2012 em balanço (2)
TREINADOR DO ANO: DOMINGOS PACIÊNCIA
O princípio do fim da presidência de Luís Godinho Lopes aconteceu na noite de 12 para 13 de Fevereiro, quando o dirigente máximo do nosso clube decidiu despedir Domingos Paciência, o técnico que na época anterior levara o Braga à final da Liga Europa e fora apresentado em Alvalade como seu principal trunfo eleitoral nas eleições de Março de 2011. Domingos estava apenas há oito meses como técnico principal do Sporting e apesar de termos sido claramente prejudicados em vários jogos pela equipa de arbitragem, mantínhamos a esperança de conquistar a Taça de Portugal e a Liga Europa, com a equipa classificada em quarto lugar no campeonato.
O afastamento da Taça Lucílio Baptista, uma derrota na Madeira e 30 energúmenos aos berros no aeroporto serviram de pretexto para esta escovadela de Domingos, com a direcção a aproveitar a onda populista do momento, invocando - muito antes do fim da época e com a equipa activa em três frentes - que os resultados tinham ficado "abaixo dos objectivos". Um péssimo acto de gestão, a vários níveis: por imposição contratual, o treinador manteve o direito a continuar a receber salário do Sporting enquanto não encontrasse outro clube para treinar (o que só aconteceu agora, ao cair do pano de 2012, com o anúncio de que rumará ao Deportivo da Corunha).
Depois de Domingos, aconteceu o dilúvio: nenhum treinador depois dele conseguiu fazer melhor, muito pelo contrário. Ricardo Sá Pinto, Oceano Cruz e Franky Vercauteren demonstraram a plena actualidade de um velho provérbio português: depois de mim virá quem de mim bom fará.