A Assembleia Geral
A Assembleia Geral marcada para dia 30 marca, acima de tudo, um ponto de viragem e um separar das águas dentro do Sporting. Nesta reunião magna dos sócios do nosso Clube, espera-se que todas as perguntas sejam formuladas e todas as dúvidas esclarecidas. E que exista vontade, por quem de direito, de perder (ganhar?) tempo em explicar tudo o que deve ser explicado.
A partir de domingo, e sendo aprovada a estratégia do nosso Clube para os próximos tempos, a responsabilidade dos destinos do Sporting passa a ser não apenas da actual Direcção, mas de todos nós.
Quem não lá for, porque prefere a praia ou tem melhores coisas para fazer a um domingo, poderá continuar a mandar palpites de bancada, mas perdeu a legitimidade para argumentar o que quer que seja porque, quando foi chamado a intervir, escusou-se a fazê-lo. A única excepção, digo eu, serão os sócios recentes que não têm direito a voto e, como tal, pouco ou nada poderiam fazer nesta reunião a não ser ouvir e serem esclarecidos.
Espero, sinceramente espero, que a Direcção seja sensível o suficiente para ouvir vozes discordantes (era bom sinal que existissem, os unanimismos dão sempre mau resultado) e que possa ter a capacidade de unir este nosso balcanizado Sporting.
Aprovada a estratégia, a guerrilha acabou. Poder-se-á apontar os erros, divergir, ter opiniões diferentes (coisas saudáveis e normais em qualquer Clube), e é bom que assim seja. Mas a fronteira não será ultrapassada. Sócios e Direcção passam a partilhar sucessos, insucessos, responsabilidades. Oxalá que o caminho que seja seguido no domingo seja o melhor para o nosso Clube.
Dito isto, quero aqui realçar que, pela minha parte, não me escusarei a dizer sempre o que penso, mesmo que não seja de agrado de alguns, de outros ou de todos. Como disse anteriormente, detesto unanimismos e rótulos apenas porque, em casos específicos, tenho uma opinião diferente da maioria.