Pequenos leões
São sete e meia de uma tarde fria de inverno. Eu estou no meu posto habitual em dia de treino, à espera que o futebolista da família saia do balneário. Da porta que dá acesso ao campo saem os miúdos pequenos, das escolinhas, dos infantis e dos iniciados. Em sentido contrário, ainda a tremer de frio, passam os jovens adolescentes dos juvenis. Não sei a percentagem exacta, um dia posso entreter-me a calcular enquanto espero, mas são muitas as camisolas do Sporting que vão e vêm. Curiosamente, é o clube mais representado.
Penso na coragem que é preciso ter, num ano como este, para vestir dia após dia o equipamento verde e branco. Sujeitam-se aos comentários irónicos e desagradáveis do costume, mas não desarmam. E depois lembro-me do meu filho e do orgulho que tem naqueles equipamentos. E a seguir lembro-me de tudo o que leio na internet, em blogues e páginas do facebook e penso que estas letras todas que não paramos de ler e de escrever, cheias de razões e convicções, de nada valem quando comparadas com o peito cheio daquelas dezenas de miúdos, que em centenas de campos por este país fora, fazem um exército vibrante e orgulhoso de milhares de soldados de verde e branco, a procurar em cada passe, em cada lance, em cada remate, em cada defesa, honrar o Sporting Clube de Portugal.
A todos eles, a minha homenagem.