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És a nossa Fé!

O FC Porto deve ser proclamado campeão?

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Começa a desenhar-se uma tendência: o coronavírus apressou mesmo o fim das competições futebolísticas europeias.

A 2 de Abril, a liga belga de futebol deixou-se de rodeios e anunciou o fim prematuro da temporada 2019/2020, quando haviam sido disputadas 29 jornadas: o Clube Brugge, que liderava o campeonato com 15 pontos de vantagem, foi declarado campeão, confirmando-se o Gent no segundo posto e consequente entrada na próxima Liga dos Campeões.

A 24 de Abril, foi a vez de a federação holandesa dar por finda a época 2019/2020. Neste caso adoptando um modelo diferente, como eu já tinha anotado aqui: sem atribuição de título de campeão, quando faltavam disputar nove rondas do campeonato. Com Ajax e Alkmaar em igualdade pontual no topo da classificação.

Já ontem, o Governo de Paris dissipou as dúvidas que restavam: o campeonato francês não será retomado, à semelhança de todas as competições desportivas referentes à época 2019/2020. Estádios e pavilhões permanecerão encerrados até Setembro. Não haverá sequer desafios à porta fechada, como a liga francesa de futebol havia sugerido, entre 17 de Junho e 25 de Julho. Ficam por jogar dez rondas, quando o Paris Saint-Germain liderava por larga margem - vantagem de 12 pontos com um jogo a menos - sobre o Marselha, segundo classificado.  

Parece vir a ser diferente o desfecho em países como Alemanha (com o possível regresso do futebol no fim de Maio) e em Espanha (onde as competições talvez possam retomar-se na primeira quinzena de Junho, algo ainda incerto).

Quanto a Portugal, saberemos provavelmente na próxima quinta-feira. Mas nesta fase já poucos se admirarão que as partidas do futebol profissional tenham mesmo chegado ao fim, o que abrirá um rombo financeiro em todos os emblemas desportivos portugueses envolvidos na alta competição.

Como escrevi há mais de um mês no És a Nossa Fé, só antevejo duas opções: ou o FC Porto é proclamado vencedor ou não haverá título de campeão nacional na temporada 2019/2020.

Chegou a altura de vos perguntar qual destes cenários preferem. 

É tempo de fazer estas perguntas

A pandemia em curso veio alterar por completo a vida quotidiana de centenas de milhões de pessoas. Neste momento, 52% da população do planeta é alvo de drásticas quarentenas ou cumpre decretos que obrigam à reclusão doméstica. Os espectáculos desportivos - com destaque para o futebol - sofreram um abalo sem precedentes. As competições estão suspensas, salvo em cinco países

São tempos novos, que exigem soluções diferentes e vieram apanhar desprevenidas as instituições desportivas. Basta referir que a paragem forçada das competições profissionais não estava prevista nos regulamentos federativos ou da Liga de Clubes para efeitos do apuramento do campeão nacional de futebol. Entretanto os prejuízos acumulam-se em cascata, clubes que já não gozavam de boa saúde orçamental temem a derrocada financeira e todos os negócios que giram em torno do desporto-rei - dos equipamentos à publicidade, do abastecimento alimentar às transmissões televisivas - também se encaminham para a falência. 

Um mês depois, chegou a altura de renovar o repto aos leitores: na vossa opinião, o que irá passar-se com o campeonato português? Vêem alguma hipótese de a época 2019/2020 ainda ser cumprida? Admitem a realização de jogos à porta fechada? Em caso negativo, como deverá ser apurado o campeão? 

Joguem à bola, pá!

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Não perdemos, mas foi a pior exibição do Sporting esta época - exceptuando o jogo em Alverca, de péssima memória, que nos afastou da Taça.

O Rio Ave-Sporting terminou apenas com dez da nossa equipa em campo, devido à expulsão (mais uma) do capitão Coates, e um sofrido empate 1-1 graças a um penálti aos 84' bem convertido por Jovane, um dos raros que fugiram à mediocridade.

