O sorteio da Champions League ditou que tenhamos de jogar contra Barcelona, Juventus e Olympiacos.
Deprimido? Nada. Eu penso que, em vez de uma ameaça, temos aqui uma oportunidade de afirmação do Sporting, como enorme clube que é, no sentido de fazer cumprir o ancestral lema de José de Alvalade de sermos "tão grandes como os maiores da Europa".
Aquilo que vamos necessitar é de uma preparação mental específica para estes desafios.
Jesus tem aqui uma possibilidade de mostrar ao mundo a qualidade da sua liderança.
Vamos por partes: os treinadores habitualmente preparam os jogos a explicar "o que fazer" (estratégia/modelo de jogo) e "como fazer" (nuances tácticas). Eu julgo que estes jogos têm de começar a ser ganhos na componente mental. Mais do que "o que" ou "como", o que cria elo emocional nos jogadores (e até nos adeptos) é o "porquê".
Porque é que jogamos no Sporting, porque é que estamos na Champions, porque é que precisamos ultrapassar estes obstáculos (adversários) são as questões que Jesus tem de ter na sua cabeça resolvidas para, então, as expôr aos jogadores, a fim de galvanizá-los.
Porque é que, entre tantos pregadores na sua época, Martin Luther King evidenciou-se? Porque em vez de se focar no ódio racial como outros ("o que") ou nas formas de luta ("como"), o Dr. King afirmou ao mundo que tinha um sonho, um sonho de um mundo melhor, onde brancos e pretos coexistissem em igualdade de oportunidades.
Os irmãos Wright eram uns modestos donos de uma loja de bicicletas. Paralelamente, Samuel Pierpont Langley tinha um contrato de 50.000 usd, uma fortuna nesse tempo, dados pelo Departamento de Defesa americano para construir uma máquina voadora, um avião. Era seguido pelo New York Times, que lhe garantia cobertura mediática. Mas, a Langley faltava a razão ("o porquê"), ou por outro, o seu objectivo era ficar conhecido como o primeiro homem a voar, o que não foi suficientemente inspirador. Os irmãos Wright, por outro lado, não tinham cursos superiores, não tinham financiamento, mas possuiam um sonho, uma causa, um objectivo, o de mudar o mundo e, com essa premissa, conquistaram o coração das pessoas e conseguiram os meios necessários para serem os primeiros a voar. Samuel Langley, quando soube das noticias, desistiu, a sua paixão não era voar, era o reconhecimento que isso lhe daria.
O nosso cérebro tem 3 níveis: o nível da linguagem, o dos sentimentos e o do comportamento. É este último, o mais profundo, que importa estimular.
Jorge Jesus nada tem a perder e tudo tem a ganhar. Mas, não pode começar com o discurso de que já cumprimos o objectivo. Isso é óbvio e, como tal, trazê-lo a público só vai ajudar a desresponsabilizar os jogadores, a retirar-lhes a ambição.
O nosso treinador tem de encontrar um argumentário, uma narrativa de clube, ideais, ambições que empolgue os jogadores.
A história do Sporting é feita de desencontros com a própria...história. Se não, vejamos: quando em oito anos, ganhámos 7 campeonatos nacionais e tinhamos uma equipa quase imbatível não havia Champions, nem Taça dos Clubes Campeões Europeus. O Sporting, na época, realizou uma série de jogos particulares contra algumas das melhores equipas europeias e mundiais e saiu vencedor da maioria, constituindo-se como uma potência europeia. Assim, desse tempo destacam-se a vítória em Madrid, frente ao Atlético, por 6-3 com 6 golos de "Necas" (Jesus Correia), o triunfo por 8-2 face aos campeões suecos do Norrkoping, de Nordahl e Liedholm, que mais tarde constituiriam o famoso trio avançado Gre-no-li, com Gunnar Gren, no AC Milan, equipa italiana essa com que perderíamos uma Taça Latina, por 3-4 e após prolongamento, vencendo depois na mesma competição os campeões espanhóis do Valência por 4-1 (!), 4-1 ao Anderlecht, 8-2 ao Lille e 3-2 ao Vasco da Gama, de Barbosa e Friaça (melhor marcador), titulares no Mundial de 50, onde o Brasil foi finalista vencido.
Ir ao encontro da história é um desígnio. Vencer a Champions é, diria, impossível, surpreender pela positiva a Europa, superando a fase de grupos, acho realizável. Será, certamente, muito difícil, mas a vida é feita de evolução, de superação, de conquista sobre nós próprios, de acreditar.
Por outro lado, que jogador não se quer medir com homens como Messi, Iniesta, Suarez, Piqué, Vidal, Higuain, Dybala, Buffon e mostrar o seu valor?
A "revanche" da infelicidade vivida, no ano passado, no Barnabéu também pode ser uma causa a apelar aos jogadores. Quem não se quer vingar daquela noite de infortúnio?
