2012 em balanço (6)
ARGUIDO DO ANO: PAULO PEREIRA CRISTÓVÃO
Não foi a primeira demissão ocorrida na heterogéna equipa directiva de Godinho Lopes: quatro meses antes já Carlos Barbosa tinha saído, batendo com a porta. Mas esta foi muito mais séria e deveu-se sobretudo a motivos muito mais graves: Paulo Pereira Cristóvão, até aí apontado como braço direito de Godinho Lopes, renunciou às funções de vice-presidente na sequência do chamado 'caso Cardinal', ocorrido quando o árbitro assistente José Cardinal denunciou a existência de dois mil euros de proveniência desconhecida alegadamente depositados na sua conta bancária.
Constituído arguido pela suposta prática de sete crimes, o ex-vice-presidente remeteu-se durante seis meses ao silêncio, quebrado entretanto numa extensa entrevista ao Expresso cheia de recados internos a partir de uma pretensa superioridade moral que ninguém lhe reconhece. Sendo intocável o princípio da presunção da inocência, torna-se caricato ver Pereira Cristóvão distribuir ralhetes a figuras daquilo a que agora chama "um clube de loucos" enquanto lamenta não ter "nascido adepto de um clube 300 quilómetros a norte", onde já teria sido eleito "dirigente do ano".
Depois os outros é que são "papagaios"...