Um exemplo
O Record aponta hoje Eric Dier como o melhor sportinguista em campo, na linha do que ontem aqui escrevi. "Muita disponibilidade física e uma atitude irrepreensível de um miúdo que, ainda há bem pouco tempo, jogava na equipa B", escreve o jornalista Alexandre Carvalho ao analisar o desempenho dos jogadores. Num título da concorrência, A Bola, há sintonia com esta opinião: "Ponham os olhos no miúdo", refere o matutino, destacando o mesmo jogador como figura do encontro. Outro jornal, O Jogo, elegeu o minuto 65, quando ocorreu o golo marcado por Eric, como o momento decisivo da partida disputada em Moreira de Cónegos.
Os elogios à sua actuação são inteiramente justificados. Defesa-central de raiz adaptado a lateral direito, efectivo da equipa B transposto com sucesso imediato para a equipa principal, com apenas 18 anos, Eric conseguiu contra o Moreirense o golo que impediu mais uma derrota do Sporting neste ciclo negro do nosso futebol profissional.
Jogou ontem com a força, a nobreza e a garra de um leão embravecido. A fazer corar de vergonha alguns dos seus colegas, muito mais bem pagos, que se arrastavam uma vez mais em campo como se aguardassem o fim de um suplício de 90 minutos. Sem respeito pelo público, sem respeito pelos sócios, sem respeito pela camisola que deviam ter orgulho de envergar.