Somos, em conjunto com os sérvios do Partizan de Belgrado, o clube que estreou a Champions (na sua versão antiga). Um nosso avançado, Martins, marcou o primeiro golo na competição. Temos aí uma história para partilhar com o plantel.
O nosso símbolo é o de um leão rampante, um felino de pé, não no chão ou de joelhos, de pé! Jesus e os nossos jogadores, herdeiros de uma saga fantástica, erguei bem alto o nome do nosso Sporting. A história aguarda por Vós!
P.S. Ao nosso grande capitão, Adrien Silva, gostaria de recordar este belo poema de William Henley, um texto que inspirou Mandela na prisão e que este entregou ao capitão sul-africano de rugby, François Pienaar, antes da gloriosa vitória da África do Sul sobre a Nova Zelândia de Lomu, na final do Campeonato do Mundo de 1995. Chama-se INVICTUS:
"Do fundo desta noite que persiste
a me envolver em breu - eterno e espesso,
a qualquer Deus - se algum acaso existe,
por minha alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
sob os golpes que o acaso atira e acerta,
nunca me lamentei - e ainda trago
minha cabeça - embora em sangue, ainda erecta.
Além deste oceano de lamúria,
somente o horror das trevas se divisa;
porém, o tempo a consumir-se em fúria
não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a fenda eu não declino,
nem por pesada a mão que o mundo espalma;
eu sou o mestre do meu destino
eu sou o capitão da minha alma."
Adrien, grande capitão do nosso Sporting, herdeiro de uma gesta magnífica, porta-estandarte da alma indomável do leão, em ti (e em Jesus) deposito a esmeralda fé de que esta época finde em glória.
Adrien, tu nunca viras a cara à luta, nunca te escondes, nunca te negas. Cais, como todos nós, humanos (não gostei daquele episódio de Agosto transacto), mas ergues-te com a obstinação de quem tem uma tarefa para cumprir. E tu tens! Em todas as ameaças há uma oportunidade. O teu desígnio, o teu destino é não faltares ao encontro com aHistória, não seres uma nota de rodapé, mas sim capa e prefácio de uma epopeia centenária, onde poderás constar como herói e grande capitão da alma leonina. Eu conto contigo! Nós acreditamos!
Após os 3 primeiros jogos oficiais gostava de debater com os leitores algumas observações que me saltam à vista.
1) Não seria melhor jogar com Doumbia junto a Bas Dost e ter mais presença na área, deixando Podence para desequilibrar o jogo na segunda parte como aconteceu na Vila das Aves, para não acontecer como hoje em que faltavam no banco opções para desequilibrar, uma vez que Iuri tem um tremendo potencial mas é um jogador diferente e que Mattheus Oliveira e Bruno César também estão longe de ter essas características? Bem sei que Matheus Pereira é um desequilibrador e foi emprestado, mas a verdade é que se trata de um jogador que precisa de jogar para render o que sabe, e já vimos pela época passada que não ia ter essa regularidade.
2) Temos uma das melhores duplas de centrais dos últimos anos. Espero que Mathieu não sofra dos problemas físicos do passado que me fizeram temer a sua contratação, pois poderá ser uma tremenda mais valia como tem demonstrado, e tambem porque a qualidade das alternativas, infelizmente não oferece segurança.
3) Fábio Coentrão, apesar de obrigar a uma gestão do esforço, é claramente um upgrade face aos nossos últimos laterais. Esse mesmo upgrade se verifica na ala esquerda do ataque com Acuña.
4) Não poderia Bryan Ruiz ser opção no plantel? Qualidade não lhe falta e num registo em que joga menos vezes, poderá render mais e ser importante para a qualidade da gestão da posse de bola em alguns jogos, algo de que a nossa equipa sofre, principalmente sem William, mesmo apesar do papel extremamente importante de Battaglia que permite à equipa recuperar a bola mais à frente.
5) Piccini até ver ainda não mostrou ser melhor que Schelotto. Resta esperar para ver Ristovski.
6) Bruno Fernandes ainda tem muito que trabalhar sem bola para ser Adrien, como se viu hoje, jogo em que o nosso capitão, mesmo não estando na melhor forma, permitiu à equipa outra capacidade de recuperação de bola e de pressão.
Há um ano, o Sporting começou a perder o título ainda antes do apito inicial do campeonato ao deixar sair João Mário e Slimani, dois jogadores cruciais da temporada anterior.
Receio que este ano a história se repita na hipótese de Bruno de Carvalho deixar sair em simultâneo Adrien e William Carvalho. Oxalá me engane. Mas daqui a uns meses cá estaremos para confrontar opiniões com factos.
Em cinco penáltis nestes dois últimos jogos, na selecção nacional, só acertámos num: dá que pensar. Contra o Chile, na hora da verdade, falharam Quaresma, Moutinho e Nani. Hoje, contra o México, falhou André Silva.
Valeu-nos o quinto penálti. O decisivo. Hoje marcado ao minuto 104', por Adrien Silva. Que não vacilou. O penálti da vitória, que nos permitiu ascender ao pódio da Taça das Confederações - certame em que nos estreamos com este terceiro lugar, confirmando uma trajectória positiva sob o comando de Fernando Santos.
