Entre o oitenta e o oito
Em dia de tragédias dos dois lados do Atlântico não me foi possível ir a Alvalade, restando-me a triste rotina de me aproximar dos ecrãs quando tal era possível. Estava longe das televisões quando vi Amido Baldé festejar com a camisola errada, mas levantei-me a tempo de testemunhar aquela obra de arte de Ricky Van Wolfswinkel, num golo de calcanhar digna de levantar qualquer estádio do Mundo.Ainda havia muito tempo para a reviravolta e mantive a esperança de que o holandês (mais um que poderá estar de saída) fizesse o segundo. Devia ter sido naquela jogada em que um cruzamento vindo da direita o encontrou isolado na grande área e ele conseguiu errar de uma forma digna de comédia slapstick dos tempos do cinema mudo.
Quer siga para longe ou permaneça connosco, Ricky tende a oscilar entre o oito e o oitenta. Há que estabilizá-lo no patamar superior.