Para o futuro presidente
As memórias constituem a nossa história. Não basta tê-las vivido, há que viver para contá-la, como escreveu Garcia Marquez. Por muitas mudanças de paradigma que existam, a história do Homem, das suas idiossincrasias baseia-se no que lhe foi legado. Por isso é tão importante não só conhecer a história, a nossa e a dos outros, como acima de tudo respeitá-la e honrá-la. A saudade de tempos idos, a nostalgia que as emoções nos fazem sentir, são a demonstração do respeito que temos pelo nosso passado, por quem nos marcou, influenciou o nosso desenvolvimento. Quando invocamos outros tempos, não estamos apenas a efectuar uma catarse com o nosso passado, uma espécie de glorificação desses tempos que já não voltam. Estamos também a justificar os nossos actos no presente. De nada vale a sapiência se não conhecermos o nosso passado, é um paradoxo em si. Estamos no Sporting a viver uma época que será obrigatoriamente de mudança. Todos esperamos que o próximo presidente nos traga a solução para o poço em que caímos. Que seja um presidente que olhe para o nosso passado e o honre, que se inspire naqueles que tudo deram ao nosso clube e que o levaram a ser um dos maiores clubes do mundo.