 

Para se perceber melhor como foi confrangedora a exibição dos pupilos de Silas, vou descrever aqui, detalhadamente, quatro minutos terríficos em que o onze das riscas horizontais - um Sporting quase irreconhecível - acabou por ser protagonista pelos piores motivos.

 

Minuto 2

Filipe Augusto faz um cruzamento longo, da ala direita, a variar o flanco ofensivo. Ristovski, na sua zona de cobertura, falha o tempo de salto permitindo a Al Musrati cruzar para a área. Piazón, totalmente solto à boca da baliza, mete-a lá dentro. Coates estava junto ao primeiro poste, no segundo não havia ninguém. O estático Eduardo Henrique deixou-se antecipar por dois rivais, que baralharam marcações, e Neto limitou-se a ver.

Não tinha ainda decorrido minuto e meio de jogo e já perdíamos em Vila do Conde.

 

Minuto 27

Bolasie, sentindo-se bloqueado na ala direita do nosso meio-campo, atrasa para Ristovski e este endossa a Coates, que lateraliza para Neto. Este tenta progredir mas prefere devolver ao uruguaio, que deixa em Eduardo, com Ristovski desmarcado lá adiante. O ex-Belenenses toca a bola para Idrissa Doumbia, que logo a devolve. Eduardo deposita-a então em Neto, que avança três ou quatro metros antes de deixar em Idrissa, que não tarda a passá-la a Coates, como se ela lhe queimasse as chuteiras. Sem progredir com a bola, o capitão toca-a para Eduardo, que dá para Idrissa. Este, sempre de costas para a baliza, deposita-a nos pés do uruguaio, que volta a tocar para Neto, que torna a despejar para Eduardo.

Com tudo isto passou um minuto inteirinho. O Sporting perdia por 0-1 e mostrava-se incapaz de avançar no terreno.

 

Minuto 34

Neto atrasa para Max, que entrega com o pé a Eduardo. Este, colocado no corredor central, toca para Ristovski, que a restitui ao guarda-redes. Max passa a bola a Neto, que volta a confiá-la à guarda de Eduardo. Incapaz de progredir, o médio que veio de Belém devolve-a a Neto, que a entrega a Camacho, entretanto recuado na ala esquerda. Camacho roda e repõe em Neto, que logo volta a depô-la em Max. O guardião toca para Eduardo, que trota uns metros com ela mas ainda na meia-lua do nosso meio-campo deposita-a nos pés de um adversário. Rápida ofensiva vilacondense conduzida por Nuno Santos, solto no lado esquerdo, com Ristovski perdido lá na frente e Wendel incapaz de fechar o corredor.

O Sporting continuava a perder, mostrando-se totalmente incapaz de uma atitude competitiva. Havia "posse de bola", sim, como Silas tanto gosta. Mas não servia para nada.

 

Minuto 76

O Sporting, ainda a perder, precisa de procurar o empate. Borja, junto à linha já no meio-campo adversário, não consegue melhor do que atrasar para Neto. Este lateraliza para Ristovski, colocado junto à linha divisória do terreno. O macedónio coloca em Wendel, que atrasa para Battaglia. O argentino passa a Borja, que atrasa para Neto, no nosso meio-campo defensivo. O português toca para Wendel, que logo a devolve. Depois coloca-a em Plata, que devolve também. Neto volta a pô-la em Wendel, que insiste em atrasá-la no corredor central, parecendo alheado de qualquer desígnio atacante. Metro a metro, a equipa vai recuando. Neto ensaia então um passe longo, esticando a bola para Sporar, que não consegue dominá-la.

Perdeu-se mais um minuto, perdeu-se mais um lance que se pretendia ofensivo.

 

Para mais tarde recordar

Lembro qual foi o onze inicial escolhido por Silas para este jogo: Max; Ristovski, Coates, Neto, Borja; Idrissa, Eduardo, Wendel; Camacho, Bolasie, Sporar.

Sete destes jogadores já foram contratados pela actual administração da SAD.

Entretanto, no reino do Leão...

joga-se para a Liga Europa.

