Pedro Sousa
Quando soube que Pedro Sousa iria deixar a Rádio Renascença ("RR") para ser o novo director de comunicação do Sporting fiquei triste.
Há apresentadores de televisão, ou locutores de rádio, a quem ganhamos particular afeição, por serem o rosto e a voz que acompanham os nossos programas favoritos. Pedro Sousa era um desses casos.
Ainda me lembro bem da época 1999/2000, indelevelmente marcada na minha vida, ou não tivesse sido esse o ano em que vi, pela primeira vez, o Sporting conquistar o campeonato. Pedro Sousa era a voz dos jogos do Sporting. E assim foi nos anos seguintes.
Considerado por muitos como o melhor relatador desportivo da sua geração, Pedro Sousa, que também narrava na Sport tv, chegou, sem surpresas, a responsável pela área de desporto da RR.
A possibilidade de ser director de comunicação do Sporting até se pode ter revelado à partida como um desafio profissional único, ou uma oportunidade financeira muito interessante. No entanto, da história (quase) nada rezou sobre os directores de comunicação do Sporting. E, infelizmente, Pedro Sousa será mais um caso a confirmar a regra. Com a agravante de ter desempenhado o cargo no consulado do pior Presidente da história do clube. Pior era impossível.
Não sei se noutro contexto Pedro Sousa poderia ter dado um excelente director de comunicação. Mas, tenham sido o adverso contexto em que desempenhou o cargo, ou as limitações que foram impostas ao mesmo, a verdade é que a experiência não foi bem sucedida. O narrador confiante e crítico deu lugar ao director deslocado e titubeante.
Quando soube que Pedro Sousa iria deixar de ser director de comunicação do Sporting fiquei triste. Terminava, de forma inglória, a passagem por uma cadeira que se achava de sonho, mas que se veio a revelar um enorme pesadelo...