Só não vê quem não quer
Nada é tão preocupante como vermos a equipa técnica ou os jogadores transformados em armas de arremesso nas questões internas do Sporting. Quando isto acontece, começa a dissolver-se de vez o mais poderoso denominador comum entre sportinguistas. A última coisa que faltaria ao clube são palpites como o de Rinaudo em Vila do Conde: o nosso capitão não pode nem deve justificar publicamente as derrotas em campo com o que sucede noutros planos da vida do clube cuja resolução compete em exclusivo aos sócios. E se as vitórias contra a Olhanense e o Beira-Mar não foram justificadas pelo pedido de convocação de uma assembleia geral extraordinária no Sporting, manda a mais simples honestidade intelectual que a derrota frente ao Rio Ave também o não seja.
O presidente preside, os dirigentes dirigem, os treinadores treinam, os jogadores jogam. Quando um dos elos desta cadeia se quebra, tudo o resto ameaça entrar em colapso. Só não vê quem não quer.