A partida começa às 17:55 da próxima quinta-feira e é para ganhar. O momento da equipa é o que todos conhecemos. Face ao vazio deixado pelo silêncio institucional na sequência daquela que é globalmente aceite como a pior exibição da época, pergunto, sentimo-nos com vontade de não ficar em casa?

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Imagem, daqui.

Bilhetes à venda, aqui.

Ninguém acertou

A verdade é esta: houve muitos palpites, mas ninguém - mesmo ninguém - conseguiu adivinhar qual seria o onze que Marcel Keizer disporia em campo na Supertaça de má memória, disputada no passado domingo.

E não foi por falta de tentativas, como aqui se comprova.

O que talvez ajude a explicar como é que este triste Sporting do início da época 2019/2020 continua sem visível fio de jogo: custa muito antecipar o onze titular, que está longe de se encontrar estabilizado a três dias do pontapé de saída do campeonato. O que vemos decorridos sete jogos, traduzidos em quatro empates e três derrotas? Uma equipa com notórias fragilidades defensivas, muitas lacunas de ordem táctica e deficiente condição física.

Nada auspicioso, convém reconhecer. Sem palas nos olhos nem a cabeça enterrada na areia.

Gosto pouco de me irritar com a bola

Por isso prescindi, há imenso tempo, de ver jogos de preparação do Sporting.

Uma alegriazinha ao menos, senhores, uma para amostra...

É altura de experiências, de testar várias opções, disso tudo e mais o que quiserem, mas por favor, àqueles que dirigem no banco e aos que estão no campo, lembrem-se de quem estão a representar e o que isso significa. Com todo o respeito pelos adversários, bastante mais modestos, que já defrontámos esta pré-época, que merda é esta?!

Varandas recebe apoio expressivo

O orçamento e o plano de actividades do Sporting para a temporada 2019/2020 foram esta tarde aprovados, por larga maioria, na assembleia geral convocada para o efeito, nos termos estatutários. Com 69% dos votos a favor e 31% contra.

Confortado com mais esta expressiva prova de confiança dos sócios na reunião magna realizada no Pavilhão João Rocha, Frederico Varandas reúne todas as condições para continuar a exercer o mandato que os sportinguistas lhe outorgaram a 8 de Setembro de 2018. O caminho faz-se caminhando.

Sporting 2019-2020 - Algumas ideias para debate

Acabada que foi com relativo grande sucesso a presente época, com um treinador estabilizado e mais adaptado à realidade portuguesa à frente da equipa, que Sporting vamos ter para enfrentar a época que se aproxima, desde logo para ganhar a Supertaça em Agosto?

Algumas ideias sobre o que penso que deveria ser a construção do plantel:

1. Garantir a continuidade dos craques. Temos cinco: Coates, Mathieu, Acuña, Bas Dost e Bruno Fernandes. O último já se percebeu que está de malas aviadas para o futebol inglês, logo se verá para onde. Sobram quatro que não devem mesmo sair porque, por muito caros que sejam, contratar iguais ou melhores ainda mais caro vai ser.

2. Limpar o entulho, jogadores que passaram ao lado da titularidade ou fora do prazo de validade. O Pedro Correia já comentou o assunto, dos que começaram a época, Salin, B. Gaspar, A. Pinto, Jefferson, Lumor, Misic, Petrovic, Diaby, F. Geraldes, Mané e Matheus Pereira podem sair com algum encaixe financeiro. Iuri Medeiros também. Mesmo Battaglia poderá sair porque já tem 27 anos e vai ter uma temporada de recuperação da grave lesão que sofreu. 20 ou 30 M€ no conjunto? Ou mais?

3. Recuperar os jogadores emprestados que mais se distinguiram e que merecem uma nova oportunidade. Mama Baldé, Gelson Dala,  Ivanildo, Domingos Duarte.

4. Recuperar jogadores que custaram bem caro, que se tresmalharam nos empréstimos para uma nova oportunidade. Por exemplo, "el loco" Alan Ruiz: se calhar valerá a pena arriscar no rapaz porque como está não interessa a ninguém. A mesma coisa se aplica a Ryan Gauld.