Vale a pena rever o lance que esteve na origem desta grande penalidade. Um lance protagonizado por três jogadores do Sporting. William Carvalho (que substituiu Pizzi aos 91') faz um passe longo, para a ala direita, para Adrien (que entrara para o lugar de Danilo aos 82'), que conduz a bola. Já após o centro, Gelson Martins comanda as operações na grande área, levando Layún a meter a mão na "redondinha". Chamado a converter o castigo máximo, o nosso capitão cumpriu o seu dever.
Tal como Rui Patrício, que fez três grandes defesas nesta partida. Somada a outras três durante esta prova. Não por acaso, saímos da Rússia como a selecção com menos golos sofridos.
Os quatro jogadores leoninos valorizaram-se nesta Taça das Confederações - troféu que disputámos na condição de detentores do título de campeões europeus. Novamente no pódio e sem perdermos um só jogo no tempo regulamentar (com Fernando Santos ao leme da selecção, em quase dois anos, só fomos uma vez derrotados aos 90 minutos, fora de casa, pela Suíça).
E desta vez nem contámos com o talismã Ronaldo, autorizado pela Federação Portuguesa de Futebol a abandonar a prova antes dos colegas. Tivéssemos nós o Adrien a marcar o primeiro penálti naquela ronda frente ao Chile e talvez entrássemos hoje em campo a disputar a final contra a Alemanha. Mas a selecção está de parabéns: quase todos foram bons.
Dos medíocres não reza a história: nem vale a pena escrever aqui o nome deles.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre ADRIEN:
- João Távora: «Está de volta às convocatórias de Jorge Jesus e isso é uma boa notícia... que esconde uma muito má. Se analisarmos o que vem sendo o desgraçado percurso do Sporting desde a sua substituição em Guimarães, temos que admitir que o luso-francês é insubstituível – e isso é preocupante.» (1 de Novembro)
- Filipe Arede Nunes: «O capitão ontem já jogou e a equipa foi capaz, quase imediatamente, de ser mais agressiva na procura da bola.» (3 de Novembro)
- Eu: «Nasce nos pés dele grande parte das nossas jogadas de ataque - sempre com a bola bem controlada, constante abertura de linhas de passe e uma superior visão do jogo. É um jogador cheio de intensidade e fulgor, ao nível dos melhores médios de sempre na história do Sporting Clube de Portugal.» (30 de Dezembro)
- José Navarro de Andrade: «Isto para dizer que àqueles que se limitam a serem apenas excelentes jogadores e não semi-deuses do futebol, como Adrien Silva, arcar com a posição 8 exige muito suor, ânimo e discernimento. Porque sobre as suas qualidades naturais ele mostra estas aptidões, Adrien é uma peça insubstituível no Sporting.» (9 de Janeiro)
- Edmundo Gonçalves: «Adrien, a espaços, e William, quase sempre, são uma sombra dos jogadores da época passada.» (18 de Janeiro)
- Rui Cerdeira Branco: «Perante um Adrien esgotado o treinador deixa substituições para fazer em jogos onde o que há de mais importante em disputa é a preparação da próxima época.» (14 de Maio)
Muitos adeptos do clube com quem tenho falado nos últimos dias não querem ir a Alvalade este domingo. Estão revoltados com as intervenções erráticas de Bruno de Carvalho, tristes com mais uma época desastrosa e muito críticos sobre a forma como estamos a jogar à bola.
O mais incrível é que alguns só admitem ir ver o jogo com o Desportivo de Chaves porque admitem que há jogadores que não voltam a vestir de verde e branco. E querem de alguma forma despedir-se e vê-los pela última vez em Alvalade. Falam de William Carvalho, Adrien Silva, Gelson Martins ou Rui Patrício. Falam só da coluna da equipa, por isso acredito que estejam preocupados e angustiados.
É altura de começar a ter estratégia e não deixar que estes e outros medos se instalem no SCP.
Do dérbi.Jogo emotivo, muito disputado, cheio de intensidade, com posse de bola repartida e resultado em aberto até ao fim. Eis a verdadeira festa do futebol.
Da atitude dos nossos jogadores em campo. O Sporting entrou muito bem e já estava a vencer aos 5'. Quase toda a equipa não poupou esforços nem energias. Vários jogadores terminaram esgotados este clássico lisboeta.
De Adrien. Marcador do golo leonino, de grande penalidade. Chamado a converter o penálti, fê-lo da melhor maneira. Durante todo o resto do jogo foi ele quem mais puxou pela equipa, ganhando segundas bolas, abrindo linhas de passe e nunca desistindo de lance algum. E condicionou muito a acção de Pizzi. Destaco-o como o melhor em campo.
De Coates. Grande partida do internacional uruguaio, sempre muito concentrado, sem um só deslize, antecipando-se sempre aos adversários. Voltou a demonstrar que é o líder absoluto da defesa leonina.
