refiro-me não só a Alvalade, mas também à Champions, pois claro. Um jogador de eleição! Parece muito fatigado, a viver mais da garra e da genica do que do pulmão. Pode ser que Battaglia lhe possa emprestar um dos vários que tem a mais...

Nota: Sol

 

Gelson - A sua velocidade de execução peca por ser maior do que a velocidade do seu pensamento. Isso gera alguma anarquia nos seus movimentos, por vezes precipitados, erráticos e inconsequentes. Mas, quando tudo se equilibra, vemos o melhor de Gelson: o desequilibrio, a esquiva, o estilo enganador, tudo qualidades que deixam dúvidas nos adversários. Está longe do seu melhor - ainda que a sua condição actual esteja anos luz acima da de qualquer pretendente ao lugar -, aparentando muito nervosismo, com menos poder de finta, pelo que se recomenda que passe a entrar em campo com dois Lexotan no "bucho", panaceia que certamente lhe retirará tanta sofreguidão.

Nota:

 

Doumbia - Durante a primeira parte foi a carraça nas pernas dos competentes defesas catalães, sempre seguros a passar a bola à saída da sua área. Aos 40 minutos, confundiu Umtiti com dois Titi e acertou num deles. Recebeu um amarelo. De seguida, sugestionado pela saga dos companheiros super-heróis, ensaiou um vôo que terminaria numa saída pela porta pequena, de maca, que isto de heroísmos não é para quem quer, é para quem pode.

Nota:

 

Acuña - Não se percebe, mas a existência de Coentrão talvez o explique, porque teve tão pouca bola na primeira parte, visto que quando a teve mostrou ser o único lá da frente a conseguir segurá-la e tirar centros. O Muro impôs a sua robustez física e bateu-se de igual para igual com qualquer defesa catalão. Saiu exausto, desgastado por muitas desmarcações vãs, pois a bola raramente lhe chegava.

Nota: Sol

 

Bas Dost - Perante tanta bondade, beneficiência, humanidade, magnanimidade, compaixão e altruísmo da sua parte, assiste-me dizer que ou começa a "dostar" ou vai provar da malvadez, ruindade, maldade, malevolência, maledicência e egoí­smo das bancadas de Alvalade. Anda uma pessoa a criar um verbo para isto...

Nota: Mi

 

Jonathan Silva - Jesus decidiu simultaneamente trocar todo o flanco esquerdo e a coisa não teve o efeito desejado: ofensivamente, nada a registar; defensivamente, deixou buracos sabiamente compensados pela destreza da dupla Bat&Mat.

Nota: Mi

 

Bruno César - Ao brasileiro aplica-se o mesmo que foi dito acima em relação a Jonathan, exceptuando ter dado a sensação de já ter entrado cansado e, por isso, ter passado mais tempo deitado na relva. Numa dessas "investidas" para o chão ainda ganhou um livre nas imediações da área, o que constituiu a última réstia de esperança dos adeptos leoninos.

Nota: Mi

 

Tenor "Tudo ao molho..." (melhor em campo): Rodrigo Battaglia, a.k.a, Batman.

 

sportingbarcelona1.jpg

 

O mistério Bas Dost

Já lá vamos.

 

Antes quero dizer que já vejo futebol há mais de 50 anos e há 40 em Alvalade e que no nosso estádio nunca vi uma arbitragem do calibre da de hoje. O artista do apito inclinou de tal forma o campo que se correu o risco de a baliza do Barça chocar com a do Patrício. A meio da primeira parte, metade da nossa equipa estava já condicionada com amarelos, numa gritante dualidade de critérios que favoreceu claramente o Barcelona. Atitudes deste tipo levam-me a questionar o que estará por detrás disto tudo. Dinheiro? Favores? Apostas? (cartão amarelo a este, àquele e aqueloutro, p.e.) O que é verdade é que o árbitro não descansou enquanto os catalães não marcaram. Depois foi um anjinho. A investigar, se a UEFA quiser, mas creio que não quer e esse é o problema.