5. Manter quatro ou cinco dos melhores sub-23 no plantel em posições onde possam ter oportunidades, emprestar para rodar os restantes. Max, Miguel Luís, Jovane, mais um ou outro, entre Daniel Bragança, Thierry Correia, Pedro Mendes ou Pedro Marques.

6. Contratar bons jogadores para as posições mais carenciadas: defesa direito, defesa esquerdo, médio ofensivo, avançado rompedor. Que tragam peso, altura, jogo de cabeça, capacidade de centro e remate ao plantel.

Seria então um plantel do tipo:

GR: Renan, Max, Aquisição1

DD: Aquisição2, Ristovski

DE: Borja, Aquisição3

DC: Coates, Mathieu, Neto, Ilori e Ivanildo

MC: Doumbia, Gudelj, Eduardo, M. Luis, Wendel

MO: Aquisição4, Ryan Gauld, Alan Ruiz

Int/Ext: Acuña, Raphinha, Jovane, Plata, Mama Baldé

Avançados: Bas Dost, Luiz Phellype, Gelson Dala, Vietto, Aquisição5 

Teríamos aqui um plantel de 30 jogadores, com 7 que passaram pela Academia, a tal quota que tenho referido.

Que vos parece?

SL

Precisamos de um novo Leonardo Jardim

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Leio na imprensa notícias que nada me tranquilizam. 

 

Primeira: Bas Dost «pode sair no Verão», o que é desde já justificado com a intenção de «baixar a massa salarial do plantel». O mesmo argumento que levou a estrutura directiva da SAD a despachar Nani e a enxotar Montero, duas referências na linha avançada do Sporting - com o consequente reflexo nas exibições da equipa, que têm piorado de então para cá, como se viu no frustrante desafio em casa frente ao Santa Clara, em que acabámos o jogo na retranca, defendendo aflitos o magro resultado por 1-0, enquanto centenas de adeptos abandonavam o estádio antes do apito final.

 

Segunda: pode celebrar-se mesmo um acordo extrajudicial para pôr fim ao conflito com o Atlético de Madrid, que nos furtou Gelson Martins. Esse acordo, segundo já foi soprado para a imprensa, incidirá em valores inferiores aos 22 milhões de euros mais cerca de 10 milhões adicionais por objectivos que Sousa Cintra rejeitou em Julho. E muito abaixo dos 105 milhões que reclamamos a título de indemnização junto do Tribunal Arbitral do Desporto.

 

Terceira: Para baixar consideravelmente o que nos deve por Gelson, o clube colchonero pretende impingir-nos dois jogadores de duvidoso mérito. Refiro-me ao ex-vimarenense Bernard, que teve uma carreira medíocre desde que rumou a Madrid, tem jogado por empréstimo no Kayserispor da Turquia e se encontra lesionado. E ao argentino Vietto, que nunca foi opção para o seu compatriota Diego Simeone, actuando agora emprestado ao Fulham: no clube inglês não devem estar muito satisfeitos com o desempenho deste avançado, que só marcou um golo em 22 jogos nesta temporada.

 

Enfim, tudo isto me transmite a sensação de que andamos aos saldos. Continuando a preferir frouxas opções estrangeiras enquanto a anunciada aposta na formação é adiada para as calendas e os poucos jogadores que ainda atraem adeptos ao nosso estádio são empurrados para a porta de saída. 

Oxalá me engane, mas não consigo vislumbrar nada de positivo nesta estratégia de aceitar trocos e jogadores que nada acrescentam em qualidade ao plantel leonino pelo resgate de um internacional português formado no Sporting que nos foi surripiado por um dos principais emblemas do futebol espanhol.

 

Recomendaria o regresso ao espírito da temporada 2013/2014: se não há dinheiro, recorre-se à prata da casa. Frederico Varandas acompanhou-a in loco, de fio a pavio, como director clínico. Para isso, como ele bem sabe, há que apostar num treinador jovem, competente, motivador, ambicioso e profundo conhecedor do futebol português.

Precisamos de um novo Leonardo Jardim: esse será o nosso principal reforço para a próxima época.

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