De Gelson Martins. Uma vez mais, protagonizou os melhores pormenores técnicos do onze leonino. Fez várias incursões com sucesso pelo seu flanco, concluídas com centros infelizmente desperdiçados pelos seus colegas. Mereciam melhor conclusão.
De Paulo Oliveira. Surgiu hoje como titular, substituindo Rúben Semedo. Sólido, seguro, ágil, acorreu sempre com eficácia às dobras na ala esquerda, apesar de não ser a zona do terreno onde se movimenta com mais confiança. Nota muito positiva.
De alguns jogadores adversários. Boa exibição de Pizzi, que desta vez resistiu a jogar com as mãos, e de Lindelof, que marcou um grande golo de livre directo sem a menor hipótese de defesa para Rui Patrício. Concretizando a única hipótese real de marcar alcançada pela sua equipa neste dérbi.
Do apoio dos adeptos. Estádio cheio, com 48.765 espectadores. Ambiente vibrante e entusiástico, na linha dos grandes clássicos, e sem qualquer esmorecimento por parte das hostes leoninas.
De ver tanta gente satisfeita. Até teve graça ver os adeptos do SLB festejarem efusivamente o pontinho conseguido em Alvalade.
Não gostei
Do empate (1-1). Tivemos mais oportunidades de golo e não soubemos aproveitá-las. O resultado, perante o nosso mais velho rival, deixa-nos insatisfeitos.
De Alan Ruiz. Esteve muito apagado, sem a dinâmica nem o acerto de passe a que vinha habituando os adeptos nos últimos jogos. Fez uma falta desnecessária e absurda da qual resultou o livre que daria o único golo do Benfica.
De Bryan Ruiz. Jorge Jesus deixou-o fora do onze titular. Entrou só aos 65', substituindo Alan Ruiz, mas não teve qualquer influência no desempenho colectivo do Sporting. Lento, hesitante, preso de movimentos, continua a ser uma sombra do que já foi.
Dos nossos laterais. Como vem sendo costume.
De ver Bas Dost desta vez em branco. Conquistou um penálti logo aos 4', mas não foi ele a marcá-lo: Adrien encarregou-se dessa missão, com sucesso. O holandês podia ter marcado aos 48', mas cabeceou por cima, e também aos 53', mas a bola saiu ao lado.
Das substituições tardias. O treinador demorou demasiado a refrescar a equipa, numa altura em que já era evidente o esgotamento de vários jogadores. Podence entrou tarde para render Bruno César, só aos 80'. Campbell entrou ainda mais tarde, para substituir o extenuado Gelson Martins: apenas aos 88'.
Do regresso de Carrillo a Alvalade. O peruano ficou fora da opção inicial do treinador encarnado, que só o fez entrar quase no fim do jogo. Com ele, o Benfica passou a jogar com dez: nulidade absoluta.
Num relvado transformado em lamaçal, debaixo de chuva copiosa, o Sporting superou hoje uma prova difícil: regressou às vitórias que lhe fugiam desde 22 de Dezembro (data do triunfo tangencial sobre o Belenenses no Restelo por 1-0), batendo o Moreirense por 3-2. Vitória muito suada depois de termos estado a perder por 1-0 e 2-1, concretizada só no segundo tempo, quando Jorge Jesus decidiu enfim tirar Bryan Ruiz de campo, mandando entrar Podence.
O avançado da nossa formação, no segundo desafio pela equipa principal do Sporting, dinamizou o jogo leonino: quatro minutos depois de entrar rematou em jeito ao poste, possiblitando a recarga de Bas Dost que empatou a partida. Cinco minutos depois seria Adrien a marcar o golo da vitória, culminando uma belíssima jogada iniciada por ele próprio.
O capitão, com este golo decisivo, creditou-se como o melhor em campo. Logo seguido de Podence e de Alan Ruiz, autor do nosso primeiro golo, aos 40'. Três profissionais que remam contra a corrente da apatia e da desconcentração que parece ter contaminado metade da equipa do Sporting - a começar por Rui Patrício, com culpas evidentes nos dois golos da equipa anfitriã.
A sorte desta vez esteve connosco. O Moreirense poderia ter marcado o terceiro, empatando a partida. Felizmente a bola foi à barra e o nosso final acabou por ser feliz.
RUI PATRÍCIO (4). O que se passa com o nosso guarda-redes titular? Falta de coordenação com Bruno César no primeiro golo sofrido, penálti desnecessário na origem do segundo. Intranquilo, sobretudo quando sai dos postes.
SCHELOTTO (5). Capaz do melhor e do pior. Aos 73', assistiu Adrien no segundo golo com um cruzamento perfeito. Logo a seguir, deixou-se ultrapassar por Dramé num lance que quase originou o terceiro do Moreirense.
COATES (5). Falhou a intercepção da bola no contra-ataque rápido de que resultou o golo inicial da equipa da casa. Várias vezes desposicionado atrás, procurou o golo em bolas paradas à frente, sempre sem sucesso.