 

Vamos lá então a Bas Dost: Alguém diz ao rapaz que a posição dele em campo é a de ponta-de-lança e que a missão do jogador nessa posição é rematar à baliza, mesmo dos locais menos previsíveis (os que dão os grandes golos) e melhor, quando se está na cara do guarda-redes? Com a "assistência" para Bruno Fernandes quando deveria ter rematado para a baliza, como era sua obrigação, Bas Dost que ultimamente tem abusado deste tipo de lances, poderá ter roubado um ponto e 0,75M€ ao Sporting. Poderia ter falhado, pois podia, mas só se falha tentando e Bas Dost, que entrou para o lugar de Dumbia, lesionado, não acrescentou nada ao jogo. Como não acrescentou Bruno César, que não é hoje o jogador de há um ano.

 

O Sporting emperrou hoje a "máquina de guerra" catalã, e Jesus tem muita "culpa" no cartório, tendo montado muito bem o esquema táctico e escolhendo bem as pedras para os lugares. Esqueceu-se de alguns pormenores, quanto a mim: Podence e Iuri Medeiros, que poderiam ter feito melhor que Dost e César. Não poderia prever o show de apito e cartões por parte do artista romeno e isso ajudou a tramá-lo.

Apesar de tudo demonstrámos que temos uma equipa valorosa e que enfrentou uma das melhores equipas do Mundo de olhos nos olhos, sendo que o resultado é de todo injusto.

 

Uma última palavra para Coates: Rapaz, tu és grande, mas não és grande coisa quando queres inventar ali em frente ao Rui. Deixa-te disso e quando não souberes o que fazer com a bola, alivia, como se dizia nos jogos da distrital.

 

Quanto ao grupo, estiveram quase todos bem, com um ligeiro ascendente de Bataglia. O pior em campo foi o Sebastian Dost.

Um pedido para logo. Ou dois. Vá lá, três.

Primeiro pedido: Que "O Mundo Sabe Que" seja cantado no ritmo certo. Há jogos em que parece que os adeptos estão com pressa e corre sempre mal...

Segundo pedido: Que não se assobie e apupe o hino da Liga dos Campeões (soube-nos bem os 15 Milhões)...

Terceiro pedido: Que não assobiemos os nossos. Vai ser muito complicado mesmo com todo o nosso apoio, se alguns assobiarem, então...

 

E era só isto por agora.

Confronto de escolas

O embate de hoje à noite colocará frente a frente duas das melhores escolas de futebol do mundo. Ideal seria ter também o Ajax no grupo para se ver o que melhor se faz em termos de formação, na Europa. De um lado, a Academia de Alcochete (irmã mais nova e vistosa das escolas de formação do Sporting) e de outro, a mítica La Masia. Nos onzes previsíveis, entrarão em campo, pelo Sporting, três homens – Patrício, William e Gelson – formados na Academia e seis – Piqué, Alba, Busquets, Iniesta, Messi e Deulofeu- formados em Barcelona. No plantel do Sporting moram um total de oito futebolistas formadas nas escolas do clube. Igual número de meninos da La Masia integra o plantel do Barça.

Claro que ao longo da história dos dois clubes há diferenças gigantescas. A partir dos anos 90, o Sporting tornou-se incapaz de segurar os seus craques, à falta de capacidade económica e sobretudo de não jogar numa das ligas de topo do futebol europeu. Seria impensável manter nos quadros homens como Ronaldo, Figo, Nani, Moutinho, Simão ou Quaresma, mesmo que alguns tenham acabado por fazer carreira em Portugal, pelos rivais. Já o Barcelona não tem grandes problemas em manter Messi, Iniesta e outros craques, vendendo apenas quem quer (salvo raras exceções). Esta situação confortável permite que os miúdos formados na academia local cresçam com os ensinamentos do bom futebol e que o possam aplicar de imediato, assim que chegam à equipa principal.

Mas, se pensarmos no panorama do futebol nas últimas duas décadas, o Sporting formou os bolas de ouro Ronaldo e Figo, para além de monstros como Futre e outros já citados. O Barcelona acabou de formar Messi e deu ao mundo a fabulosa dupla Xavi-Iniesta. Não me parece que percamos com a comparação.

No que toca a negócios entre os dois clubes, o Sporting foi vendendo, nos últimos anos jogadores ao Barcelona. Simão Sabrosa e Ricardo Quaresma saíram para Camp Nou. Percurso inverso fizeram homens como Rochemback, Jeffren e já este ano, Mathieu.

