Os cotovelos em cima da mesa
Pinto da Costa almoçou (parece que se acabaram as saídas à noite) com Vítor Pereira para que seja o treinador a dizer por sua iniciativa que prefere abrir um ciclo novo na carreira, mas longe do Porto, pois claro. Não sei se repararam, mas Pinto da Costa resumiu o repasto a uma enumeração de «vantagens» e «desvantagens» elencada pelo próprio mal amado. Chama-se isto auto-crítica, não é? O Porto quer que seja Vítor Pereira a arrumar os trapinhos quando na verdade está dispensar o treinador bi-campeão. Já Luís Filipe Vieira lanchou com Jorge Jesus para confirmar o acordo entre ambos, mas ainda não se entenderam porque não sabem se se trata do acordo pré-anunciado pelo presidente depois da vitória contra o Marítimo ou do pré-acordo anunciado pelo treinador depois da derrota com o Vitória. Parece que Vieira só tem acordos para treinadores que ganham e Jesus só aceita acordos quando perde. Será mais fácil fazerem o óbvio: Jorge Jesus ruma ao Porto e evita ser despedido quando perder o primeiro jogo no Benfica. Basta ligar ao Fernando Santos para saber o que dói. E nós? Nós os falidos? Nós os que quase desceram de divisão? Nós que andámos a levar porrada o ano inteiro? Nós que destituímos um presidente inepto? Nós que estamos reféns da banca? Bem, nós contratámos um treinador. Nós contrátamos um novo jogador. Nós abrimos o processo para receber pela venda aciganada do João Moutinho. Nós por cá parece que vamos bem.