Rescaldo do jogo de hoje
Não gostei
Deste nosso adeus à Liga Europa. Depois do afastamento da Taça de Portugal, esta é a segunda competição de que nos despedimos por incompetência própria. Ainda com o Natal à distância. Na época passada, recorde-se, chegámos às meias-finais da Liga Europa e à final da Taça de Portugal. Basta esta comparação para se perceber como andámos para trás.
Da atitude dos jogadores. A vitória esforçada contra o Braga, na anterior jornada do campeonato, afinal não moralizou a equipa. Alguns, como Pranjic, pareciam arrastar-se em campo.
Da atitude do treinador. Num jogo em que precisávamos de vencer, porquê deixar Carrillo no banco durante toda a primeira parte e assistir sem reacção à movimentação de dois médios - Elias e Gelson - a executar em simultâneo missões defensivas? E porquê tanta demora em mexer numa equipa que obviamente não funcionava?
Da nossa defesa. Em vários dos últimos jogos, abriu buracos. Hoje, contra o Basileia, abriu crateras imperdoáveis.
Do nosso meio-campo. Um festival de passes falhados em sessão contínua. Com minutos intermináveis a jogar para trás: ou seja, na direcção oposta à que se impunha.
Da nossa linha avançada. O primeiro lance ofensivo sportinguista digno desse nome aconteceu quando já tinha decorrido meia hora de jogo. E o primeiro remate à baliza, assinado pelo perdulário Wolfswinkel, aconteceu aos 37 minutos. É quanto basta para se perceber o que sucedeu em campo.
Da derrota. Mais uma. Este medíocre Sporting da era Godinho Lopes tornou-se sinónimo da palavra desaire. Nesta temporada, em 17 jogos oficiais, só ganhámos três.
Gostei
De ver tantos sportinguistas nas bancadas. Apesar do frio, apesar das desilusões, apesar dos dirigentes que não os merecem, os adeptos do Sporting continuam a ser inexcedíveis no apoio à equipa. Hoje alguns milhares compareceram no estádio do Basileia.
Da vantagem numérica. Dispusemos de superioridade numérica durante quase meio jogo devido à expulsão do caboverdiano Cabral, jogador da equipa suíça. Infelizmente, não serviu para nada. Dois dos golos suíços ocorreram quando o Basileia já só tinha dez jogadores em campo.
De Capel. Tentou, durante quase todo o jogo, puxar pela equipa com as suas constantes ofensivas pelo corredor esquerdo do Sporting. Ele - e só ele - não merecia esta derrota.