Devido ao seu belo trabalho nas camadas jovens, ambas as equipas municiam as suas seleções. Piqué, Xavi e Iniesta foram chave das conquistas espanholas em 2010 e 2012, como Patrício, Fonte, William, Ronaldo ou Nani o foram no Euro 2016.

Há algumas semelhanças entre os dois gigantes mas bem sabemos que o poderio económico do Barcelona e a inclusão numa das mais poderosas ligas do mundo fazem a balança pender para o Barça. O que não nos impede de sonhar com um bom resultado e com golos que podem ter sido aprendidos em qualquer escola do mundo.

Três seguidas

Em oito dias os nossos rapazes (para quem ainda não se deu conta, os melhores jogadores de futebol do Mundo) vão ter três possibilidades de se realizarem em pleno. Que não lhes faltem as forças, que três seguidas, não sendo nada de extraordinário para rapazes de vintes com sangue na guelra, será mister de grande proeza, dada a valia das adversárias, ainda que uma delas seja uma velha senhora, de quem, pela experiência e ratice, não será de esperar facilidades no escancarar das partes baixas; Aliás é até bastante conhecida pelo seu desempenho na defesa das bolas adversárias, roubando-lhe até a iniciativa, fazendo demorar o acto até ficarem por cima e vencerem o adversário por exaustão.

Sendo necessário um desempenho perfeito nestas três sortidas, parece-me que a catalã, que agora está um pouco em convulsão e talvez até irritadiça, apesar de estar no melhor lugar em Espanha, quererá talvez alguém que lhe afague o colo e lhe faça um cafunézinho. É apanhá-la distraída e zás, toma lá disto! Uma ou duas lá dentro, que é para verem de que raça são feitos os lusitanos! Isto se a Pulga que usam atrás da orelha não lhe der para "parvar" e começar  a ir dentro-e-fora, dentro-e-fora e dê cabo do vigor dos nossos meninos e da sua retaguarda, levando Patrício a apanhar com elas a torto-e-a-direito.

A do Porto, que vai à frente, tem que ter cuidado porque a carruagem da frente nestes comboios costuma ser complicada e tem também uma jornada tripla (não confundir com tripa, p.f.), pelo que me parece que todos os esforços, não descurando o piscar de olho às estrangeiras, devem estar centrados nesta equipa, que neste momento me parece de fácil conquista. Esteja o desempenho dos rapazes ao seu melhor nível e parece-me um affair para facturar o pleno.

Temos portanto possibilidade, remota é certo, de fazer nove pontos, mas eu já me dava por satisfeito com cinco, ou mesmo quatro, desde que violasse a do norte no próximo Domingo, dia do Senhor e de eleições. Seria uma abençoada.

Vitória, claro está!

 

Nota: Qualquer possível associação a algo eventualmente sexual é da inteira responsabilidade dos leitores...

A maldição da Champions volta a atacar

Já estava a estranhar: ainda não tínhamos ido do oitchenta e otcho ao otcho, com jogos da Champions de permeio. Este ano, aconteceu antes e, vá lá, não perdemos 1-3. Só espero agora não estarmos na 4ª à noite a dizer que "pusemos o Barcelona em sentido" com uma derrota "honrosa" no bucho. Por muito que goste do William, o seu adversário directo na 4ª vai ser o Messi. Os centrais vão ter que parar o Suárez e o Piccini vai ter pela frente o Iniesta. Vai ser preciso lidar com estes gajos e ainda sobrarem forças para o Porto no domingo. In Jesus we (have to) trust.

Hoje giro eu - Foco em Moreira

Com o aproximar das grandes emoções da Champions League - recepção ao todo-poderoso Barcelona - , a que se seguirá um jogo de extrema importância, em Alvalade, contra o rival FC Porto, é preciso não esquecer que antes de tudo isso temos um jogo fundamental para as nossas aspirações no Campeonato Nacional ainda por disputar. 

Sábado, em Moreira de Cónegos, o Sporting defende a liderança (partilhada ou não, logo à noite se verá) na competição maior do futebol português e o foco de técnicos e jogadores tem de estar nesta partida, jogada num campo que habitualmente nos coloca algumas dificuldades.

