Domingo à noite, uma vez mais
A oitava jornada do campeonato começa daqui a pouco, com o FC Porto-Marítimo. Amanhã à noite o Benfica recebe o Vitória de Guimarães. O Sporting vai jogar a Setúbal, na noite de domingo.
Parecem dados banais, mas não são. Porque revelam uma tendência. O Sporting tem jogado sistematicamente em último lugar, após portistas e benfiquistas.
Foi assim na primeira jornada, contra o Guimarães: jogo às 20.30 do dia 19 de Agosto, um domingo. O Benfica tinha jogado sábado à noite e o FCP defrontou o Gil Vicente também domingo, mas às 18.15.
Foi assim na segunda jornada, contra o Rio Ave: jogo às 20.15 do dia 27 de Agosto, segunda-feira. Após o FCP, que jogou sábado, e o Benfica, que jogou domingo.
À terceira jornada, jogou duas semanas após os restantes participantes. Contra o Marítimo, a 16 de Setembro, um domingo, pelas 20.15.
Na quarta jornada, voltou a jogar em último lugar. Contra o Gil Vicente, a 24 de Setembro - uma segunda à noite. Os portistas tinham jogado no sábado anterior e o Benfica na véspera.
Na quinta jornada, única excepção à regra: apenas o SLB jogou antes do nosso clube, na noite de sexta. Nesta ronda defrontámos o Estoril na tarde de sábado, 29 de Setembro. Os portistas jogaram às 20.30.
Na sexta jornada, o SLB voltou a jogar mais cedo, sábado à noite. Foi a jornada do FCP-Sporting, às 20.45 de domingo, 7 de Outubro.
Na sétima jornada, novamente em último lugar, novamente numa segunda-feira: empatámos com a Académica a 29 de Outubro. O Benfica jogara sábado à noite e o FCP 24 horas antes de nós.
Conclusão: três jogos disputados domingo à noite, outros três em noites de segunda-feira. Um apenas num domingo à tarde. Nenhum à sexta, nenhum ao sábado.
Uma vez mais, nesta ronda, o Sporting é o último dos três grandes a jogar. Uma vez mais, o jogo é marcado para um dia e uma hora em que a capacidade de mobilizar adeptos e as respectivas famílias é muito menor.
Dizem-me que isto decorre dos interesses televisivos, que comandam o negócio em que se transformou o futebol.
Mau negócio, pelo menos para nós.