RÚBEN SEMEDO (4). Um dos jogadores mais nervosos do Sporting. Perdeu infantilmente a bola quando a conduzia a meio-campo: daí nasceu o primeiro golo do Moreirense. Boateng deixou-o com a cabeça em água.
B. CÉSAR (6). De novo adaptado a lateral esquerdo, teve culpas no primeiro golo sofrido. Redimiu-se com boa exibição posterior. Passe longo, com notável precisão, para Bas Dost aos 40': daí nasceu o nosso primeiro golo.
WILLIAM CARVALHO (5). Não parece o mesmo William. Lento, melancólico, tristonho, sem exuberância. Tentou alguns passes de ruptura, sem grande êxito, e falhou outros em zonas proibidas. Uma sombra do que foi.
ADRIEN (7). Protagonista da melhor jogada do desafio, iniciada e concluída por ele. Resultou no golo da vitória leonina, aos 73'. Sempre inconformado, sempre combativo, sempre a abrir linhas de passe. O melhor em campo.
GELSON (6). Muito marcado, teve um adversário suplementar: o péssimo estado do terreno, que não o deixou mostrar os seus dotes de virtuoso. Aos 37', ia marcando de cabeça: grande defesa do guardião do Moreirense.
BRYAN RUIZ (4). Pálida exibição do internacional da Costa Rica. Com ele na ala esquerda, o caudal ofensivo do Sporting foi lento e previsível. Pareceu desconcentrado e sem energia anímica. Jesus mandou-o sair aos 64'.
ALAN RUIZ (7). Voltou a ser titular. E mereceu. Foi o melhor jogador leonino da primeira parte. Exibição coroada com um golo aos 40'. Demonstrou capacidade de luta, fez passes com precisão cirúrgica. Substituído aos 80'.
BAS DOST (7). Continua a facturar. Hoje marcou mais um - o segundo golo do Sporting - e reforçou a posição como rei dos goleadores na Liga. Antes já tinha feito a assistência para o golo de Alan Ruiz. Cada vez mais útil.
PODENCE (7). Entrou aos 64', substituindo Bryan Ruiz. E logo o rendimento global da equipa melhorou. Rematou ao poste, aos 67', possibilitando a Bas Dost a recarga vitoriosa que gerou o segundo golo. Grande desequilibrador.
ESGAIO (5). Entrou aos 80', substituindo Alan Ruiz e possibilitando o adiantamento de Bruno César. Cumpriu o essencial da tarefa, fechando a lateral esquerda leonina. Era o momento de reter a bola e segurar a vitória.
PALHINHA (-). Entrou já no tempo extra, substituindo Bruno César. Ainda a tempo de fazer uma vistosa recuperação de bola. Dois minutos que o treinador lhe proporcionou, desta vez com o guião correcto.
Do regresso às vitórias. Pela primeira vez em 2017 chegamos ao fim de um jogo com os três pontos somados. Após cinco desafios consecutivos sem vencer, em mais do que uma competição, batemos esta tarde o Moreirense por 3-2.
De Bas Dost. O holandês marcou o segundo golo leonino, aos 68'. Foi o 17.º dele, só para o campeonato. Reforça a liderança dos goleadores na Liga 2016/17, parecendo cada vez mais bem colocado para alcançar o título de rei dos marcadores.
De Alan Ruiz. Voltou à titularidade, com todo o mérito. Tal como já devia ter acontecido na jornada anterior, disputada no estádio do Dragão. Acutilante, combativo, com excelente visão de jogo. Foi dele o primeiro golo do Sporting, apontado aos 40'. Confirma-se em absoluto: o argentino é mesmo reforço.
De Adrien. Protagonizou o melhor momento do desafio no decisivo lance do nosso terceiro golo, iniciado e concluído nos pés dele - primeiro numa tabelinha para Gelson, depois a finalizar muito bem um centro de Schelotto. Justa recompensa para um dos mais inconformados jogadores do Sporting, batalhador do princípio ao fim. Para mim foi o melhor em campo.
De Podence. Não foi titular, mas ajudou a dar a volta ao encontro quando Jorge Jesus o lançou na partida para o lugar do apático Bryan Ruiz. Iam decorridos 64', o Sporting perdia 1-2. Nove minutos depois, já vencíamos 3-2. O jovem extremo formado na Academia leonina foi decisivo para esta reviravolta ao incutir dinâmica no nosso flanco esquerdo, baralhando as marcações do Moreirense. De um seu remate ao poste aos 67', surgiu o empate, após recarga de Bas Dost. Não custa vaticinar que já espreita a titularidade. Está a fazer por isso.
Do apoio dos adeptos. Apesar da chuva copiosa, a claque leonina fez-se ouvir ruidosamente do primeiro ao último minuto da partida.
Da nossa segunda parte. Pressionámos o tempo todo, confinando a equipa adversária ao seu reduto defensivo. Um perfeito contraste com a primeira parte, marcada por longos períodos de desconcentração e até alguma desorientação. Cumpre perguntar uma vez mais: por que motivo insistimos em dar 45 minutos de avanço aos nossos adversários?