Imaginando que na cabeça dos jogadores já esteja o sonho europeu, é preciso descer à terra e não esquecer que temos este difícil obstáculo por ultrapassar, importante para a concretização daquela que deve ser encarada como a prioridade da época: a conquista do título de Campeão Nacional.

Por isso, o meu desejo é que Jesus coloque bem as suas peças no xadrez verde-e-branco dos cónegos e que, na altura certa, saibamos fazer o xeque-mate às aspirações minhotas. 

Para os jogadores, foco,foco, foco, Sporting, Sporting, Sporting!

 

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Em vésperas de grandes jogos

Na tarde da passada terça-feira e enquanto nos dirigíamos para Alvalade para ver o Sporting- Marítimo para a taça lucílio batista, o tema que veio ao de cima foi o foco da nossa actual equipa. Obviamente que a prioridade recai na conquista do campeonato nacional. Isso parece-me por demais evidente.

Ora este debate entre mim, o meu filho mais velho e o meu sobrinho tinha como finalidade perceber qual deveria ser a postura da equipa do Sporting no próximo jogo da Liga dos Campeões. Se deveríamos lutar aguerridamente pelo melhor resultado ou apresentar uma equipa de recurso, de forma a poupar jogadores para o embate com o Porto.

Eu defendi na altura, e ainda agora defendo, que deveríamos entrar com a nossa melhor equipa contra o Barça. Primeiro porque todos os jogadores gostam de estar nestes grandes jogos; segundo porque se fizermos um bom resultado ganhamos muito ânimo para o jogo contra o Porto; terceiro, mesmo que percamos, não deslustra a nossa equipa.

Regressando ainda ao foco dos comandados de Jorge Jesus, a prioridade deverá ser sempre o campeonato, como já referi, depois a Taça de Portugal, seguida da Liga dos Campeões – essencialmente pelo prestígio -, e finalmente a tal taça LB, a qual não deveríamos fazer grande esforço para vencer.

Ce sont les meilleures equipes

Quem não se arrepia ao ouvir estas palavrinhas? Quem não se arrepia é como quem não sente, não pode ser filho de boa gente. Nunca percebi o porquê de assobiarem o hino da Champions. Os outros é que tinham fixações com o Platini e a UEFA. Obviamente que não esqueço a noite da Gazprom, mas esta peça é um hino ao futebol. Ela transmite o que é o Futebol!

 

Parece que em três minutos vemos um jogo, as defesas in extremis, os vôos dos guarda-redes, as arrancadas dos laterais, as virtuosidades dos extremos, os duelos a meio-campo, a temporização do maestro da equipa, aquele passo a rasgar, o golaço! e aquela celebração de braços abertos olhando o público, os holofotes e o estádio como se tivesse chegado ao Olimpo! Ouvir esta música é sonhar levantar o troféu, é acreditar que tudo é possível.

Eu fiquei feliz com o sorteio, confesso. 

Comecemos pelo ínicio. O Sporting fez uma grande caminhada para estar aqui. Começou há um ano. Um campeonato duvidoso, com erros que prejudicaram o nosso acesso directo. Houve mudanças na equipa, naquele e neste ano, e fomos ao play-off. A primeira-mão foi dura, um soco nas aspirações de goleada de cada Sportinguista seguido pelo desalento das palavras menos certeiras do treinador, qualificando duas realidades de iguais quando estavam muito distantes uma da outra. A segunda-mão foi diferente, parecia que cada jogador do Sporting, menos o Coates, tinham um headphone nos ouvidos com esta música em repeat. Jogaram, lutaram e marcaram que se farta. Uma mão cheia de golos. Estamos onde merecemos contra tudo e contra todos - não fosse o pasquim "A Bola" tentar vaticinar a nossa morte com negro na capa, e no dia anterior ao play-off, que iríamos ver a Champions na bancada pondo as fotografias da equipa nas mesmas, é um exercício interessante ver a azia destes fol(het)eiros.

