2012 – Annus horribilis no Sporting
O ano futebolístico do Sporting tem sido mau, muito mau mesmo. Nem tenho memória, no meu mais de meio século de existência, duma coisa assim.
Muitas serão as razões para este descalabro. Mas nem vale a pena enumerá-las, pois são de todos sobejamente conhecidas.
O nosso clube vive um “Annus horribilis”. O Sporting tem sofrido do mesmo mal que assola a maioria das famílias portuguesas: não tem dinheiro, nem organização e muito menos (boa!) gestão.
Sempre achei que os currículos académicos não são sinónimo de competência profissional. Há quem nunca tenha estudado uma hora e saiba mais de gestão que a maioria de grandes estudiosos. E é por isso que considero que José Eduardo Bettecourt foi um elemento chave na má gerência, que repetidamente se vem acumulando.
Diz o povo na sua costumada sabedoria: “Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão!” Quão sábias são estas palavras. E a desculpa de que os nossos adversários estão financeira pior que nós não me agrada nem ameniza os constantes maus resultados da nossa equipa. “Com o mal dos outros vivo eu bem!” diz uma vez mais o povo.
Há que enfrentar os problemas de frente, chamar aos bois, bois. Há duma vez por todas assumir publicamente o que se pretende do clube. E quais as suas verdadeiras contas. Sem medos nem subterfúgios…
O Sporting não é só um dos grandes de Portugal, mas o maior. Mesmo na adversidade.
Espero e desejo sinceramente que o espectro fictício de uma eventual descida de divisão não se ponha. Imaginem a equipa B ser vencedora da Divisão de Honra e ter de descer para a IIB…
Que 2013 traga serenidade e esperança a esta equipa que merece mais, muito mais do que tem.
O Sporting ainda pode ser feliz este campeonato. Basta quererem…
Feliz 2013 Sporting (dentro do possível) e a todos os colaboradores e leitores deste espaço.