Gestão danosa em crioulo
Não sei como se diz 'gestão danosa'em crioulo, mas sei que não fiquei nada espantado com a série de golos marcados por Amido Baldé nas últimas semanas.
O luso-guineense demonstrou sempre, ao longo do percurso na Academia de Alcochete, uma vontade de marcar ainda mais impressionante do que os seus quase dois metros.
Tinha, por isso, fundadas esperanças de o ver na equipa principal, ganhando espaço enquanto 'pinheiro' que nos tem faltado.
No primeiro ano de sénior, Baldé foi enviado para o Santa Clara e, completamente desenraizado, não deixou marca, terminando a época no Badajoz, muito abaixo da melhor Liga do Mundo. Mas pelo menos voltaram a dar oportunidades ao jovem gigante, permitindo-lhe fazer o que tão bem sabe.
A paga foi um novo empréstimo na temporada seguinte, desta vez ao Cercle Brugge. E lá foi ele marcando e mostrando o seu potencial sem que ninguém estivesse com olhos de ver.
E foi assim que nesta época um clube que só tem um ponta de lança no plantel decidiu ceder a título definitivo Amido Baldé. Se bem me lembro, o Vitória de Guimarães fica apenas obrigado a pagar uma percentagem numa eventual futura transferência que parece cada vez menos improvável.
Se Amido Baldé fizer o que faz bem no Estádio de Alvalade, espero bem que ninguém o insulte.
A culpa não é dele.