 

Saiu-nos o Barcelona, a Juventus e o Olympiacos:

Barcelona - Em reestruturação, mas contam com um dos deuses do Futebol. Continuam com o seu estilo de jogo, sempre em posse, triangulações, sustentados pela genialidade do Messi, Suárez e Iniesta. Sem esquecer os laterais rápidos, a defesa fortíssima com o Piqué, Umtiti ou Mascherano e a visão brilhante do Rakitic e Busquets. De orgulho ferido, todas as equipas se tornam perigosas. E o Barça está disposto a reivindicar o seu estatuto de "melhor equipa de sempre" esta época.

Juventus - Não tenho a certeza, mas julgo que foram eles que reabilitaram o 3-5-2 que hoje vemos inúmeros treinadores a impor às suas equipas. Uma defesa, mesmo sem Bonnuci, que mais parece uma parede de betão armado, tão sólida que causa medo ao olhar - ao estilo de "Porcos, Feios e Maus" starring Chiellini and Barzagli. Depois um meio campo que joga de olhos fechados, completamente coordenados com total percepção dos espaços com estrelas como Pjanic, Khedira, Matuidi, Marchisio. Como se não bastasse uma frente de ataque com Higuain, Cuadrado, Douglas Costa, Mandzukic e o novo "10", Dybala. Não se afigurando fácil, as redes são protegidas por um homem que devia constar nos doze trabalhos do Hércules, Buffon, uma lenda viva das balizas e do Futebol.

Olympiacos - Mais "modesto" que os outros dois, é um clube que em 17 anos, ganhou 16 campeonatos, por isso habituado a jogar a fase de grupo da Champions. Conta com o nosso André Martins! Já foi treinada por Leonardo Jardim, Marco Silva e Paulo Bento. Conta ainda com conhecidos nossos: Sebá (ex-Estoril) e Pardo (ex-S.C.Braga). 

Mas nós somos o Sporting Clube de Portugal. Em cada jogo quero que os 11 Leões escolhidos dignifiquem o Clube e o Futebol de elite. Orgulhem-nos, Sportinguistas! Queremos jogar a Champions sem grupos acessívei, jogamos com "os mestres, os melhores, as grandes equipas, os campeões"!

Porque somos um deles!

P.S - Avizinha-se uma das melhores Liga dos Campeões dos últimos anos, a julgar pela qualidade das equipas.

 

 

Clubes solidários

A receita do próximo jogo Barcelona-Real Madrid reverterá por inteiro para os cofres do malogrado clube Chapecoense, que perdeu quase toda a equipa de futebol num trágico acidente aéreo na Colômbia, onde iria disputar a final da Taça Sul-Americana, o seu primeiro troféu internacional.

É reconfortante percebermos que a solidariedade ainda não se tornou mera flor de retórica no desporto. O Chapecoense merece todo o nosso apoio, merengues e culés merecem o nosso aplauso.

Sporting igual ao Barcelona, melhor que Paris Saint-Germain e Leicester

DSC_0288.JPG

Sporting melhor que os primeiros classificados do campeonato de França e de Inglaterra?

Será porque fez um número maior de pontos?

Não.

Barcelona fez 91 pontos, Paris SG 96 e Leicester 81 (ok, em relação ao clube de Kasper fomos melhores, também, aqui).

A questão não é essa, aquilo que vamos analisar é um campeonato muito particular, um campeonato entre os três melhores de cada país.

Os três primeiros de Espanha:

BARCELONA - 91 pontos. 9 pontos: 6 conquistados ao Atlético de Madrid. 3 conquistados ao Real Madrid

Real Madrid - 90 pontos. 4 pontos. 1 conquistado ao Atlético de Madrid. 3 conquistados ao Barcelona.

Atlético de Madrid - 88 pontos. 4 pontos. 4 pontos conquistados ao Real Madrid.

Os três primeiros de Inglaterra:

Leicester - 81 pontos. 4 pontos. 4 pontos conquistados ao Tottenham.

Arsenal - 71 pontos. 10 pontos. 6 pontos conquistados ao Leicester. 4 pontos conquistados ao Tottenham.

Tottenham - 70 pontos. 2 pontos. 1 ponto conquistado ao Leicester. 1 ponto conquistado ao Arsenal.

Os três primeiros de França:

Paris SG - 96 pontos. 6 pontos. 3 pontos conquistados ao Lyon. 3 pontos conquistados ao Mónaco.