Não gostei
Dos 45 minutos iniciais. A equipa mostrou-se lenta, com movimentos previsíveis, a trocar a bola sem progressão, facilmente anulada pela defensiva contrária e novamente posta em sentido por contra-ataques fulminantes, com a linha defensiva demasiado adiantada. Jesus, também como de costume, só ao intervalo corrigiu os erros de movimentação dos jogadores. Desta vez acabou por não correr mal. Mas os adeptos voltaram a ficar com os nervos em franja.
De Bryan Ruiz. Começa a ser um mistério: por que motivo o treinador insiste em conceder a titularidade ao costarriquenho, que há muito devia estar confinado ao banco de suplentes? Bryan continua sem render - nem na posição de segundo avançado, como jogou no Dragão, nem como avançado-ala, onde hoje foi colocado. Com ele em campo, tínhamos um a menos. Quando enfim cedeu lugar a Podence a equipa melhorou de forma quase instantânea.
De Rui Patrício. O que se passa com o campeão europeu? O nosso guarda-redes insiste em pregar-nos sustos, sobretudo quando sente necessidade de sair dos postes. Depois dos dois frangos frente ao Marítimo, hoje voltou a evidenciar-se por maus motivos. É o maior culpado do primeiro golo do Moreirense, marcado logo aos 17', e o segundo nasce de um penálti totalmente desnecessário que cometeu já com o lance controlado pela defensiva leonina. Intranquilo, transmite esse nervosismo aos colegas. Estará a precisar de uma pausa no banco?
De termos sofrido mais um par de golos. Quarto jogo consecutivo a encaixar dois golos. Levamos já, à 21.ª jornada, 24 sofridos - algo que era impensável no início do campeonato, algo inimaginável numa equipa que chegou a ter ambições ao título. Muito atrás do FC Porto (só 11 sofridos) ou Benfica (12). E atrás também do Marítimo (16), Braga (18), Belenenses (19), Chaves (19) e V. Setúbal (20).
De termos esperado 73 minutos para ficar em vantagem. Só quando Adrien marcou o seu belo golo pudemos respirar de alívio. o Sporting adiantava-se enfim no marcador. Até esse momento estivemos a perder ou empatados.
Das condições do terreno. O relvado de Moreira de Cónegos, todo empapado devido à forte chuva que caía, estava impróprio para um espectáculo de qualidade. O que não impediu o jogo de ser emotivo do princípio ao fim.
Entre os obreiros do futebol-espectáculo proporcionado pelo Sporting em 2016, Adrien Silva figura em natural destaque. Desde logo por ser capitão de equipa - e não se limita a usar a braçadeira, pois assume-se como o maestro do onze leonino no eixo do terreno. Depois por nascer nos pés dele grande parte das nossas jogadas de ataque - sempre com a bola bem controlada, constante abertura de linhas de passe e uma superior visão do jogo. Adrien é um jogador cheio de intensidade e fulgor, ao nível dos melhores médios de sempre na história do Sporting Clube de Portugal. E no ano que agora acaba revelou maior destreza técnica que nunca, fruto já do seu trabalho com Jorge Jesus.
Idolatrado em Alvalade, invejado pelos emblemas rivais, o n.º 23 deu um enorme desgosto aos adeptos no final de Agosto, ao anunciar que trocaria o Sporting por uma equipa estrangeira (supostamente o Leicester). Mas acabou por dar o dito por não dito, permanecendo no seu clube do coração e procurando assim mais uma hipótese de se sagrar campeão nacional.
O título de campeão europeu já é dele: a 10 de Julho, na emocionante final de Paris frente à França, Portugal arrebatou o eurocampeonato à turma da casa - consumando assim a maior proeza de sempre do futebol pátrio.
Quem viu, não esquece. Quem não viu, que visse. Todo o país desportivo rendido à virtuosa magia da equipa das quinas, capitaneada pelo nosso Adrien. Ídolo do Sporting, elogiado até por adeptos de clubes rivais e reconhecido em toda a Europa do futebol.
O capitão ontem já jogou e a equipa foi capaz, quase imediatamente, de ser mais agressiva na procura da bola. Agora é acreditar no ditado: não há mal que sempre dure.
Adrien Silva está de volta às convocatórias de Jorge Jesus e isso é uma boa notícia... que esconde uma muito má. Se analisarmos o que vem sendo o desgraçado percurso do Sporting desde a sua substituição em Guimarães, temos que admitir que o luso-francês é insubstituível – e isso é preocupante.
