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És a nossa Fé!

As raízes do fracasso

 

Verdes Anos, uma excelente reportagem exibida ontem pela RTP - com assinatura de Alexandre Santos, Tiago Passos e Pedro Pessoa - demonstra bem as raízes do fracasso no Sporting: Inácio, que acabara de conduzir a equipa ao título após 18 anos de jejum, foi corrido pela direcção leonina, sob pressão de meia-dúzia de energúmenos. A mesma direcção, insegura e timorata, que cedeu perante o berreiro de três ou quatro basbaques filmados em directo pelas televisões aos gritos "Mourinho nunca!" Segundo o mesmo documentário, aquele que muitos consideram o melhor treinador do mundo terá estado duas horas ao leme da equipa leonina - o que talvez mereça figurar num recorde do livro Guinness.

Despedido no mesmo dia em que foi recrutado para Alvalade, e rumando de imediato a outros destinos onde souberam reconhecer-lhe valor, também José Mourinho experimentou na pele o desgoverno errante da barca sportinguista. Não sei se escreva banca em vez de barca, mas o resultado é o mesmo: quase década e meia de pesadelo. Pela cupidez danosa de alguns, pela incompetente gestão de muitos e pela confrangedora mediocridade de quase todos quantos ascenderam ao poder no clube ao longo deste período negro. Mas também pela cegueira de tantos adeptos, pelo fanatismo inepto da chamada "voz da rua", bem simbolizada naqueles gritos estridentes "Mourinho nunca!"

Quem berrava assim naquela conferência de imprensa tristemente memorável, espumando de ódio contra o mérito alheio perante o embaraço frustre de Luís Duque, dizia afinal pretender um Sporting para sempre arredado dos títulos e das glórias passadas, condenando à presente irrelevância competitiva e ao descalabro financeiro o clube português que ainda mais triunfa no campeonato do ecletismo e da formação de atletas.

Verdes Anos é um retrato fidedigno da realidade leonina - e, por extrapolação, da própria realidade nacional, onde impera uma espécie de alergia ao sucesso que Mourinho personifica. Um retrato que todos os sportinguistas devem ver e rever. Para evitarmos repetir hoje os graves erros de ontem, tão bem documentados neste filme que funciona como um murro no estômago de qualquer de nós.

 

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2 comentários

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    Pedro Correia 22.03.2013

    Se você fosse lagarto tinha pelo menos a virtude de existir. Dragão não existe.
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