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És a nossa Fé!

Uma vergonha!!!!

 

Já se sabe que a situação financeira no Sporting está na corda bamba e era preciso tomar algumas medidas drásticas e radicais em relação à massa salarial de colaboradores, funcionários e jogadores. A actual Direcção do SCP fez questão de alertar isso mesmo, mas sempre realçou que os despedimentos, negociações e futuras contratações no Clube seriam geridos com pinças e sensibilidade. Em nenhum momento seriam feitas as chamadas “vassouradas”.

 

Há vários dias que vou lendo nos jornais e tendo vários feed backs do que se está a passar no interior de Alvalade e embora parte de mim quisesse acreditar que o que me ia sendo dito e o que lia teria alguma razão de fundo, hoje, digo, com todas as letras: o que se está a passar no Sporting é uma V-E-R-G-O-N-H-A!!!

 

Elementos da Direcção do Sporting e o próprio Presidente falaram com pessoas que não chegam a ganhar mil euros e anunciam reduções de 150 euros nos seus ordenados “milionários”, reduzem a 50% outros vencimentos e a outros, pura e simplemente, dizem que estão dispensados. Sem adiantarem valores para negociar saída, sem explicar motivos para esta dispensa.

 

Os critérios são cegos e nota-se aqui uma clara intenção desta Direcção de afastar pessoas válidas que podiam contribuir para o sucesso do Clube. Com que objectivo? Dizem eles: reduzir gastos. Digo eu: afastar supostas oposições e colocar yes man nos seus lugares.

 

BdC chegou à Presidência e é preciso começar a pagar favores.  

 

E já nem sequer falo da dispensa anunciada de Diogo Matos e Mário Patrício, funcionários do Sporting, que integraram a lista de José Couceiro nas últimas eleições. Eles próprios sabiam o risco que corriam, assumiram esse risco e, se dúvidas houvessem, bastava ter estado atento às declarações de BdC quando questionado sobre isso na campanha. Com ironia, dizia o então candidato, que nem queria acreditar que Diogo e Mário seriam ainda funcionários porque ele, no lugar destes, teria já apresentado a demissão.

 

Por outro lado, dispensar, unilateralmente figuras incontornáveis da história do Sporting, como Manuel Fernandes, Mário Casquilho, Maurício do Vale, que deram tudo ao Clube, sem lhes propor, ao menos, uma redução salarial, é não ter memória e não respeitar o passado. O nosso passado.

 

Fazendo fé no que diz o DN, que anuncia que o Clube não conta com Vidigal, Manuel Fernandes e Hugo Porfírio, elementos da estrutura de apoio de Jesualdo Ferreira que terão tido conversas com o Presidente e informados que seriam dispensados sem que BdC tenha falado disso mesmo com o Treinador é um sinal claro que, afinal, a intenção de manter Jesualdo era “areia para os olhos”. O DN adianta que o Treinador pode fazer esse favor ao Presidente e sair pelo seu próprio pé. Aliás, diz quem sabe, que o “charme” de BdC ir para o banco dos suplentes é só mesmo para fazer o género para enganar sócios, adeptos e tolos. As imagens dos jogos mostram que, em nenhum momento BdC e Jesualdo falam durante o jogo (há, aliás, uma imagem do derby em que os dois estão, literalmente, de costas voltadas).

 

Naturalmente que, no meio de tudo isto, há saídas inevitáveis e óbvias. Pessoas que estão no Sporting (não trabalham, apenas “estão”), ganham milhares de euros e passeiam-se pelos corredores, acho bem que se vão embora. Pelo seu pé ou arrastadas.

 

Agora, quando a poeira assentar, gostaria muito que a nossa Comunicação Social, tão solícita a anunciar as más notícias do Sporting, acompanhe, com igual garbo e fervor, as futuras contratações do Clube: quem de facto entrará e sairá quando a “vassourada” acabar, quanto é que esta “vassourada” irá custar e quanto irá o Sporting pagar a cada uma das novas vedetas. E, já agora, se não for pedir muito, fazer uma tabela comparativa entre o que o Sporting gasta hoje e quanto passará a gastar.

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