A primeira baixa
Como costuma dizer o povo, BdC entrou a matar. Desde que é presidente do Sporting, assim de repente lembro-me que comprou guerras com os credores (leia-se banca), fcp, árbitros, oposição interna, empresários e (alguns) jogadores. Na altura, a opinião foi, mais ou menos, unânime: uma lufada de ar fresco, que assim é que era, que no Sporting mandávamos nós e que tudo ia ser diferente.
Algumas vozes mais experientes nestas andanças do futebol, ainda tentaram avisar que o caminho era longo, perigoso e tortuoso e que, para ganhar a guerra não se pode comprar inimigos em todas as frentes, vencer todas as batalhas e esperar sair incólume. Vem nos livros e aplica-se na política, na estratégia, no marketing, no futebol. Em suma, everywhere.
A direcção do Sporting fez ouvidos de mercador e seguiu o seu caminho, consolidados, confirmados e validados por uma AG ao estilo Coreia do Norte com 97% dos votantes a dizer Ámen.
Bruma vai mesmo sair do Sporting porque as partes não se entenderam. Porque, em face de uma posição de força, a resposta foi igualmente forçar uma posição. De ruptura, de ambas as partes. E Bruma não é o funcionário do Sporting que ganhava 800 euros e foi despedido. BdC pode gritar tão alto como quiser e conseguir. Não é este o caminho. Não é esta a estratégia. De tanto berrar, um dia arrisca-se a berrar sozinho. É uma opção. Mas será o seu fim. Bruma foi a face visível da primeira derrota desta estratégia de berraria. Outras virão.
(E agora, venham lá os comentários dos brunistas de serviço, com as ameaças da "praxe"...)