Lyon - 65 pontos. 7 pontos. 4 pontos conquistados ao Mónaco. 3 pontos conquistados ao Paris SG.

Mónaco - 65 pontos. 4 pontos. 3 pontos conquistados ao Paris SG. 1 ponto conquistado ao Lyon.

OS TRÊS PRIMEIROS DE PORTUGAL:

Benfica - 88 pontos. 3 pontos. 3 pontos conquistados ao Sporting.

SPORTING - 86 pontos. 9 pontos. 6 pontos conquistados ao Porto. 3 pontos conquistados ao Benfica.

Porto - 73 pontos. 6 pontos. 6 pontos conquistados ao Benfica.

Os números estão aí.

Factuais.

Pela primeira vez na história do futebol um clube sagrou-se campeão (sabe-se lá como) quando os números indicam que num confronto directo com o segundo seria segundo, i.e, último e num confronto alargado entre os três primeiros seria terceiro, i.e, último.

Como diria Sérgio Godinho... Só neste país.

Limpinho, limpinho

O Barcelona venceu ontem a sua quinta LC.

Mereceu, na minha opinião. Mereceu neste jogo, como o justificou ao longo da competição. Foi sem dúvida a melhor equipa, ponto!

Mas como em tudo na vida, há sempre um ou outro senão: com o resultado empatado a uma bola, o senhor árbitro fez um belo dum Cuneyt Çakir à Juve (que deve querer dizer manguito em turco), ao perdoar um penalti claro ao Barcelona. Já antes tinha deixado de apitar uma falta clara sobre o mesmo jogador, Pogba, mesmo à entrada da área. Não me pareceu muito jovem, este turco, ao não querer molestar o império catalão, mas isto posso ser eu a ver mal, que o ranço que eu tenho ao Messi é tanto que às vezes até me tolda a visão...

Teria sido certamente diferente, o que não quer dizer que o Barça não ganhasse, que aquilo parece uma cópia do que vai ser o Sporting do Jesus, uma máquina de jogar (bem) à bola!

Mesmo com meio Messi (bom, ele já de si é meio, mas vocês entendem onde eu quero chegar), aquilo com o Iniesta, o filho do senhor Neymar e o dentadas é demasiado tenebroso para qualquer defesa. Por falar em defesa, um elogio ao que (não) deixaram jogar Messi e outro elogio a Buffon, que como nos informou o Dani enquanto esteve a papaguear durante a cerimónia de abertura do jogo não nos deixando usufruir do espectáculo (uff), não quis sair da Juventus enquanto a velha senhora (isto em italiano ficava com muito mais cagança, mas eu sou pelo acordo (h)ortográfico) estava na mó de baixo, que fez um belo par de três ou quatro defesas que até nos faz perdoar-lhe o meio-frango e mais uma asa no segundo golo do Barcelona (ai se fosse o Patrício, hoje na pasquinada não se falava noutra coisa).

E Pilro! Um "sanhor"!!! (olha lá ó Manel, qués vir pó Sport? pá, partantes, dames-te um bela ordanadão e podes ir ó barbas cmer umas ameijas daqui, pá! Ãhn, o barbas é lampião? pois é, mas o  meu retrato inda tá lá do restórante dele, olhó caraças!)

E pronto, uma crónica breve dum jogo muito interessante e em que houve uma enorme dúvida em relação ao resultado final durante os primeiros quatro minutos da partida. Para o ano há mais e até os comemos na final! (óh Brune, vei a caminete das chuíngas?).

Bom Domingo para todos.

Com os melhores jogadores a vitória estará sempre mais perto

Quando se tem o melhor plantel do mundo e a qualidade individual é posta ao serviço do colectivo, o difícil é não ganhar.

 

Há uma diferença abissal entre o conjunto de jogadores do Barcelona e o dos outros clubes. Como tenho vindo a defender, também neste blog, quem joga são os jogadores, e não existe melhor exemplo deste paradigma que o confronto Barcelona x Bayern.

 

No outro lado da barricada, o Real Madrid. Cujo problema está tanto em quem não joga como em quem joga...

{ Blogue fundado em 2012. }

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