Ó coitado!
Pobre, pobre Djaló. Como se não bastasse terem-no obrigado a jogar à bola quando ele sempre teve queda para o atletismo – competir com o Obikwelu, isso é que era!; como se não fosse suficiente sofrer aqueles penteados de barbeiro maneta; como se não chegasse um pândego qualquer ter-se aproveitado de um instante de distração e crismar-lhe a filha com um nome meio mandinga meio finlandês; como se não tivesse tido que se haver com um empresário intrujão – diz ele – que lhe escondeu a caneta na hora de assinar pelo Nice (ali tão perto de Génova, que paródias já estavam prometidas com o Miguelito!) por causa de umas contas enroladas e depois já tinha passado a hora.
Como se tudo isto não fosse demasiada desgraça só para um homem, guardado estava o bocado e haveria agora de emular a carreira à moda de Amaral, Andrade, Botelho, Cadete, Fernando Mendes, Dani, Morato, Peixe, Porfírio, uma horta de melancias que se estragaram quando expostas à Luz.