Esta semana foi-me dito que antes de o jogador sair, em Guimarães, o joelho de Adrien já vinha dando problemas, sendo uma questão de tempo até parar. Fui ainda informado de que Adrien em Guimarães não saiu por causa do joelho e que aproveitou a pausa forçada por outra lesão para ser operado ao joelho. Também me disseram que, além da diferença de valor que iria auferir caso saisse para Inglaterra, Adrien via essa como uma das suas últimas oportunidades de sair, quem sabe com medo de que os problemas físicos prejudicassem o seu rendimento e a possibilidade de ser transferido. Agora o que me faz confusão é como o Sporting não sabia isso, ou, sabendo, gastou milhões em jogadores cujo rendimento ainda está por provar, em vez de salvaguardar uma alternativa. E atenção que eu acho que já existiam no clube duas boas alternativas, Francisco Geraldes e Bruno Paulista, e que foi contratado um jogador que em forma pode ser uma boa alternativa, Marcelo Meli.
Esta discussão das alternativas e das contratações tem muito que se lhe diga, como por exemplo, a que se deve o eclipse de Matheus Pereira, ainda para mais com Bryan Ruiz visivelmente esgotado? Porque se empresta Palhinha e se contrata um jogador para o seu lugar que nunca é opção? Porque é que, gostando-se ou não, não foi contratado um jogador com as caracteristicas de Teo Gutierrez, para jogar ao lado de Bas Dost?
Para finalizar deixo-vos uma questão, tendo em conta as declarações de Jorge Jesus após a melhor exibição da época, em Madrid, e a postura de alguns jogadores, depois desse jogo. Não poderão existir questões mal resolvidas no seio do clube?
É verdade que a comunicação tenta desestabilizar muito, mas, normalmente, onde há fumo, há fogo e neste caso há muita coisa por explicar
Adrien Silva com longa paragem devido a lesão muscular na coxa esquerda que exige intervenção cirúrgica. O nosso capitão gostará certamente que a equipa se una nesta hora de infortúnio, dedicando-lhe várias vitórias em campo. Fazer das fraquezas força é lema de campeões. E Adrien merece.
Foi visível o cansaço após a desgastante partida de quarta-feira, para a Liga dos Campeões, frente ao Real Madrid. Cansaço físico e sobretudo cansaço anímico. Jorge Jesus tentou hoje mexer na equipa, fazendo entrar quatro novos titulares: nenhuma dessas mexidas funcionou. Sem rotinas, os reforços continuam muito aquém daquilo que deles pretendemos.
Frente a um Rio Ave em grande forma, que dominou o meio-campo e as alas ofensivas, esta noite sofremos três golos de rajada e saímos para o intervalo a perder 0-3. Jesus viu-se forçado a fazer duas substituições ao intervalo, o que atenuou o problema mas não o solucionou. Na segunda parte, limitámo-nos a marcar um golo - manifestamente insuficiente para virar o resultado.
Abrindo avenidas para a corrente ofensiva da equipa adversária e claudicando na hora do remate, quase sem conseguir verdadeiras oportunidades de golo, o Sporting sofreu a primeira derrota na Liga 2016/17 e colocou em risco a liderança do campeonato, que vinha assumindo isolado. Jesus tem muitos ajustamentos a fazer, já a pensar na partida contra o Estoril. E não lhe resta muito tempo: esse jogo vai ser já na sexta-feira.
RUI PATRÍCIO (4). Três vezes batido, com responsabilidade no lance do segundo golo, foi uma sombra do que tem sido. Um caso aparente de quebra anímica após o confronto perdido in extremis no Santiago Bernabéu.
SCHELOTTO (4). Corre muito, mas desposiciona-se com frequência e perde a noção do espaço. Sucedeu hoje, uma vez mais, forçando os centrais a acorrer à dobra e a desguarnecer outras zonas. Faltou-lhe estabilidade.
COATES (4). Teve hoje a sua mais pálida exibição desta temporada, com responsabilidades em dois dos golos do Rio Ave: podia ter feito muito melhor. Também falhou nas tentativas de marcar, em lances de bola parada.
RÚBEN SEMEDO (5). O menos mau do nosso quarteto defensivo. Não isento de falhas, soube reagir melhor à adversidade, revelando maturidade competitiva. Tentou marcar, em situações de canto: não conseguiu.
BRUNO CÉSAR (3). Apanhado sucessivas vezes em contra-pé, o vilacondense Gil Dias fez dele o que quis na primeira parte, dominando por inteiro o nosso corredor esquerdo. Também a atacar não foi nada feliz.
WILLIAM CARVALHO (6). Uma das raras exibições a justificar nota positiva. Pelo que fez, sobretudo na segunda parte, em passes longos (12', 72' e 81'). Grande recuperação de bola aos 62'. Pareceu sempre inconformado.
ADRIEN (6). Foi hoje o melhor Leão em campo, apesar de acusar vestígios do enorme desgaste provocado pela partida de quarta-feira. Nunca desistiu de puxar pela equipa, como se verificou em dois grandes passes (42' e 51').
GELSON MARTINS (5). Soube a pouco a prestação do extremo leonino que brilhou no Bernabéu. Embrulhou-se em excesso com a bola e não conseguiu fazer a diferença. Melhor momento: a assistência para o golo. E vão três.
CAMPBELL (2). Sem pressionar à frente, sem se integrar na manobra defensiva, deixou Bruno César isolado na ala. Falta-lhe disciplina táctica - um aspecto a rever com urgência. Foi justamente substituído ao intervalo.
ALAN RUIZ (3). Ainda iludiu os adeptos, parecendo estar de pé quente, com um forte remate aos 8'. Mas apagou-se enquanto segundo avançado e andou perdido no eixo do terreno. Não regressou do balneário para a segunda parte.
ANDRÉ (2). Esgotou a actuação nesta estreia a titular da equipa com um remate bem colocado aos 21'. No resto do tempo em que permaneceu em campo mal se deu por ele. Pressionou pouco e mal. Saiu aos 73'.
BAS DOST (6). Jesus deixou-o no banco. Mas cedo se arrependeu, fazendo-o entrar aos 46'. O internacional holandês cumpriu os mínimos, marcando o nosso golo solitário. O segundo dele em dois jogos consecutivos.
BRYAN RUIZ (5). Substituiu Campbell. Sem brilhantismo, denotando fadiga física, mas com mais competência do que o compatriota. Teve intervenção directa no lance do nosso golo. Mas falhou outro, com a baliza à sua mercê.
MARKOVIC (3). Entrou aos 73', substituindo André. Correu bastante, mas pouco ou nada trouxe de útil à equipa. Viu um cartão amarelo ao tentar cavar uma grande penalidade mesmo à beira do fim.
Da derrota em Vila do Conde por 1-3.Primeiro desaire leonino neste campeonato, frente ao Rio Ave, castigando a nossa deficiente organização defensiva e a nossa falta de eficácia ofensiva, sobretudo durante a primeira parte.
Que tivéssemos sofrido três golos em menos de 15 minutos. Saímos para o intervalo a perder 0-3. Um castigo pesado mas que reflectia bem a nossa incapacidade para travar os contra-ataques adversários.
Dos primeiros 45 minutos. Pela primeira vez na Liga 2016/17 não marcámos na metade inicial do jogo. Com a agravante de termos sofrido três.
Da nossa falta de pontaria. Rematou-se bastante, mas quase sempre de forma inócua e denunciada, com escassas oportunidades de golo. Soube a muito pouco.
Das bolas paradas. Dos cantos e dos livres nada resultou.
Dos nossos corredores defensivos. Bruno César e Schelotto deixaram-se ultrapassar inúmeras vezes pelos extremos contrários na primeira parte. O nosso corredor esquerdo, sobretudo, pareceu uma avenida aberta aos vilacondenses.
Das prestações de alguns reforços. Alan Ruiz ainda não rende o que esperávamos, Campbell foi uma nulidade, André esteve muitos furos abaixo do que era necessário, Markovic continua inconsequente. Hoje só Bas Dost - marcador do nosso golo solitário - merece nota positiva.
Gostei
Da melhoria na segunda parte. Campbell e Alan Ruiz não regressaram do balneário após o intervalo, tendo sido rendidos por Bryan Ruiz e Bas Dost. Com vantagem notória para a prestação leonina nos 45 minutos complementares.
De Adrien. Melhor jogador do Sporting - um dos poucos que tentaram sacudir a apatia colectiva que se apoderou do onze titular. Combativo, persistente, nunca virou a cara à luta e venceu sucessivos duelos individuais.
Dos adeptos. Compareceram em peso em Vila do Conde e não se cansaram de puxar pela nossa equipa, mesmo quando ficou evidente que sairíamos derrotados.
Do Rio Ave. Jogou muito melhor do que o Sporting. Mereceu a vitória.
Adrien continua no Sporting. Como aqui escrevi ontem, "se as saídas acontecessem a pedido, não haveria gestão possível em clube algum".
Reitero o que expressei noutro texto deste blogue: alimentar folhetins sobre alegadas insatisfações de jogadores, com agentes e familiares a mandar bitaites a todo o momento, seria "incentivar comportamentos irresponsáveis, rasgar compromissos contratuais e dar asas a futuras pressões" num horizonte imediato.
O tempo em que o clube era um saco de gatos comandado do exterior terminou de vez.
Esta conversa toda de entra Elias e sai Adrien e Slimani e há uma coisa que me preocupa. Vamos jogar a champions com que lateral esquerdo? É que não vejo nenhum a chegar.
Julgo que não passará pela cabeça de nenhum membro da estrutura dirigente leonina dispensar o capitão da equipa, peça fulcral do nosso projecto desportivo, na véspera do fecho do mercado de transferências, noutro cenário que não passe pelo pagamento da cláusula de rescisão.
Alimentar este folhetim é levar água ao moinho dos adversários do Sporting, incentivar comportamentos irresponsáveis, rasgar compromissos contratuais e dar asas a futuras pressões de familiares e agentes parasitários, cujo único fito é o lucro fácil e que se estão nas tintas para as carreiras dos futebolistas.
Sobre este assunto já se falou de mais. É tempo de lhe colocar um ponto final.
E mudar de parágrafo.
{ Blogue fundado em 2012. }
Siga o blog por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.